O despertar do alfa

Extra - O destino de Destiny

— Ela está reunindo todos, ela virá te pegar, DD, se eu fosse você fazia um acordo logo.

Destiny encarou Ren ou Radamanto, como era mais conhecido, um dos três juízes do submundo e seu colega de bebidas nas sextas feiras treze.

Estavam na fronteira do mundo dos mortos, em um pub legal cheio de gente mal-encarada e meio morta.

Seu lugar preferido naquele mundo indigno.

— O que ela quer, não vai ter! Mas que diabos! Eu não vou mudar o fim do mundo de cinco paralelos só para satisfazer uma bruxinha teimosa dos infernos! Deixe ela reunir os doze, meus guerreiros vão massacrar os dela, só isso!

— Mesmo? - Ren sorriu de canto e DD quis jogar seu coquetel na cabeça do juiz maldito. O que estava acontecendo com o mundo afinal que estava conspirando com o destino? Justo ele, o onipresente, antigo e onisciente destino... As pessoas deviam beijar seus pés e agradecer pelo seu trabalho sempre impecável, digno de virginianos e não encher seu saco com amolações! E aparentemente seu melhor amigo de bebedeira concordava com os enchedores de saco alheio – Eu ouvi por aí que o necromante se apresentou para ela. O portador da espada que pode cortar seu ego no meio, você sabe.

— De que lado você está afinal, seu traidor!?

— Do lado onde todos saem ganhando, DD, eu gosto de você – E Ren o olhou suave fazendo ele quase suspirar e quase acatar o que o diabo queria... Só que não – Não quero que aquele garoto demoníaco te machuque. Dê a graça para a garota, não custará nada a você.

— Custará meu orgulho! Não, não mesmo!

Ele bateu a bebida na mesa e quis amaldiçoar alguém, pena que não estava ao seu alcance coisas daquele tipo. Ren estendeu um cartão para si:

— Vá nesse endereço, é um clube em uma capital humana, você precisa relaxar e desconectar do seu trabalho. Quem sabe melhore o humor?

Clube dos oito

Apenas sócios, venha e tenha a melhor noite da sua vida garantida.

J&B.

— Você anda fazendo programas bizarros com humanos em seus dias de folga, Radamanto?

Perguntou se sentindo um pouco melhor em saber que o amigo impassível, tinha recaídas, mas ele apenas negou sincero:

— Sabe que existe apenas uma dona do meu coração e corpo e ela será eterna ainda que nunca mais a veja. Minha rainha jamais será substituída. Não, apenas vou as vezes lá, para relaxar a mente, gosto de humanos dançando naqueles pedestais.

— Vou contar para o Hades!

Provocou, mas então Ren riu baixo e ele deixou para lá.

Talvez o amigo tivesse razão, talvez só precisasse mudar de ares para espairecer. Nunca ia dar o que aquela aprendiz de bruxa queria, contudo desejava há muito tempo se divertir como se não houvesse amanhã e isso se tratando dele era algo bem pontual.

O destino a tudo pertencia, mas ele se sentia meio vazio ultimamente... E tinha seu corpo humano para usar quando necessário.

— Vou acatar a ideia, juiz. Até a próxima sexta.

Disse rindo e saiu dali se materializando no local indicado pelo cartão.

Era mesmo uma casa noturna luxuosa. Uma em que aparentemente não mostrava o que havia dentro. Os humanos adoravam coisas como aquelas e ele adorava a parcela do mundo que amava ousar o que os demais não ousavam.