– Mark! Pelo amor de Deus, o garoto está chorando! – gritei largando minhas coisas no escritório, para ir resolver a discussão das duas crianças.
– Ele mexeu no que eu disse pra não mexer, Haemin! – e o mais velho reclamou dando de ombros.
– É apenas um videogame, Mark. O quê custa deixar ele jogar com você?
Mark estava sentado em sua poltrona, com os pés no outro sofá ao lado e jogava aquela droga de jogo de tiro. Enquanto isso, o garotinho gorducho chorava encolhido atrás do sofá.
– Eu nunca dividi, nem com você. Não vai ser agora que vou mudar de ideia.
Suspirei e procurei a criança que escondia o rosto nas mãozinhas, soluçando baixinho.
– Ei, meu anjinho. Vem cá. – estendi a mão para ele, que se jogou nos meus braços.
– P-Papai ficou bravo, mamãe. – disse ele mexendo em meu cabelo, suspirando irritado.
Me aproximei de Mark, pegando o controle de suas mãos, e entregando ao garotinho.
– Ei! – Tuan reclamou me encarando bravo.
– Vê se cresce, Mark Tuan. – coloquei o garoto sentado no sofá, e cruzei os braços olhando para o mais velho – Se brigar com ele de novo por causa dessa merda, eu juro que quebro no taco de beisebol.
– Ah, claro que quebra. – ele revirou os olhos, e levantou indo em direção às escadas.
O segui, e ele foi até o quarto, revirando o guarda roupa.
– O que vai fazer? – perguntei olhando sem entender porque ele fazia tanta bagunça.
– Tomar banho, porra. Tenho que pedir autorização pra você também?
Mark disse grosseiramente, sem me olhar. Sabia que se eu não fizesse alguma coisa, íamos brigar. De novo.
Mark e eu estávamos com problemas, bem bestas, mas estávamos. No começo, ele parecia muito ativo e cheio de energia para cuidar do nosso filho, Yoomin. Mas assim que o garoto foi crescendo, Mark ficou preguiçoso e agia feito um babaca com Yoo, sempre disputando atenção e coisas como o videogame.
– Ai! Haemin! Enlouqueceu? – disse ele por eu ter jogado um travesseiro nele.
– Da pra arrumar essa cara, crianção? Precisamos conversar. – eu respondi sem saber como reagir.
– Vai me dar sermão de novo?
– Só quero pedir pra você parar de agir como se tivesse a mesma idade do seu filho, seu idiota.
– Você sabe que ele vai quebrar meu controle.
– Eu te compro outro, deixa a criança brincar, Mark! E quando forem dois, vai gritar mais?
Mark não disse nada, apenas ficou corado e manteve o olhar assustado fixo no meu.
– Isso é uma lição de moral, ou está dizendo que...
– É, v-vamos ter outro filho, Mark. – o interrompi gaguejando, não esperava ser assim que contaria a ele.
– Quando ia contar, baby? – ele me olhava tão vermelho quanto uma pimenta, quase disse tal coisa sussurrando.
– Q-Quando eu tivesse certeza. Satisfeito em descobrir assim? – reclamei me sentando na cama.
– Desculpe por eu ser um péssimo pai, Hae. – Mark se aproximou cauteloso, e me abraçou com carinho.
– Você apenas não se esforça pra se aproximar do seu filho, Mark.
– Yoo! Vem cá! – Mark gritou do jeito habitual dele.
– O que vai fazer, Mark? Ele tem medo das escadas!
– Relaxa, precisamos contar pra ele.
– Ele só tem cinco anos, não vai entender...
E então o rapazinho apareceu pulando na porta do quarto, nos olhando de canto.
– Vão brigar comigo? – ele disse mordendo os dedos em seguida.
– Não, carinha. Pode vir aqui.
Mark disse amigável, e o garoto sorriu, estendendo os braços para ele. Foi muito bom vê-los tranquilos assim.
– Mamãe quer te contar uma coisa. – Mark disse apertando as bochechas da criança.
– Quero? – eu disse confusa.
– Quer, Hae. – Mark disse firmemente.
– Certo. Apenas não sinta como se estivéssemos trocando você, Yoo. – eu disse nervosa, Mark de repente virou outra pessoa com o garoto no colo – Você vai ganhar um irmãozinho.
– Legal! Eu ia perguntar quando vocês iam comprar outra criança pra brincar comigo. Meu quarto é um saco, mamãe! – ele disse dando de ombros, fazendo Mark rir.
– O que eu disse sobre repetir as palavras feias que o papai fala? – eu ri também, o repreendendo.
– Não pode. Me desculpe. – Yoomin disse abaixando a cabeça, fazendo os cabelos caírem no rosto.
Os afastei de sua testa e depositei um beijo ali, o fazendo me olhar desconfiado.
– Tudo bem, anjinho. Vá brincar. – sorri para ele.
– Espera, Yoo. – Mark segurou a mãozinha do menor, que o olhou assustado – Desculpe o bobão do seu pai. Que tal fazermos um torneio de videogame hoje à noite?
Yoomin levou um positivo para Mark, que sorriu, e então o baixinho saiu correndo.
– Ele é igualzinho a você. – eu disse empurrando Mark, que me deu um meio sorriso malicioso.
– A genética aqui é maravilhosa, meu amor! – ele respondeu se jogando para trás, deitando preguiçosamente.
– Você não ia tomar banho, porquinho? – apertei sua bochecha, tentando numa tentativa falha me levantar dali – Você me assusta as vezes, Mark.
– Eu já vou ir, Hae. Pensei em suar mais um pouquinho.
O encarei assustada, e ele me pegou no colo, me puxando para cima dele. Mark ainda era muito imprevisível, talvez eu nunca fosse me acostumar com o fato dele ser meu marido, não mais aquele amiguinho que eu puxava os cabelos.
– Por favor, baby! – ele fez bico, como se fosse uma criança, e então fez aquele maldito ''aegyo'' – Você não resiste a essa cara, eu sei!
– E o bebê, Mark? O Yoo está acordado...
– Deixa de desculpas, baby. Temos que comemorar de algum jeito.
Mark sorriu e eu cedi à sua provocação, lhe dando um beijo calorosa enquanto ele apertava minhas coxas com vontade.
Eu me tornei a mulher mais feliz.
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Teardrops & Pizza - Mark Tuan
Fanfiction❝ Haemin é a melhor amiga de Mark o capitão do time de futebol de seu colégio. Eles crescerem juntos, mas Hae não mudou tanto como Mark, ela ainda é a garota que se esconde atrás de livros e aparelhos eletrônicos. Mantendo em segredo sua paixão proi...