Kai- Capítulo 2

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Hoje meu dia já começou corrido novamente, não sei o que acontece sempre acordo cedo aos finais de semana, mas quando é para ir ao trabalho estou sempre atrasado e eu odeio atraso.

Acho que hoje é meu dia de mais azar, para começar iria chegar atrasado no trabalho, fui tomar meu banho rápido e adivinha? Água gelada foi o que caiu sobre meu corpo, agora só me falta ficar doente.

E com esses pensamentos que atravesso a rua e não vejo que o sinal fechou para pedestres.

- Porra. - É tudo que sai da minha boca ao sentir meu corpo se chocar contra o carro, e imediatamente sinto a dor em minha testa ao que caio de bruços o carro freia bruscamente, e com certa dificuldade consigo me levantar sentando no asfalto em seguida.

Vejo os pés do cara que estava dirigindo o carro que me atropelou e o vejo se abaixar a minha frente, mais é quando ouço sua voz que todo meu corpo entra em alerta, mas...porque?

Ele fala, pergunta se estou bem e quando olho em sua direção a frase morre em meus lábios, eu já o vi em algum lugar.
Será que foi na tv? Não, sinto meu peito encher de... de que? Amor? Mais como assim? Minha mão automaticamente, vai de encontro ao seu rosto mas me dou conta de que não o conheço, mesmo tendo a sensação que sim, e imediatamente abaixo minha mão. E a sensação de que eu precisava está perto dele enche meu peito, assim como a sensação de que ele precisa de mim.

Só posso está louco em pensar algo assim, porque um desconhecido precisaria de mim?

Fui levado ao hospital por ele, o mesmo em que trabalho que fiz questão de indicá-lo, ficaria mais fácil para me, por está atrasado.
Gostei de vê-lo preocupado comigo, me senti importante.

Chegando ao hospital, Mary vem ao meu encontro preocupada, logo fico constrangido com o sermão que recebo dela, ela é tipo uma mãe para mim, sempre se preocupando e cuidando de me junto de Billy, amo eles demais.

Ao entrar na sala com Billy ele começa a falar.

- Você têm que ser mais cuidadoso Kai, ainda nos mata do coração qualquer dia desses.- vejo preocupação nítida em sua voz.

- Prometo que isso não vai voltar a acontecer. Não quero preocupá-los. -falo cabisbaixo. Billy solta um suspiro.

- Falo isso para seu bem, essa já é a segunda vez que você se machuca. A Mary ficaria triste se algo te acontecesse assim como eu também.

- Daquela vez eu não sei o que aconteceu, eu realmente escutei alguém em desespero.

Me refiro ao dia em que também quase fui atropelado, eu tinha certeza que alguém estava sofrendo, eu senti isso, foi como se quisessem me salvar de algo e não conseguisse, daí escutei um tiro e fiquei estático no meio da rua, minha sorte foi que o motorista parou bem antes.

- Tudo bem, vamos encerrar isso por aqui. Você já está liberado. E está sendo convocado para jantar lá casa de novo. - fala deixando um beijo em meus cabelos e aí está o carinho que me faz sentir tão bem, é como se fosse meu pai aqui.
Me levanto e vou andando em direção a saída. Me volto para ele e lhe pergunto com a maior cara de pau.

- será você que vai cozinhar né? - Ele solta um gargalhada e me olha como se dissesse deixa a Mary te ouvir perguntar isso. Sorrio inocente.- Amo a Mary mais você cozinha mil vezes melhor.

- Sim eu vou cozinhar. - Ele sorri para me e saio saltitante de sua sala.

Ao chegar falo para Ettore que estou bem fazendo com que ele vá embora tranquilo. Recebo um aviso de uma emergência e tenho que me retirar as pressas me voltando para ele quando me pergunta meu nome e assim que o digo, o elevador chega e entro no mesmo, sentindo que minha vida mudaria a partir dali.

TIME- Quando O Amor Supera Tudo Onde histórias criam vida. Descubra agora