Capítulo 22

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Charlotte
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Penúltimo Capítulo

Olhei em direção a porta do quarto, Max entrou já ajeitando as roupas. Imediatamente saí do meu meu estado estático e segui para o closet falando

— Preciso ir para o hospital.
— O que aconteceu?
— Eles não especificaram na mensagem, mas mandaram ir até lá com urgência.

Max me seguiu até o closet, ele segurou em meus braços e me fez olhá-lo.

— Eu irei junto, te apoiarei nessa e ficarei com você.
— Obrigada!
— Eu sinto muito por tudo isso Charlotte, apesar de tudo, não desejo mal ao Paul.
— Ele está morrendo, e tudo que aconteceu é passado. Nesse momento só o que ele precisa é ter uma passagem tranquila.
— Você acha que ele...
— Eu não sei... — Dei uma pequena pausa e continuei — Faça um favor para mim, ligue para a família dele e para a minha, peça para eles virem o quanto antes.
— Mandarei meu jato particular ir busca-los.
— Muito obrigada!

Escolhi uma roupa apressadamente e vesti-me, em pouco tempo eu e Max seguimos para o hospital. Enquanto esperamos o médico vir nos atender, Max fez as ligações e instruiu seu piloto em pegar todos no aeroporto de Los Angeles. No mesmo tempo em que Max fazia as chamadas, o médico me chamou

— Senhora Burnett, hoje fizemos a radioterapia e Paul ficou muito debilitado, ele não passará de hoje. Peço que se despeça dele. Não temos mais nada que possamos fazer. Fizemos tudo que estava em nosso alcance.
— Ele está acordado?
— Não, está dormindo sob efeito de medicamentos, nós não o entubamos porque ele pediu para não fazer. Também suspendemos os medicamentos para mantê-lo dormindo a pedido dele. Acredito que acordará a qualquer momento e esse será o momento de se despedir. Se quiser chamar uma padre fica a vontade.
— Obrigada! — Falei com um nó na garganta.
— Com licença!

O médico se afastou e as lágrimas desceram em meu rosto, Max se aproximou e eu o abracei e chorei em seu ombro.
— Ele está morrendo.
— Sinto muito!

Ficamos abraçados por um tempo até me sentir melhor.

— Está melhor?
— Sim, quando a família dele chegará?
— Já estão no avião, em menos de uma hora chegarão.
— Obrigada Max, não sei o que seria de mim sem seu apoio, peço desculpas por ter ido embora e não falado nada, mas entenda eu precisava.
— Esse não é o momento de falarmos sobre isso, deixamos as coisas do passado no passado.
— Temos que encontrar um padre.
— Eu mesmo providencio um. Quer comer alguma coisa? Não tomou o café da manhã hoje.
— Não estou com fome.
— Precisa comer amor, agora tem nosso filho dentro de você.

Ele colocou a mão em meu ventre ainda liso, e eu sorri, não acredito que tem um bebê dele dentro de mim, se não fosse toda a situação, minha felicidade estaria completa.

— Então vamos até a cafeteria, tomarei pelo menos um suco de laranja —decidi.

Eu e Max estávamos comendo, até me surpreendi por não ter ficado somente no suco de laranja, comi tanto que parecia que iria explodir. Mantemos uma conversa leve, sem tocar no assunto do Paul. Eu estava contento por ele está comigo, acho que não aguentaria passar por tudo isso sozinha.

Logo depois da refeição, Max ligou para uma igreja local solicitando a presença de uma padre para fazer a extrema unção.

Infiel (concluído) Onde histórias criam vida. Descubra agora