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                                    Kyara
nunca mais eu falo nada antes de saber como realmente vai ser, paguei com a língua depois de dizer que o dia ia ser "incrível". minhas mãos e pernas amarradas doíam, minha cabeça sangrava da pancada que eu tinha levado e meu cabelo estava sujo de sangue, ouvia passos e vozes do lado de fora do quartinho pequeno que eu estava mas não conseguia distinguir nenhuma, a não ser a dele, luiz. vocês não devem estar entendendo nada, então vou contar tudo.

Flashback on

estendi minha canga no chão e coloquei os brinquedos de caíque ao meu lado na parte coberta pelos guarda sol, tirei minha entrada de banho e me deitei junto com Camille, ficamos conversando até ela ver que alguns homens passavam encarando a gente muitas vezes, eles iam e voltavam tentando disfarçar, olhei pra trás e de longe eu vi ele, olhei pra camille e disfarcei.

— amiga estão seguindo e observando a
gente, vai comprar sorvete com o Caíque o mais longe possível daqui e não volta pra me procurar, leva a bolsa e o celular - falei discretamente pra ela

— você tem certeza, eu vi quem está atrás de nós - ela falou

— faz isso por mim, tira meu filho daqui, ninguém pode saber da existência dele, ele é muito mais importante - eu falei e ela assentiu, chamou caíque e eles se levantaram

— eu te amo amor - eu falei e ele me deu um beijo na bochecha

— eu também te amo mamãe - ele falou e eu sorri, passei a mão no cabelo e foi só questão de minutos para um dos homens que nos seguia chegar em mim

— você vai levantar, arrumar suas coisas e me acompanhar, não me faça usar essa arma - ele falou e eu olhei pra baixo.

ele escondia uma arma, sem falar nada eu me levantei, arrumei minha bolsa e acompanhei ele, chegamos na calçada e eu olhei pra entrada do morro, não muito longe, eu poderia correr e chegar até lá, olhei pra frente e ele me olhava, meu plano ia falhar, ele segurou meu braço com força e me jogou dentro de um carro e Luiz estava lá dentro.

— nos encontramos de novo, ne? acho que seu irmãozinho não sabe cuidar muito bem de você - ele disse

— não ouse falar do meu irmão - eu falei séria e firme, estava com medo, mas não ia deixar ele saber disso.

— cala a boca, apaga ela - foi a última coisa que eu ouvi antes da escuridão tomar conta da minha visão.
Flashback of

e foi isso tudo o que aconteceu vocês podem me xingar agr dizendo que eu sou burra, que eu me entreguei fácil, mas meu filho é 1000 vezes mais importante e ninguém podia saber que ele existia, muito menos o Luiz, ele não merecia nada. ouvi barulho na porta e logo ela abriu, vi Luiz vindo na minha direção e se ajoelhando na minha frente.

— você vai pegar seu celular, vai ligar pro seu irmão e vai dizer pra ele que teu resgate vale 500.000 reais — ele falou segurando meu queixo com força,

— entrega pra ela - o cara do lado dele colocou o celular no meu ouvido enquanto o número do matheus chamava na tela.

Matheus
tava na boca depois das meninas irem pra praia, Cadinho, um dos meus vapores, entra na minha sala rapidamente

— pô chefe, tua mina tá aí fora e da desesperada atrás de voce e do CG - ele falou e eu sai rápido da salinha indo até o lado de fora vendo Camille com Caíque no colo, mas pera, cadê a Kyara?

— camille mano, o que foi?

— ele levou ela matheus, ele levou a kyara - ela disse desesperada e eu já sabia quem era

— filho da puta, entra no carro, vamo pra minha casa - falei entrando no carro e ela entrou logo em seguida junto com caíque, chegamos em casa e eu acionei o radinho chamando o CG pra cá

— distrai o Caíque, ele não precisa se desesperar

CG chegou rapidamente.

— que porra aconteceu? - ele perguntou

— o Luiz aquele filho da puta, levou a Kyara - falei e vi ele se desesperar, meu telefone tocou e apareceu o número da minha irmã

Ligação on
— mano, onde vc tá? - falei assim que atendi
— matheus - ela falou com a voz fraca e chorosa — ela não vai conseguir falar chefe
— porra que mina inútil - ouvi vozes e logo o telefone foi tomado da mão de alguém
— fala DG, to aqui com a tua irmã e eu quero 500.000 até o fim do dia pra tu ter ela inteira de volta — luiz falava e minha raiva só aumentava
— você é um covarde se fizer alguma coisa com essa garota - eu falei o mais firme possível
— paga pra ver, quero meu dinheiro até amanhã, se não, ela morre - ele disse e desligou
Ligação off

— que desgraçado mano - falei jogando meu celular no sofá — da pra rastrear a ligação? - perguntei olhando pra Camille

— acho que sim - ela pegou o celular dela e colocou o número da kyara no aplicativo pra rastrear, me entregou o mesmo mostrando a localização - ela tá aí

— é aqui perto mano, Cauê manda os moleque se armar, você vai ser meu braço direito, pega as melhores armas e os melhores soldados que a gente tem, esse filho da puta vai morrer hoje

— beleza - ele falou pegando o radinho e foi avisando os menó pra se armarem e se arrumarem pra sair.

Kyara

vamo ver se teu irmão é obediente pelo menos uma vez — ele falou acariciando meu rosto e eu me esquivei de qualquer toque dele

— sinto falta das nossas brincadeirinhas - ele falou

— aquilo não era brincadeira, era assédio e estupro - eu falei

— você gostava sua piranha — ele falou me forçando a olhar pra ele

— me larga - falei soltando meu queixo da mão dele

— eu não quero te bater de novo Kyara, então faz o que eu mando que vc sai ilesa - ele falou

— eu não vou fazer nada - eu falei e ele me deu um tapa com força fazendo meu rosto virar

— você vai fazer sim - ele falou tentando tirar minha blusa, mas com falha.

foi questão de segundos para começarmos a ouvir os tiros do lado de fora.

Por acaso, nós! {concluída}Onde histórias criam vida. Descubra agora