Ettore- Capítulo 1

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- Corre Kai, só um pouco mais sim?...



-Ettore, amor me ajuda...



Um grito de dor...

Tiro...

- NÃO

...

- Não... - Meio atordoado, acordo gritando outra vez, mais uma noite em que esses pesadelos não me deixam dormi, suado levanto da cama olhando as horas, são apenas 3 da manhã.



Preciso parar com esses pesadelos, parecem tão reais, que me pergunto quem é a pessoa que precisa de mim, que precisa da minha ajuda. Quem será Kai? Será ele real?



Quando eu tinha apenas 9 anos meus pais viviam preocupados com esses pesadelos, depois que tinha eles só conseguia dormir novamente se meu irmão estivesse comigo, eu vivia com medo deles, na minha cabeça eles eram reais e eu nunca conseguia salvar o rapaz. E sempre me martirizei por isso durante anos, perdia a fome e o sono.


Então meu pais resolveram me levar ao psicólogo, contava como eram meus dias, minhas noites, mas nada adiantava.


Até que um dia eles finalmente pararam, eu tinha meus 16 anos, desde então não tive mais nenhum. Então eu aproveitei isso, sai com amigos, dei meu primeiro beijo, que foi em um menino, pois desde os meu 12 anos me sentia atraído pelo mesmo sexo, no começo foi estranho pois meus pais ficaram meios receosos, mas agora aceitem bem.



Mas agora aos meus 27 anos eles voltam com tudo e ainda mais dolorosos do que eu me lembre. Ainda não contei a minha família não quero preocupá-los, e junto com eles venho uma sensação estranha, que não lembro de ter sentido aos meus 9 anos quando eu tinha esses pesadelos é como se agora eles quisessem me alertar de algo, acho que estou ficando louco, deve ser isso.



Voltando ao agora, tomo um longo banho pra tirar todo o suor do corpo, pego meu edredom e vou para sala de cinema que tenho em minha casa, coloco um filme do homem de ferro que eu amo, me julguem, mas Tony Stark é muito lindo e inteligente o cara perfeito.



Depois de algumas horas assistindo o filme, me levanto e vou fazer um café, preciso disso para acordar um pouco, pois tenho certeza que vou me acabar na empresa hoje.



Faço meu café e aproveito mais um pouco do filme, tenho que chegar mais cedo na empresa, tenho vários papéis para revisar.



Algumas horas depois



Assim que estou pronto saio de casa e vou para a garagem, entro no meu carro e sigo rumo a empresa, ligo o som e logo uma música calma começa a tocar. Estou tão distraído que quando o sinal vermelho passa para o verde, volto a andar com o carro, mais de repente um vulto me faz frear bruscamente, mais já é tarde e sinto o impacto do corpo pequeno contra o capô do carro.



- Maldição. - Deixo meu resmungo de desespero sair, Saio do carro e vou ver se o homem está bem.


Assim que vou me aproximando vejo seu corpo sentado no asfalto, meu coração acelera acho que pelo medo de que por pouco eu não tenha matado alguém.



- Você está bem? - me abaixo em frente do homem e me vejo muito preocupado de repente.



- Eu estou sim, foi só um machucado na cabeça. - ele começa a falar ainda com a cabeça baixa e a mão nas têmporas, sua voz doce faz todo meu corpo se arrepiar, eu conheço ele?



- Você devia olhar mais para onde anda, eu poderia tê-lo, matado. - falo me sentindo nervoso.



- Me desculpe, realmente fui muito...- ele para de falar assim que ele levanta seu rosto e me olha, um sentimento de reconhecimento me passa e eu também fico estático, cazzo, ele é lindo demais, só que não é só isso. Eu já vi esse rosto em algum lugar. (Puta que pariu).

TIME- Quando O Amor Supera Tudo Onde histórias criam vida. Descubra agora