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— Lilith — Hunter parece saborear meu nome. Senti falta disso.

Me solto de Carlisle e Esme e me jogo em seus braços, ávida pelo seu toque familiar.

— Como...? — Rosalie não consegue terminar a frase, nos olhando em choque. Isso reflete bem o estado de espírito de todos. Emmett entrou novamente no quarto e ouço barulho dos outros vindo.

— Mágica — pisca Hunter para a loira.

— Me tira daqui — peço a ele. Só quero sair dessa situação. Anos de tortura Volturi passam pela minha mente como um filme de terror.

— Seu desejo é uma...

— Não! Por favor — Alice chega no quarto, estendendo as mãos em súplica para nós — fiquei, Lily. Vamos conversar, vamos resolver isso. Por favor.

Meus olhos passam por todos no cômodo e param na única que não se encaixa aqui: Isabella Swan. Com ela aqui, podemos resolver isso de uma vez. Para o bem ou para o mal.

— A decisão é sua, querida — meu amigo diz.

Assinto, respirando fundo e me soltando dele. É um sinal de que não vamos precisar escapar. Preciso encarar isso.

— Tudo bem — murmuro.

— Vamos para sala — Esme diz suavemente, mesmo que sua voz soe tensa. Ela e Carlisle são os últimos a sair do meu quarto. Alice e Jasper lideram o caminho. Swan, que parece desnorteada, segue Edward, que fica entre ela e Hunter. Rosalie fica ao meu lado e Emmett atrás de nós.

Fico em pé em frente a TV, meus braços cruzados e postura rígida, enquanto Hunter fica ao meu lado. Todos se acomodam: Carlisle, Esme e Swan no sofá, Rosalie e Emmett em uma das poltronas, Alice e Jasper em outra, Edward permanece em pé ao lado do sofá.

— Então? — Hunter é o primeiro a falar — qual a confusão da vez?

— Da vez? — pergunta Rosalie, meio na defensiva, meio curiosa.

— Onde ela está sempre tem confusão — ele diz bem humorado. Reviro os olhos.

— A questão é: nessa região temos transformos que viram lobos e graças a eles, ela — aponto para Swan, que está mais pálida que o normal e seu coração parece querer sair para fora — é uma humana e descobriu sobre nós, vampiros, por causa das lendas deles. Agora os Cullen não querem mata-la por serem adeptos a conservação da humanidade. Mas eu, como ex Volturi, sei bem das consequências que isso pode nos trazer se alguém descobre que estamos acobertando isso.

— Você quer me matar? — a humana questiona com a voz falha, me olhando surpresa.

— Ah, querida — a voz rouca de Hunter faz os pêlos do corpo dela se arrepiarem visivelmente. Eu não a julgo, ele fala um "a" e eu respondo "aleluia" — você não conhece mesmo a Lilith. Ela é assim, tão preto e branco.

— E o que você sugere, fodão? — me viro para ele.

— Se pensasse um pouco em contornar as leis em vez de segui-las, perceberia que os transformos são outra... jurisdição. Eles não são da nossa raça e não seguem nossas regras, então se ela descobriu o que somos por meio das lendas deles, a culpa e responsabilidade é deles, não sua ou dos Cullen. Os Volturi não podem castigar alguém que não é culpado diretamente, isso se aplica a vocês e ao os lobos.

Como sempre, Hunter me deixa sem palavras. Eu poderia casar com esse homem ou mata-lo a qualquer momento.

— Ele tem toda razão — Jasper concorda, quebrando o silêncio que se fez após a conclusão magnífica.

AlvoradaOnde histórias criam vida. Descubra agora