Infiel (concluído)

Capítulo 2

Charlotte
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Eu estava em casa sozinha, aguardando a chegada de Paul. Era noite e ele costumava passar pelo apartamento depois do trabalho para me desejar boa noite. Nós jantávamos juntos e, em seguida, ele partia para a casa de seus pais. Embora a maioria de suas coisas já estivessem em nosso apartamento, ele insistia em fazer as coisas do jeito certo e só vir morar comigo depois que nos casássemos. Admiro a postura cavalheiresca de Paul e amo esse aspecto dele, mas às vezes sinto que nosso relacionamento é mais fraternal do que romântico. Paul sempre foi muito reservado e nunca nos envolvemos em nada ousado - o máximo que ele fez foi me beijar com paixão.

Às vezes, sentia que faltava algo em minha vida, e para ser honesta, sentia falta de sexo. Não sou uma maníaca ou algo assim, apenas tenho necessidades normais como qualquer mulher. Em três dias, estarei dando o maior passo da minha vida e me sentia insegura. Não sei se conseguirei passar o resto da minha vida sem... Bem, deixe para lá. Acredito que o amor é capaz de superar tudo. Eu amo o Paul e ele é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida. Nunca o deixarei.

Naquele momento, ouvi o som da chave na fechadura e perceives que é ele. Rapidamente, corri para recebê-lo. Assim que ele entrou o recebi com um abraço e lhe dei um beijo nos lábios. Ele também me abraçou e me levantou em seus braços, correspondendo ao meu beijo. Quando nos separamos, ambos estamos sem fôlego.

— Que recepção! - ele indagou.
— Estava com saudades de você.
— Eu também linda, sou o homem mais sortudo do mundo por ter você.
— E eu sou a mais sortuda por ter você.
— O que temos para o jantar?
— Spaghetti à bolonhesa.

Paul seguiu para a cozinha e eu fiquei parada na entrada frustrada, não sei o que está acontecendo comigo, mas sinto necessidade que ele me toque mais ousado, em vez de ir para a cozinha eu queria que me levasse para o quarto. Balancei a cabeça varias vezes, não posso ter esses desejos, preciso reprimir, isso não vai acontecer, eu aceitei assim, não posso pensar nessas coisas. Ouvi a voz do Paul me chamando, apertei minhas pernas para dissipar aquele vontade, minha parte íntima estava piscando. Fiquei aborrecida, eu sempre me contive, porque agora essa vontade incômoda? Será que era por causa da a proximidade do casamento? Não sei, mas não posso sentir. Paul me chamou de novo e segui para a cozinha.

— Tem pão de alho, amor?
— Sim, no freezer.
— Está muito cheiroso, poe a mesa enquanto aqueço o pão.
Comecei a pegar as louças e comentei:
— Preciso fazer compras, talvez amanhã de manhã eu saio para fazer isso.
— Não esqueça de comprar meu queijo gorgonzola, sabe que adoro, não tem na geladeira.
— Ah desculpa, amor, realmente preciso fazer compras.

Depois que coloquei a mesa, Paul trouxe o Spaghetti e o pão. Sentamos e iniciamos a refeição. Paul iniciou um diálogo enquanto comíamos:

— Amanhã a noite irá para despedida de solteira? — Ele perguntou.
— Sim, já está tudo combinado.
— O que vocês vão fazer?
— Não faço a mínima ideia, Emma e Debby estão fazendo suspense.
— Irão para que boate?
— Passion Night Club.
— É uma boate de luxo.
— Sim, eu sei.
— Tome cuidado lá, quero minha noiva inteira no dia seguinte.
— Talvez eu encontre um pedaço de mau caminho e me perco — disso rindo.
— Confio tanto em você, sei que sequer olharia para outro homem.
— Não me subestime — Falei animada.

Rimos juntos e a conversa continuou durante o jantar. Depois de colocarmos a louça na máquina de lavar, fomos para a sala e assistimos nossa série favorita da Netflix, bem juntinhos no sofá. A série era bem quente e tinha algumas cenas mais ousadas do casal, o que me deixou excitada. Eu não queria sentir aquilo, mas meu corpo parecia estar me sinalizando o que precisava naquele momento. Sou uma mulher jovem e saudável, no auge da minha idade, então me movi, me ajeitando no sofá, mas o Paul nem percebia meu incômodo e continuava assistindo à série sem piscar.