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— Hoje, tal como Da Vinci, não terminarei meu dever de inglês — anuncio, sentando-me no capô do carro de Edward.

— Você está se comparando ao Da Vinci? — Alice me questiona incrédula.

— Você está comparando as obras dele com seu dever de escola? — Jasper pergunta em seguida. Edward me puxa para a Hora do Pesadelo.

Apenas dou de ombros, sem dar explicações (assim como Da Vinci). Estamos quase no refeitório agora, o cheiro da mistura nojenta de humanos, comida e odores extras me deixa mau humorada.

— Ei, a Stanley está falando sobre nós para a garota nova — sorri Alice, parando e nos fazendo parar também — vamos fazer uma entrada dramática!

— Por quê? — resmungo, me jogando nos braços de Edward, que sorri. Ele passa os braços ao meu redor e eu gosto. Nem uma palavra sobre isso, leitor de mentes!

— Porque é minha diversão do dia, vamos! — a baixinha bate palmas animada e começa a discutir com os outros sobre quem entra primeiro.

— Ei, Lily — Angela, uma garota da minha classe de inglês me chama. Estranho ela me chamar e estranho mais ainda ela me chamar pelo apelido. Não reclamo, entretanto — desculpa incomodar — é adorável o jeito que ela cora — mas pode me emprestar suas anotações? Você pareceu realmente por dentro hoje e eu não entendi algumas coisas.

Sinto algo incomum dentro de mim, uma euforia por ser necessária, por ela ter pensado em mim, por ter se aproximado. Sorrio.

— Claro — respondo, entregando a ela meu caderno. Eu não usaria de qualquer jeito.

— Obrigada mesmo! — ela sai sorrindo. No meio do caminho para o refeitório uma garota cai, derrubando seu material pelo chão. Angela imediatamente se abaixa para ajudá-la.

— Um ato de verdadeiro altruísmo sempre gera outro — sorri Edward, prestando atenção na mesma cena que eu.

— Altruísmo, é? — suspiro — interessante. Mudar o mundo com minha bondade, caramba. Poético.

— Continue fingindo que não se importa — ele dá de ombros — isso não muda nada.

— Está na nossa vez — anuncio, ouvindo a rainha das fofocas dizer nossos nomes.

— Faremos do nosso jeito — ele diz, passando o braço pelos meus ombros.

"Ele é filho da adotivo da irmã dela. Eles são, tipo, tia e sobrinho. Mas também, obviamente, algo a mais" Stanley narra. Quando me olha, encaro-a mortalmente. A morena desvia o olhar com rapidez e se encolhe "as vezes eu acho que ela é um demônio" sussurra ela. Isso me faz sorrir. Encaro a novata também, que desvia o olhar mais rapidamente eu Jéssica. "Eles não são tia e sobrinho, Jéssica" Angela chega correndo na mesa. Fico satisfeita por ela nos defender.

— Somos o casal mais esquisito, sério? — reclamo.

— Somos um casal? — Edward rebate.

— Quer mesmo falar sobre isso agora? — o olho incrédula. Nós sentamos na mesa onde o resto da família nos olha divertidos.

— Eu não estou vendo um anel na mão dela, então acho que não são um casal — comenta Alice.

— Não se mete, Alice — Edward diz.

— Me obrigue — retruca a morena.

— Mas você não usa anel também, baixinha — comenta Emmett.

— Emmett! — Rosalie dá um tapa na cabeça dele, que faz uma careta.

— O quê?

— Cara — suspira Jasper, negando.

AlvoradaOnde histórias criam vida. Descubra agora