Festa.

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Era sábado à tarde, eu sempre gostava sair e ir no shopping 24 horas mais perto de casa, fazendo qualquer coisa que não fosse estudar. E na maioria das vezes, meus planos não incluíam Mark.

Um milagre, pois em 80% das coisas que eu fazia ele estava presente. Mas não no meu sábado, era um dia que eu tirava de "folga" para manter a cabeça ocupada com outras coisas mais importantes.

Às vezes no shopping eu só ia para andar e ver gente bonita, ou então entrar em uma livraria e reclamar dos preços dos livros ou álbuns do SHINEE, tem até algumas atendentes que me reconhecem por vista.

Para variar, minha mãe não estava em casa e então decidi sair para espairecer.

Era o terceiro dia que eu não conseguia ve-la antes que ela fosse trabalhar, o que me deixava muito triste. E isso influenciou à me deixar totalmente sensível naquele dia todo.

Estava ouvindo músicas bem deprimentes, e pensando em como eu era uma tapada, quando meu celular começou a tocar escandalosamente no meio da rua.

"Haemin!" - era Mark.

- Que é? - eu disse irritada, ele estava atrapalhando meu "dia sem Mark".

"Estou dando uma festa." - ele disse animado.

- E eu com isso? - eu disse tentando fazer parecer mesmo que não queria papo com ele.

"Vem logo pra cá, isso aqui não é o mesmo sem você." - Mark disse tentando me convencer com seu jeito carente.

- Você sabe que eu não gosto de festas, Mark. - eu resmunguei sendo chata.

"Ou você vem ou te arrasto à força."

- Duvido me arrastar. - eu andei até um playground e me sentei no balanço.

"O Jinyoung veio, se fosse você viria logo antes que ele fique com outra."

- Por mim pode ficar até com a sua mãe.

"Haemin, vem logo pra cá. Você tem dez minutos. " - Mark ordenou e enfim desligou. Me levantei do balanço morrendo de raiva.

A facilidade com que aquele garoto me convencia era impressionante, nem eu mesma acreditava que fazia tudo que ele mandava.

Voltei para a rua que ficasse nossa casa e vi Mark, que me esperava na porta, apoiado na muleta, e me encarou como se fosse um pai e eu a filha chegando tarde em casa.

- Solta esse cabelo. - ele disse ao me ver.

- Não, prefiro preso. - eu retruquei ignorando.

- Fica melhor solto. - ele disse puxando o elástico, o arrebentando na mesma hora - Pronto!

- Essa porcaria está meio liso, meio enrolado. - eu reclamei - Deixa eu prender!

- Hae, você fica muito gata com seu cabelo de verdade. - Mark disse arrumando minha franja - Chega de chapinha, feito?

Fiquei tão sem reação com o elogio, eram raras as vezes que Mark me elogiava, então eu não sabia o que responder. Apenas concordei com a cabeça.

- E esses óculos são muito feios. Sem ofensa. - ele disse os tirando.

- Mas eu não enxergo sem eles.

Fingi não estar abalada com ele notando tantas coisas, e só peguei os óculos de volta, mantendo a seriedade.

- Certo. - Mark suspirou e me acompanhou até o "quintal" da casa dele, onde tinha muita gente.

Fui apresentada à tantas pessoas que eu já conhecia, o pessoal do time do Mark, e pessoas que nem fazia questão de conhecer, cheguei a me sentir agorofóbica.

Teardrops & Pizza - Mark TuanOnde histórias criam vida. Descubra agora