Era... hoje?

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Após o dia do shopping de várias vezes fugindo de Mark e Beom eu voltei para casa cansada e só acordei no outro dia com Mark na ponta da minha cama.

– Minha mãe ainda não voltou para casa? – seria o terceiro dia que ela não voltava para casa, sendo que ela apenas tinha dito que passaria uma noite fora.

– Haemin, me escuta primeiro, certo? – ele me fez olhar apenas para ele – Quero que você coma primeiro, depois se apronte e vamos até onde ela está.

Fiquei em choque, Mark raramente agia assim, o que me sugeria que coisas sérias tinham acontecido mesmo.

– Nossa, por quê não contou logo que sabia onde ela se meteu? Me deu um susto e tanto. – eu ri, relaxando as mãos que estavam tensas.

– Mas foi você que nem me deu chance de explicar. – ele riu também, segurando as minhas mãos, entrelaçando os dedos nos meus.

– Desculpe. – eu mantive um sorriso sem graça, e então o abracei – Obrigada pelo que está fazendo, Mark.

– Não me agradeça por nada. Eu estou destinado a estar do seu lado.

Mark me soltou enfim, correbdo para o andar de baixou ao sentir cheiro de fumaça de seu café da manhã que ele tinha ignorado todo esse tempo e estava quase queimando. Fiquei o encarando a porta por alguns segundos, aquela cena não podia ficar mais sugestiva do que já estava para minha mente apaixonada.

"Destinado a estar do meu lado?" pensei comigo mesma, "destinado a ser pai do nossos filhos, meu amor".

Me levantei da cama e fui ao andar de baixo para a cozinha me sentado e esperando o chef, que insistiu que não precisava de ajuda, terminar sua obra de arte. Poderia passar o resto da minha vida comendo apenas o que Mark preparava, na verdade, era meu plano. Mas precisaria dar um jeito de fazê-lo casar comigo.

Ou seja, sem comida de Mark pela eternidade. Dura realidade.

Comemos em silêncio, ou melhor, a única conversa durante o café foram a partir de sons de satisfação, leves encaradas e sorrisos sem graça. Não estava disposta a comentar ou perguntar de que se tratava aquele mistério todo.

Após arrumarmos nossa bagunça, Mark foi pra casa trocar de roupa e eu também subi me trocar.

Por algum motivo, meu humor estava bom, era raro mas se tratando de sair com o dono do meu coração, precisava me vestir bem. Coloquei um vestido, com um casaco um pouco mais quente por cima, e peguei uma sapatilha que minha mãe tinha escolhido para mim e eu nunca usei, porque não gostava. Mas a ocasião pedia para usá-la.

Não vi necessidade de levar nada além do meu celular, e descartei a idéia de carregar uma bolsa. Odiava bolsas. Tranquei a casa e saí com meu celular em mãos, e esperei Mark, sentada nos degraus de entrada de sua casa.

Ele não demorou muito, e estava menos arrumado que eu, era o Mark de sempre, calça jeans, moletom e uma jaqueta de couro, me senti até inapropriada para sei lá onde iríamos.

– Nossa, acho que vou brigar mais vezes com você. – Mark disse suspirando, e trancando a porta de sua casa também.

– Por quê? – eu o encarei confusa.

– Isso aconteceu e apareceu um anjo na minha porta. – ele riu, descendo ao meu lado e estendendo a mão para me ajudar a levantar – Desde quando têm vestidos na sua coleção?

– Pare com isso, idiota. – eu senti as bochechas queimarem de vergonha.

– Você devia aparecer mais vezes assim pra me ver. – Mark nem se importou se constrangia a forma com que falava – Eu adorei. Aliás, belas per...

– Chega, Mark! – eu o interrompi antes que ele continuasse me dando adjetivos e eu ficasse feito uma pimenta de tão constrangida – Não precisa fingir que estou bem assim, está me deixando envergonhada!

– Aceite um elogio, Hae! – ele riu e balançou a cabeça, me dando a mão para caminharmos juntos.

– Desculpe. – abaixei o olhar e comecei a andar calada ao lado dele.

Andamos uns vários quarteirões, viramos várias esquinas, e atravessamos todo tipo de rua, viela, avenida, estava começando a me perguntar em que tipo de buraco fim de mundo minha mãe tinha se perdido, ou se Mark estava me sequestrando, qualquer coisa que não parecesse bom demais. Afinal, já cedo eu sentia que tinha sido algo ruim.

Paramos enfim, num jardim de uma casa desconhecida para mim.

– Mark o que minha mãe viria fazer aqui?- o olhei e o garoto me puxou para dentro da casa.

– Surpresa!- E do nada apareceu várias pessoas me assustando.

– Que...

– É o seu aniversário Haemin! Não acredito que esqueceu!- Mark me olhava incrédulo.

– Era... hoje? Para mim ainda era dia 16...

– Na Haemin que mundo vive? Seu irmão até veio para a Coréia para comemorar!- Yugyeom disse ao que se aproximou de mim e todos da sala riam. – Hoje é dia 18 de fevereiro!

– Ah então se é, feliz aniversário para mim!- sorrio fazendo o pessoal rir cada vez mais e vir me parabenizar, eu agradecia a cada um e Jaemin fez piadinha sobre Mark.

– Deveria se confessar ou ele achará alguém muito melhor.- O coreano disse ao se separar do abraço, Jaemin era adotado por meus pais.

Porém papai precisou ir morar em Los Angeles e levou Jaemin junto que não reclamou e foi.

– Agora sou eu, saí.- Mark empurrou Jaemin para longe me fazendo rir. – Feliz aniversário, baby.

Ele sorriu e me olhava intensamente, quando menos esperei ele segurou com as duas mãos meu rosto e me puxou para um beijo na frente de todos ali.

– Finalmente os refrescos!- ouvimos a voz de Hyunwoon e rimos nos separando.

– Vamos cortar logo o bolo.- Jinyoung disse e fomos até a mesa, parei ao lado dele. – Feliz aniversário, Hae.

Jinyoung sorriu me abraçando e logo retribui o ato.

Teardrops & Pizza - Mark TuanOnde histórias criam vida. Descubra agora