— Ela está ardendo em febre... É mais do que um corpo humano pode aguentar.
— Olha a cara pálida dela!
— Ela vai sobreviver, doutor?
— E qual o pior que pode acontecer? Ela morrer de novo?
— Os olhos continuam os mesmos...
— ... Em colapso...
— É melhor todos saírem daqui, ela está ficando tensa!
— A Bella descobriu...
— Eu vou acabar com você, Edward!
— Ela está tendo uma parada cardíaca!
— Mas isso é bom ou ruim?
— Ela precisa de sangue?
— Ela precisa de sangue.
— Humano.
DIAS DEPOIS...
A primeira coisa que eu reparo é a familiaridade da situação. É clara a minha memória após minha transformação e parece que estou revivendo tudo. Os sentimentos desconexos, os pensamentos sobrecarregados, o medo. Respiro fundo, sentindo os cheiros familiares me acalmando. Minha família.
Abro os olhos, me acostumando com a explosão de luz após a escuridão de — dias?
— O que houve? — questiono, me sentando. Estou na minha cama, mas a decoração está mudada: aparelhos médicos me cercam.
— Seu corpo entrou em colapso — Carlisle conta.
Todos estão no meu quarto, ao meu redor. Me sinto uma experiência científica.
— Você nunca usou os seus poderes com tanta intensidade, certo? — Carlisle pergunta.
Assinto. Aro sempre foi cuidadoso quanto a isso: sempre me fez usar meus poderes com grande espaços de tempo, sendo bem alimentada depois e descansando por dias. Teve tempos em que eu fiquei isolada por semanas sem ver ninguém, apenas humanos que eram mandados para minha alimentação e depois recolhidos para descarte.
— Deus, foi sorte você ter sobrevivido todos esses anos com os Volturi sem manifestar o lado humano — Esme me olha preocupada — as coisas que eles poderiam fazer com você vunerável...
— O cachorro esteve fielmente ao seu lado o tempo todo — Rosalie conta com um sorriso malicioso — só saiu para ir em casa e logo volta.
— Jared? — sorrio satisfeita. Sam não o impediu mais. Ele está livre para ser meu amigo.
— Esse mesmo — Alice comenta — ele pareceu bem preocupado com você. Logo após seu desmaio ele a trouxe.
— Estava uma pilha de nervos — conta Jasper.
— Pobrezinho — murmuro, lembrando-me dos últimos momentos antes do meu apagão — quanto tempo fiquei apagada?
— Alguns dias — responde Carlisle — você teve picos: seu coração parou e voltou algumas vezes, seu corpo revezou entre alimentos e sangue, até só aceitar sangue.
— Sangue humano — me lembro dos fragmentos de conversa que ouvi. Isso faz meus olhos pousarem em Edward, que permanece calado, apenas me observando.
— Foi roubado do banco de sangue, então você não tem que... — Alice se precipita em dizer, mas eu a ignoro. Edward?
— Ela descobriu — ele responde, com aquela cara de sofredor que eu detesto — graças as lendas quileutes e tudo o que houve, ela juntou as peças. Ela sabe o que somos.
Não sei como reagir a isso.
— Ela não vai contar a ninguém — Alice garante — eu estou observando cada passo dela. Ela só está curiosa sobre sua ausência na escola, mas nada mais que isso.
— Precisamos mata-la — sussurro.
— O quê? — todos me encaram chocados. Como se o que disse fosse absurdo.
— É as regras — falo, me lembrando das palavras dos mestres — não podemos quebra-las. Precisamos matar a humana antes que ela espalhe nosso segredo.
— Ela não fará isso — Alice insiste.
— Me dê uma prova! — retruco, perdendo a paciência. Eles não sabem o que acontece com quem infringe as leis da nossa espécie? Eles não sabem as atrocidades que podem nos submeter por justa causa? Ninguém ficaria do nosso lado. Ninguém.
— Mesmo se ela contasse, ninguém acreditaria nela — Edward tenta.
— É mais fácil ela provar que somos vampiros que nós provarmos inocência — tiro os aparatos médicos de mim, levantando-se da cama.
— Ela está aqui — sussurra Alice, correndo até a entrada. Sigo ela, mas sou contida por Carlisle e Esme.
— Pense bem, Lily — o patriarca diz firmemente — podemos resolver isso de outro jeito.
— Omissão não é minha praia — digo entredentes. Eles estão brincando com algo além deles. Por que não podem simplesmente mata-la e acabar logo com isso?
— Você não é uma Volturi mais, querida — Esme e seus olhos suplicantes e doces... — podemos dar um jeito.
— Vocês não sabem como é — nego, sentindo meus olhos arderem. Mas nenhuma lágrima cai.
— Não sabemos o quê? — Rosalie indaga, se aproximando do casal que me segura. Jasper, Alice e Edward estão na sala, tentando convencer Bella a ir embora. Emmett está no corredor, sem saber o que fazer.
— Morte por traição — uma outra voz surge, uma que eu conheço muito bem, mas não ouço há meses.
Vindo do nada, outra pessoa se faz presente no quarto como se fosse mágica.
Ele sorri predatório.
Hunter.
sim, eu surtei e decidi postar tudo de uma vez. por quê? porque eu quero terminar logo essa fic k
amores, dêem boas vindas ao Hunter Volturi:
apostas sobre COMO ele surgiu do nada?
com esse homão na jogada, em quais casais vocês apostam? (incluindo: leah, jared, edward, bella, lilith e hunter)
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Alvorada
FanfictionEm busca de ajuda, Lilith acaba na casa dos Cullen. Ela só não esperava se envolver tanto, especialmente com o irritante leitor de mentes. Amizade que se transforma em amor, passando por tribulações que provam até onde vamos por quem amamos. Ele a e...