Not what it seems

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Uma, duas... Três semanas se passaram e foi nesse momento que eu vi que Jimin falou sério quando disse que não me queria mais por perto. Não trocamos mensagens, não fizemos ligações, não nos falamos e sequer nos vimos por todo esse tempo.

Eu estava surtando com sua ausência. Eu estava acostumada a ficar sempre com ele, estava acostumada a sempre estar vendo aquele sorrisinho lindo que ele dava quando estava envergonhado... Estava acostumada a receber seu carinho...

E de repente, me vi sem tudo isso. Tudo mesmo! Nem de longe eu conseguia vê-lo. Eu não sabia o que ele estava fazendo quanto à matéria, mas nas aulas de filosofia ele também não estava aparecendo. E eu tinha quase certeza de que ele estava fazendo isso para não me ver.

Eu estava torcendo para conseguir esquecê-lo aos poucos já que estávamos nesta situação. Não era o que eu queria no começo? Não queria me afastar dele para que meus sentimentos não aumentassem? Pois então, agora eu teria muito tempo para poder esquecê-lo.

Porém, aconteceu algo que eu não contava que fosse acontecer. Eu sofri com a ausência de Jimin e por estar longe e sem saber dele, eu o mantinha em meus pensamentos todo o tempo. Eu pensava nele sempre que minha mente ficava vazia e isso pôs tudo a perder.

Aquela era a hora de esquecer Jimin de uma vez... Se eu não chorasse toda noite sentindo sua falta. Aquela era a hora certa para acabar com os sentimentos que estavam se iniciando... Se eu não ficasse tão amargurada com sua ausência.

Mais uma semana se passou e tudo continuou como estava. Eu já estava há um mês sem ver Jimin e ao ver a que ponto tudo aquilo estava chegando, eu me via sufocada. Perdida. Incompleta. Totalmente sozinha.

Eu só ia de casa pra universidade, da universidade para a casa dos meus pais e da casa dos meus pais para minha casa de novo. Não saía mais, não conhecia lugares novos e nem visitava os antigos. Simplesmente me vi muito desanimada e desmotivada.

(...)

O sábado chegou voando e eu estava em Nova Jersey na casa dos meus pais. Com eles eu teria que liberar minha atriz interior para fingir que eu estava bem, mas com minhas amigas... Eu poderia contar o que eu estava sentindo com tudo aquilo.

– Como você está com o Min Min? – Perguntou Atlantis antes que eu começasse com o assunto que eu pretendia.

– Jimin. – Corrigi.

– Ele mesmo! – Ela riu. – Como estão? Falou com ele?

– Não estamos. – Lamentei. – Simplesmente não estamos...

– Seguiu nosso conselho de contar a verdade pra ele? – Perguntou Victoria. – Chegou a tocar no assunto?

– Sim e ele me compreendeu. – Respondi.

– O que houve de errado então? – Perguntou Victoria. – Que cara é essa?

Contei a elas tudo que aconteceu depois do dia que nos acertamos e contei o que tinha acontecido na casa de Jimin um mês atrás. Contei de nossa briga, das coisas horríveis que dissemos e do jeito que eu machuquei Jimin sem usar minhas palavras.

– Tinha necessidade de fazer isso? – Perguntou Atlantis. – O menino te beijou, Ashley! Só isso! Foi só um beijo e eu tenho certeza que você queria! Não precisava ter surtado assim!

– Eu sei... – Lamentei. – Eu sei, Atlantis! Mas você tem que entender que...

– Você sabe? Ora, pois não parece! – Ela disse. – Que atitude mais grosseira!

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