A chance final

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"Não,o vilão não sabe onde estamos. SIM! PRECISO!"

A paciência havia acabado a algum tempo. Henry gritava no telefone, tentando explicar a Schwoz mais uma vez seu plano.
Do seu lado, Charlotte já havia se cansado daquela discussão toda. A cacheada agarra o celular da mão do loiro e o leva até o próprio ouvido.

- Você pode ser mais rápido, por favor!? Nós estamos em perigo! O mundo está!-Explicou a garota.- NÃO, não dou a mínima pra sua coleção! Se não nos ajudar você nunca mais vai colecionar nada, entendeu bem!? PORTA DA FÁBRICA, AGORA SCHWOZ!!

Brava, ela encerra a ligação e agarra a mão do assistente de Ray, o levando para o lado de fora da indústria que havia virado o covil do super-vilão.

- Droga...-Resmungou Henry olhando em volta.

- Tá tudo uma droga.-Foi a vez de Charlotte observar.

Sem seus habitantes, comércios foram deixados a mercê dos assaltantes, hospitais estavam sem atendimento, e a polícia também fora reduzida, tornando tudo perigoso.
E claro que tais contestações fizeram a pressão aumentar.
Enquanto a tensão pairava no ar, Henry e Charlotte viram o helicóptero já conhecido pousar à frente deles.

- Você trouxe?- Perguntou o loiro, se aproximando.

- Acho que acabei esquecendo...-Respondeu Schwoz, com um tom inseguro e penoso.

- Schwoz...-Charlotte o encarou cautelosamente.
E, como conhecia aquele olhar, o cientista suspirou desolado.

- Tá. Tá! Estão aqui, deixem-me apenas me despedir...-Falou choroso,segurando uma caixa preta.

- Tudo bem,agora já chega,não é?-Falou Henry um tempo depois, já puxando a caixa.

- Meus bebeeeeeês!!- Schwoz chorou mais alto, fazendo seus amigos revirarem os olhos com seu drama.

Rapidamente,abriram a caixa e puxaram várias perucas coloridas, diferentes e... Super bem tratadas. Dava até pena de Schwoz, mas salvar o mundo era mais importante.

Feita a armadilha,os três expiraram o ar que seguravam sem saber.

-Prontos pra ir com tudo?- Perguntou Schwoz.

-Pra ir com tudo.-Responderam juntos.

O silêncio era cortante, porém passos lentos e arrastados podiam ser escutados ao final do corredor. Eles estavam tomando todo cuidado possível para não serem percebidos, pois isso os colocaria em grandes problemas, bem, eles já estavam em grandes problemas, então digamos que só não queriam piorar o que já estava ruim.
As armas estavam recarregadas e com mira a distância melhorada, a capacidade de dardos era maior, mas mesmo assim, Henry sentia um mal pressentimento crescendo dentro de si, embora escondesse toda preocupação dos demais.

- Tá legal. Vocês já sabem. Estamos quase lá.-Sussurrou o loiro. Ele expirou e soltou o ar quando chegaram. Charlotte estava do seu lado e Schwoz do outro lado da entrada, encostado na parede.

- Nunca fiz algo assim! -Exclamou o técnico, claramente agitado.- É tão emocionante!

- É sério?!-Perguntou a garota, do jeito de sempre: Sarcástico.

- Foco, pessoal! Não quero que dê nada errado.- Ele fechou os olhos por um minuto, acalmando-se por dentro.

Sentiu algo quente envolver sua mão. Seu coração acelerou ao constar que era a mão de Charlotte que agarrara a dele.

- Vai dar tudo certo.

Ele apenas acenou de volta, sentindo a perda de fala momentânea. Apertando a mão dela de volta e respirando fundo, Henry gritou:

¡always been you • chenry!Onde histórias criam vida. Descubra agora