— Pronta para o primeiro dia? — Esme segura meus ombros com um sorriso estampado no amável rosto.
— Eu preciso mesmo responder isso? — rebato e ela suspira, não desfazendo o sorriso.
— Boa sorte — ela me solta e cruza os braços, observando eu seguir os outros até a garagem.
— Você vai com Edward — Rosalie aponta para um carro prata e sem graça.
— Por que eu não posso ir no meu? — olho de relance para o meu carro no canto da garagem.
— Por que poluir mais o planeta se podemos ir todos juntos? — Alice comenta.
— E você dirige mal — Edward me diz e acaba recebendo um tapa na nuca de Jasper.
— Não deixa-la com raiva, lembra?
— Eu vi ela dirigindo pela visão de Alice e não foi nada bonito — continua o chato.
— Não é porque eu aprendi a dirigir nas últimas semanas que eu seja uma má motorista — reclamo — só sou inexperiente.
— Ok, só entra logo — Edward abre a porta do carro e aponta para dentro — e não adianta enrolar.
Comprimo os lábios com força, me obrigando a ficar calada. Entro e sento-me, cruzando os braços e ficando inerte durante o caminho. Ao chegar me sinto em um desfile onde eu sou a principal. Todos os olhares estão em mim e Edward é sensato em me conduzir rapidamente até a secretaria. Ele quem agiliza tudo por mim, já que eu obviamente estou mais preocupada em observar cada canto com desaprovação e curiosidade.
Prendo a respiração quando andamos pelos corredores cheios de humanos. Quando paramos em frente a uma sala, Edward não entra.
— Sua primeira aula é sozinha — ele avisa.
— Isso seria algum tipo de teste? — resmungo mau humorada.
— Claro que não, não confiamos em você para isso — ele provoca e eu o olho ameaçadoramente. Seria tão fácil apenas imagina-lo s...
— Nem pense nisso, minha querida — ele segura meu ombro com certa força — concentre-se na aula e tente não matar ninguém. Quando acabar, estarei aqui.
— Ok — me desvencilho dele e entro na sala, entregando o papel para o professor assinar. Ele diz algo sobre ser um prazer ter mais uma Cullen como aluna, mas eu só forço um sorriso e assinto. Ocupo a última carteira ao lado da janela, respirando o máximo de ar fresco que consigo.
— E aí — uma voz irritante masculina chama minha atenção. Me viro para ele. É um garoto loiro, com cara infantil e expressão boba.
— Sim? — por favor, diga logo o que quer e vá embora.
— Doeu? — ele pergunta e eu o encaro confusa.
— O quê? — pergunto, desconfiando que ele tem doença mental.
— Quando você caiu do céu — continuo sem entender e ele percebe, começando a explicar gaguejando — porque você é um anjo. Um anjo que caiu do céu.
O encaro com seriedade. Isso é algum tipo de flerte do século vinte e um? Ele acabou de me chamar de Satã. E pelo o que eu sei, para a maioria das pessoas isso não é algo bom.
— Isso seria um elogio? — questiono.
— Sim? Sim. Quer dizer — ele pigarreia e tenta engrossar a voz — sim, gata.
— Gata? — me esforço para não rir dele.
— É, tipo, bonita — ele fica vermelho, mas tenta furiosamente parecer seguro de si. Mesmo que seu corpo exale medo — muito bonita. Gata. Meu nome é...
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Alvorada
FanfictionEm busca de ajuda, Lilith acaba na casa dos Cullen. Ela só não esperava se envolver tanto, especialmente com o irritante leitor de mentes. Amizade que se transforma em amor, passando por tribulações que provam até onde vamos por quem amamos. Ele a e...