06

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— Pronta para o primeiro dia? — Esme segura meus ombros com um sorriso estampado no amável rosto.

— Eu preciso mesmo responder isso? — rebato e ela suspira, não desfazendo o sorriso.

— Boa sorte — ela me solta e cruza os braços, observando eu seguir os outros até a garagem.

— Você vai com Edward — Rosalie aponta para um carro prata e sem graça.

— Por que eu não posso ir no meu? — olho de relance para o meu carro no canto da garagem.

— Por que poluir mais o planeta se podemos ir todos juntos? — Alice comenta.

— E você dirige mal — Edward me diz e acaba recebendo um tapa na nuca de Jasper.

— Não deixa-la com raiva, lembra?

— Eu vi ela dirigindo pela visão de Alice e não foi nada bonito — continua o chato.

— Não é porque eu aprendi a dirigir nas últimas semanas que eu seja uma má motorista — reclamo — só sou inexperiente.

— Ok, só entra logo — Edward abre a porta do carro e aponta para dentro — e não adianta enrolar.

Comprimo os lábios com força, me obrigando a ficar calada. Entro e sento-me, cruzando os braços e ficando inerte durante o caminho. Ao chegar me sinto em um desfile onde eu sou a principal. Todos os olhares estão em mim e Edward é sensato em me conduzir rapidamente até a secretaria. Ele quem agiliza tudo por mim, já que eu obviamente estou mais preocupada em observar cada canto com desaprovação e curiosidade.

Prendo a respiração quando andamos pelos corredores cheios de humanos. Quando paramos em frente a uma sala, Edward não entra.

— Sua primeira aula é sozinha — ele avisa.

— Isso seria algum tipo de teste? — resmungo mau humorada.

— Claro que não, não confiamos em você para isso — ele provoca e eu o olho ameaçadoramente. Seria tão fácil apenas imagina-lo s...

— Nem pense nisso, minha querida — ele segura meu ombro com certa força — concentre-se na aula e tente não matar ninguém. Quando acabar, estarei aqui.

— Ok — me desvencilho dele e entro na sala, entregando o papel para o professor assinar. Ele diz algo sobre ser um prazer ter mais uma Cullen como aluna, mas eu só forço um sorriso e assinto. Ocupo a última carteira ao lado da janela, respirando o máximo de ar fresco que consigo.

— E aí — uma voz irritante masculina chama minha atenção. Me viro para ele. É um garoto loiro, com cara infantil e expressão boba.

— Sim? — por favor, diga logo o que quer e vá embora.

— Doeu? — ele pergunta e eu o encaro confusa.

— O quê? — pergunto, desconfiando que ele tem doença mental.

— Quando você caiu do céu — continuo sem entender e ele percebe, começando a explicar gaguejando — porque você é um anjo. Um anjo que caiu do céu.

O encaro com seriedade. Isso é algum tipo de flerte do século vinte e um? Ele acabou de me chamar de Satã. E pelo o que eu sei, para a maioria das pessoas isso não é algo bom.

— Isso seria um elogio? — questiono.

— Sim? Sim. Quer dizer — ele pigarreia e tenta engrossar a voz — sim, gata.

— Gata? — me esforço para não rir dele.

— É, tipo, bonita — ele fica vermelho, mas tenta furiosamente parecer seguro de si. Mesmo que seu corpo exale medo — muito bonita. Gata. Meu nome é...

AlvoradaOnde histórias criam vida. Descubra agora