Alguém tem um plano?

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No fim das discussões sobre o novo plano, tanto Schwoz quanto Henry  estavam satisfeitos e até esperançosos com as ideias da garota.
Porém era de se esperar, no entanto, já que a cacheada sempre tem um plano.
Henry, sorrindo com admiração, aproximou-se dela, falando em voz baixa.

- Você é incrível, sabia? Eu não seria nada sem você.

Ela sorriu abertamente, porque não poderia fazer outra coisa. Suas palavras haviam se perdido, seu ar  parecia ter se esvaído de seus pulmões... Era estranho lidar com esses sentimentos sobre o seu melhor amigo. Se ela voltasse no tempo e dissesse para a Charlotte do passado que ela iria se apaixonar por Henry a garota muito provavelmente faria uma careta e em seguida cairia na gargalhada intensamente, afirmando que aquilo era tão impossível quanto porcos voadores.
Mas, aqui estava ela se perguntando sobre a história dos porcos.
Era total e intensamente possível que ela estivesse apaixonada, mas não tinha coragem suficiente para admitir nem para si mesma, muito menos para Henry.
Para a Page, aqueles sentimentos não passavam de uma quedinha simples.
Ela temia, no entanto, que se fosse mais fundo no assunto fosse capaz de descobrir sentimentos mais fortes e ela simplesmente não poderia lidar com isso agora. Era hora de focar no plano.

Era o seguinte: Ela e Henry iriam fazer uma "descontaminação" nos zumbis que encontrassem pelo caminho.
Torciam para encontrar muitos,pois isso deixaria o vilão sem seu exército.

Andariam sempre perto de salas para poderem recarregar em um local isolado e fugir facilmente. Essas eram as recomendações a seguir no caso de um apocalipse zumbi: Se isolar e se esconder.
Enfim, com o maior número de zumbis desinfectado,eles partiriam para Grey.
Claro que o Kid Danger faria o combate direto, essa não era nem uma questão discutível entre eles (E talvez isso tivesse relação com o fato de que Henry não deixaria a amiga correr nenhum perigo...). E enquanto Charlotte o daria cobertura, sempre nas sombras.
Ao mesmo tempo, Schwoz cuidaria em examinar os cidadãos disfarçado de médico e os ajudar a voltarem a suas respectivas casas.
E assim, tudo ficaria bem, Ray estaria de volta, a cidade não seria tomada... E, quem sabe, dois certos melhores amigos pudessem assumir seus sentimentos para si mesmos...

Bem, com sorte, daria tudo certo.

Charlotte suspirou, seu corpo todo tremia de apreensão. Ela sabia quem estavam enfrentando. Esse cara... Ele tinha uma inteligência incrível, mas de um jeito ruim. Sabe-se lá o que ele poderia inventar...

A garota respirou fundo, buscando a calma. Schwoz estacionara perto de alguns arbustos, para que não o descobrissem quando não estivesse em seu modo invisível.
O combinado era que no instante que a porta fosse aberta eles saltariam para dentro da fábrica.
Sem hesitar.
O Hart olhou para a melhor amiga, e recebeu o mesmo olhar preocupado que enviava de volta.
Ele mordeu o lábio inferior e segurou a mão dela. Não sabia se queria acalmá-la ou acalmar a si mesmo com o gesto, mas quando Charlotte apertou sua mão ele sentiu que não importa o quão longe estivessem, não importa o quão brigados estivessem. Nada disso importava, porque ele sempre precisaria dela do seu lado, lhe enviando forças como agora.

A sensação do estômago era de que havia embarcado numa montanha russa, sentiu apreensão, medo e no meio de tudo, sentiu seus sentimentos por Charlotte Page Bolton. E eles eram mais reais e mais fortes do que qualquer outra paixão que ele pensara ter sentido.
A preocupação com a garota,a vontade de ficar perto dela, o ciúmes... Tudo ficava claro: Perto da rosa do amor, o botão da amizade parecia sem cor nem perfume.
Ele amava Charlotte. E talvez um dia ela soubesse disso.

- Vai ficar tudo bem.-Sussuraram um para o outro ao mesmo tempo. Eles sorriram minimamente, corando.

- Hey! Boa sorte, vocês dois. Tomem cuidado.- Eles assentiram para Schwoz, que lhes deu um aceno de volta.

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