15. E ela será amada (#2)

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Eu sei onde você se esconde, sozinha no seu carro. Sei todas as coisas que fazem você ser quem você é. Sei que aquele adeus não significa nada. Ela volta e me implora para segurá-la toda vez que cair. Toque na minha janela bata na minha porta, eu quero fazer você se sentir linda. Não me importo de ficar todo o dia, na sua esquina debaixo da chuva. Procuro a garota do sorriso triste e pergunto se ela quer ficar um pouco. E ela será amada.

No apartamento, uma música pop ecoava sob a sala. Vinda da televisão, alguém havia plugado um pen drive para ouvi-la. As luzes principais estavam apagadas, o local era iluminado apenas por abjures e a própria luminosidade da tela do aparelho de TV reproduzindo a música.

Ariel dançava em seu pijama, havia desistido de tentar dormir. "So put your arms around me tonight" a música tocava, enquanto a brasileira passava as mãos sob o corpo, subindo até os cabelos. "Ain't no crying in the club. Let the beat carry your tears as they fall baby" ouvia aquelas palavras de olhos fechados, se imaginando livre. 

— Por mais que eu ache essa cena muito sexy, são quatro da manhã Ariel. — Jin havia aberto a porta do quarto sem que ela percebesse. — Volte para a cama. — Pediu.

— 2 MESES ANTES —

— Essa foi uma péssima ideia. — Jeon dizia a Taehyung enquanto tirava sua máscara. Está realmente quente aqui e essas luvas só pioram as coisas.

— Você conversou com ela? — Perguntou enquanto também retirava a sua, estendendo-a para trocá-la com a do maknae, novamente.

— Não, eu só fiquei lá e escutei. — Cruzou os braços e encostou as costas na parede, analisando os casais que dançavam no salão. Foi então que viu Ariel olhando-o sob os ombros largos de um homem que julgava ser Jin. Os lábios dela pronunciavam seu nome, em um sussurro. Sorriu involuntariamente, ela tinha visto tudo, e pela primeira vez a descoberta de um segredo entre eles era algo bom.

A mansão possuía vários cômodos que não estavam sendo usados na festa, tanto no segundo andar, onde entraram e desceram as escadas para o salão, quanto no primeiro onde ocorreu o baile. Jeon desviou seu olhar, mirando um corredor vazio que havia ali e depois, voltou a olhar Ariel. Era como um sinal. Ele, imediatamente foi para o local que tinha apontado. A brasileira continuou a dançar com Jin.

 — Eu vou andar um pouco, depois conversamos. — Ela disse, deixando o mais velho quando a melodia parou.

Ariel mal pode escutar o começo da próxima música. Era como se seus ouvidos ignorassem todo o som a seu redor, passou pelo meio da multidão e foi até o corredor onde Jungkook tinha entrado. Não havia nada ali, ela estava dentro de um túnel escuro. Nada de seguranças, nem convidados. Podia sentir um carpete sob seus pés, apenas. Ao medida que avançava, pode perceber uma luz vinda de uma porta semi aberta.

Olhou pra trás uma última vez, certificando-se de que ninguém havia tomado conhecimento de onde ela estava. Entrou no cômodo e, para a sua surpresa, se deparou com um escritório. As luzes não eram fortes, mas ao olhar para o sofá, finalmente viu quem tanto almejava. Jeon, que estava sentado ali esperando-a, se levantou e foi a seu encontro em poucos passos.

Sem aviso, ele a puxou pela cintura, colando seus corpos. Com uma das mãos, acariciava suas costas e com a outra, trancava a porta.

— Você me fez esperar. — Disse sedutor, observando o quão ofegante a respiração dela estava depois daquela investida.

— Não podia correr pra cá no mesmo instante que você saiu, por mais que quisesse. — Juntou os pequenos resquícios de sanidade que ainda lhe restavam para formar aquela frase. — O que você vai fazer agora? — Perguntou colocando as mãos na nuca dele e aproximando seus rostos.

— Tudo que eu queria fazer toda vez que te vi nos últimos meses. — Segurou os dois braços dela por cima da cabeça, impedindo-a de tocá-lo.

Jeon começou dando beijos no pescoço da brasileira e foi descendo até seu decote. Quando ele libertou suas mãos, ela o empurrou até a mesa do escritório, fazendo com que ele se escorasse ali. Beijou-o nos lábios enquanto desabotoava seu paletó. Ao mesmo tempo, ele levantava o tecido de seu vestido, acariciando entre suas pernas e provocando-a.

— Você me deixa louco. — Confessou subindo as mãos até sua bunda e apertando-a.

Trocaram de posição. Ariel estava agora com as duas mãos apoiadas sob a mesa, de costas para o maknae. Ele abria o zíper de seu vestido, lentamente, beijando cada centímetro de pele que surgia a sua frente.

— Minha vez. — Foi tudo que conseguiu dizer quando seu vestido caiu ao chão e ela se virou, voltando a ficar de frente pra ele.

Falso Amor #3  [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora