Minha Cirurgia

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O meu primeiro ano na faculdade de Medicina foi muito puxado. Não tive tempo de sair com minhas amigas, de manhã e a tarde na faculdade e anoite estudando em casa. Meu namorado também teve um ano puxado, curso em Londres, já aproveitou e fez vários cursos de especialização, nos víamos por videochamada ou nos falávamos por whaths. 

No Natal desse ano tava triste por que meu namorado não vinha. - Maninha vamos descer a ceia tá pronta, disse meu irmão na porta do meu quarto. - Brigada maninho, tô descendo. Sinceramente esse ano tinha sido tão puxado que tava afim de ficar deitada na minha cama, o Sérgio nem falou comigo direito, tava meio triste, acho que são os meu hormônios. Desco com uma cara bem triste e da escada vejo Sérgio de terno com um presente nas mãos. Abro um sorriso e logo vou abraça-lo.

- Tava morrendo de saudade amor, digo enchendo ele de beijo. Ele tava lindo, mais musculoso, magro, mais velho, simplesmente perfeito. - Você tá mais linda minha gatinha, também tava morrendo de saudades. Dei um beijo nele, que ficamos muito tempo agarrado, só nos separamos para respirar. Me distancio para ficar olhando para ele, nós dois só sorriamos. Olho pro lado e vejo minha sogra, minha cunhada, Arthur, meus pais, meu irmão e sua namorada e os cumprimento. - Desculpa sogrinha, falo rindo para ela. - Não tem problema Agatha, quase um ano longe é muito tempo, diz ela. Nos sentamos na sala e começamos a conversar. - O curso de engenharia em Londres tá sendo muito bom, no começo o inglês foi difícil, mas agora tá mais fácil, diz meu namorado. Eu abraço bem forte ele, parece que tô sonhando.

- E você minha princesa, como tá a faculdade? Questiona ele. - No começo foi muito difícil, mas tô conseguindo falo para ele. Me aproximo do ouvido dele e falo baixinho: - Tô morrendo de vontade de dar pra você agora. Ele engasga e fica vermelho, se levanta e pede licença para irmos no quarto conversar.

Fechando a porta do meu quarto eu pulo nele, faço minha pernas grudarem na sua cintura, começamos um beijo frenético, mordidas no pescoço, ele apertando minha bunda, e fala: - Tava com saudade minha putinha. - Tô meu safado, me fode. Ele me joga na cama, tira meu vestido me deixando de calcinha e sutiã, continua me beijar. Tira o meu sutiã e beija meus seios, fazendo eu gemer. Eu tiro a sua camisa e começo a passar a linguá pelo seu peitoral. Ele tira a calça e chupo seu membro. Ele gemia que nem louco e dizia: - Para que se não eu gozo, eu olhei para ele com seu membro na minha boca e dizia: - Goza dentro de mim. Ele me vira de bruços, começa lamber meu pescoço, minhas costas até minha bunda. Eu delirando de prazer, sabia que não íamos aguentar muito tempo. Ele tira uma camisinha da sua calça, pega o lubrificante do meu bide e começa a pincelar a minha portinha. Ele demora para entrar e diz: - Que apertadinha amor. Ficamos um tempo até ele conseguir entrar, ele começa devagar e depois me fode com força. Não aguentamos muito tempo e logo temos orgasmos simultâneos.

Ficamos agarradinho de conchinhas, respirando fundo e ele sai de dentro de mim. - Eu tava doido por esse teu rabinho, diz ele me beijando. - Mor eu tava com muita saudade de fazer amor com você, eu falo abrindo um sorriso. - Amor por cam é ruim né, diz ele. - Ai nada como sentir seu cheiro, sua pele, falo dando beijo nele. Meu celular vibra e olho uma mensagem da Aninha: - Miga a ceia tá servida. - Mor vamos que a ceia tá pronta. Nos vestimos e descemos, mas todos já estão comendo. - Desculpem a demora, falo toda envergonhada. - A gente entende a saudade que vocês estão, diz minha cunhada. A ceia foi ótima e é claro que Sérgio dormiu comigo, quer dizer, não dormiu muito, tínhamos um ano de amor atrasado.

Acordamos meio dia com minha mão batendo na porta. Passou as festa de final de ano e as férias. Faltava um dia para acabar as férias, estávamos no meu quarto. - Mor a gente precisa conversar, fala ele em tom sério. - Eu não te falei isso para não estragar os nosso momentos juntos, mas eu vou ter que terminar minha faculdade em Londres, diz ele. Eu fico sem entender e questiono ele: - Mas não era só um ano. - Era mor, mas consegui uma bolsa e vou terminar a faculdade lá. Eu começo a chorar. - Não fica assim minha linda, fala ele me abraçando. - Eu não quero passar dois anos sozinha Sérgio, é muito ruim, digo para ele. - O que você quer dizer com isso, questiona ele. - Sabe, acho que devemos dar um tempo de dois anos, falo para ele. - Você tem outro, questiona ele. - Claro que não, mas amor você tá vivendo uma experiência muito boa lá fora, eu vi como você ficava em não ir nas festas, você tem que curtir, eu te amo muito, mas acho que eu não tenho o direito de te prender. Falo respirando fundo. - Eu te conheço, daqui dois anos, você vai querer fazer mais uma especialização, não sei quando você volta. - Mor eu não quero te perder, diz ele. - Eu também não, mas acho melhor curtirmos a nossa vida, quando você voltar a gente conversa. - Mas eu não quero me separar de você agora próximo da sua cirurgia. - Mor você vai tá comigo. você vem me vê, a gente fica junto, se ama e depois você volta para a faculdade.Ele começa a chorar. - Mor te amo muito, muito mesmo, mas vai ser melhor assim, falo dando um beijo nele. O clima esquenta e fazemos amor.

Depois do amor ficamos abraçados e conversando. Ele entendeu que era melhor assim e combinamos de depois que ele voltar íamos sentar e conversar, provavelmente voltarmos. No outro dia ele embarca, dessa vez foi menos pesado a despedida, se o nosso amor for de verdade ele vai resistir.

As minhas aulas começam,o terceiro semestre é mais fácil, peguei o ritmo. Chegando da minha última seção com o médico e com o laudo para a cirurgia. -Tá bem minha filha, questiona minha mãe. - Tô mãe, daqui um mês é a cirurgia, falo abrindo um sorriso. - Já reservei as passagem e o hotel no Rio de Janeiro para a cirurgia, seu pai e seu irmão vão junto. - Não precisa mãe, digo a ela. - Eles querem estar contigo minha filha. Abro um sorriso.

Chegando o grande dia, tô na maca já tô pronta para a cirurgia, tô com uma mistura de nervosismo e alegria. Todos os meus amigos me mandaram mensagens e várias ligações me desejando muita sorte. Sérgio me ligou várias vezes e mandou flores no quarto. - Minha filha vai dar tudo certo, fala meu pai me dando um beijo na minha testa. Vou para o centro cirúrgico e logo adormeço. Acordo e vejo minha mãe e meu irmão ao lado da minha cama. - Oi minha princesa, correu tudo bem na cirurgia, diz meu irmão. Minha mãe abre um sorriso e diz: - Minha filha deu tudo certo. Sinto como estivesse grogue, olho para baixo e vejo que minha cintura e meu quadril está enfaixado. Depois vejo que estou com um cateter e depois da cirurgia sinto bastante dor. Os primeiros dias as dores foram muito fortes, mas com remédio ajudaram, estou com cateter e não posso andar muito, uso a cadeira de rodas para me locomover. Ainda não vi como ficou, vou ver depois de retira o cateter. Minha mãe me ajuda a ir no banheiro e ver como ficou. Ficou do jeito que eu imaginei, tem pontos, mas logos os pelos cobrem as marcas. Fazer xixi é muito estranho, não sei a pressão certa e tenho que usar absorvente por que as vezes sai um pouco de xixi.

Depois de uma semana vou para casa, ouço atenda as recomendações de não fazer esforço, de usar os dilatadores, de tomar remédios se as dores forem forte e que alguns sangramentos são naturais. Chegando em casa sou recebida com festa dos meus amigos, foi muito divertido. Sinto falta do Sérgio mas entendo que ele está na faculdade. Durante a festinha ouço a campainha e vejo um buque enorme de flores, quando o entregador se aproxima e me entrega, vejo que é ele, começo a chorar. - Você acha que eu ia perder esse momento especial, diz ele me dando um beijo. Foi maravilhoso ele comigo, ficou uma semana me ajudando a tomar banho, a fazer tudo. Ele me via nua e sempre ficava muito excitado, mas tinha que ficar três meses sem sexo. - Porra que tesão nessa bucetinha, dizia ele. - Para, você sabe que não posso, só depois dos alargadores e de três meses, dizia pra ele.

Depois de uma semana ele voltou para a Inglaterra e depois de um mês voltei para a faculdade. Me sentia diferente, aprendi com a minha psiquiatra que não precisava de vagina para ser mulher, mas me senti tão poderosa, completa, realizada, quase não sentia mais dor e já tava no último nível dos dilatadores, agora era só manter.

Esse ano fui hiper corrido, quando percebi o ano já tinha acabado e tinha passado no quarto semestre e já deveria começar a pensar na minha especialização. O Sérgio vem para as festas de final de ano e falamos sempre em perder a virgindade da frente com ele também. Apesar de estarmos oficialmente separados, continuamos a nos falar, a sentir muita saudade, o que mudou foi o fato de irmos mais em festas. Ele me contou que ficou com duas meninas, mas sem sexo e eu fiquei com um menino do último semestre da faculdade, também sem sexo. Não vou negar que eu tinha ciúmes dele, mas a nossa relação tinha amadurecido, eu tinha amadurecido, eu sabia que nós íamos estar juntos no final.


O desabrochar de uma rosaOnde histórias criam vida. Descubra agora