Em busca de ajuda, Lilith acaba na casa dos Cullen. Ela só não esperava se envolver tanto, especialmente com o irritante leitor de mentes.
Amizade que se transforma em amor, passando por tribulações que provam até onde vamos por quem amamos.
Ele a e...
É a décima vez que eu toco a mesma música, alguma merda romântica que Rosalie me ensinou.
— Alice está ficando louca com isso — Edward comenta, surgindo no meu quarto sem ao menos bater antes.
— Eu sei — respondo suavemente.
— Todos estamos — suspira ele, sentando-se ao meu lado.
— Eu sei — eu nem olho mais para as teclas, apenas encaro um ponto fixo aleatório.
— Sua mente está uma bagunça — ele comenta.
— Eu sei — suspiro.
— Pare — ele segura minhas mãos e as leva para perto de si. Isso faz eu me virar para ele — de fazer isso consigo mesma e conosco. Queremos te ajudar.
— Nem eu posso me ajudar — retruco.
— Você não precisa temer seus poderes. Eles são parte de quem você é, Lilith.
— Eu não temo meus poderes — falo — eu temo o quão humana eles podem me tornar. Todos aqui são a prova de que ser humano é terrível. Eu não quero sofrer de novo.
Ele demora um momento para me responder.
— O medo não vai embora. E tudo bem, porque os humanos também sentem isso. Todos nós sentimos — começa a filosofar — para de sofrer por antecipação. Vamos ver até onde seus poderes vão e se chegar ao ponto que você não goste, lidaremos com isso.
— Eu não quero ser fraca novamente — o abraço, descansando minha cabeça em seu pescoço. É estranho não ter uma pulsação, mas ao mesmo tempo reconfortante.
— Se eu tivesse pulsação, você me devoraria agora — ele comenta.
— Eu poderia te devorar de qualquer jeito — sussurro — agora.
Ele ri e infelizmente percebo que estou encrencada quando admito gostar do som. Ele não comenta nada sobre o meu pensamento. Eu também não.
ALGUNS DIAS DEPOIS...
— ... Mas acho que vou esperar mais um pouco, talvez depois do seu casamento com Edward — Rosalie termina seu longo monólogo sobre seus planos para milésima renovação de votos com Emmett. A loira penteia os cabelos negros de Lily com suavidade, apreciando o momento entre as duas.
— Casamento? — repete Lilith. A morena tem seu olhar fixado em seu reflexo perfeito no espelho, ouvindo atentando a outra.
— Não se faça de boba — Rosalie a repreende — você sabe que mais cedo ou mais tarde isso vai acontecer.
Lilith não responde, mas também não esconde o sorriso. Ela e Edward estão indo devagar, dando as mãos na escola e passando tempo juntos nas noites estreladas. Eles conversam bastante, dividindo suas experiências em existências solitárias. Edward sabe da hesitação de Lilith em basicamente tudo, então não força nada. Eles poderiam transar na floresta, mas pedi-la em casamento agora? Ela fugiria como o Diabo da cruz, insegura sobre seus sentimentos e problemas. Com medo de finalmente pertencer a algo verdadeiramente. Para ela, os Volturi não contaram.
As meninas decidem irem todas no carro de Rosalie para a escola, enquanto os garotos vão no Edward.
— É hoje que a garota nova vai chegar — Alice comenta, dirigindo tranquilamente pelas ruas pacatas de Forks.
— Finalmente assunto novo — comemora Lilith — talvez assim aqueles desocupados param de ser obcecados por mim.
— Por nós — Rosalie a corrige, sem tirar os olhos do espelho retrovisor. Ela encara seu reflexo com concentração, passando um batom vermelho, que definitivamente chama atenção para sua boca.
— Tanto faz — a morena da de ombros, fazendo Alice sorrir satisfeita. Ela está cada vez mais parecida com uma adolescente normal.
Logo elas chegam na escola, com os garotos em seu encalço. Edward segura a mão de Lilith como nos dias anteriores, ganhando um sorriso discreto dela. Ele beija sua testa e todos os outros fingem que nada está acontecendo. Lilith é como um animal: quando sente a atenção nela, fica em alerta. E ninguém quer ela fugindo.
Lilith não teria as próximas aulas com Edward, então se despede dele e vai com Jasper até a aula preferida do loiro: história. Enquanto ele realmente presta atenção na aula, Lilith apenas rabisca seu caderno, tentando bloquear a sensação estranha que surge em seu peito. Como um aperto, só que não literalmente. Ela suspira, perguntando-se se o sentimento faria parte da sua experiência humana. Todos eles sentiam algo assim? Ela não se recorda de ter sentido assim enquanto vampira, tampouco como humana. Talvez uma vez. Em sua mente uma lembrança pisca, sem foco. Seu antigo amante e traidor. Ela sentiu algo assim antes dele aparecer em sua vida. Sua mãe lhe disse que era "um aviso do universo de que algo aconteceria a ela, algo forte o suficiente para estar preparada".
Lily respirou fundo preocupada. Ela não aguentaria mais uma traição.
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próximo capítulo é a chegada de bellinha, edward surtando e lilith fugindo
