Pare de chorar.

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As coisas andavam tão apressadas com Mark, que fui para o colégio e mal pude me concentrar em estudar.

  Estava preocupada demais com estarmos escondendo nosso relacionamento dos nossos amigos,  porque era difícil e incontrolável a vontade de estarmos sempre agarrados. Tinha certeza que ele só não demonstrava por minha causa e por medo de qualquer boato falso sobre nós dois.

  Tentei não pensar muito nisso senão acabaria fazendo algo errado em um piscar de olhos, e eu não queria que nada acontecesse. Eu tinha largado tudo que me parecia mais correto só para tentar ficar com Mark. Eu o amava de verdade, nunca desistiria fácil de um sentimento como aquele.

  Voltei para casa para almoçar e depois, por conta do calor, me arrumei e saí. Outra vez, minha mãe não estava em casa. Queria sorvete e ir para um lugar mais fresco, e o único lugar assim era o parque.

– Haemin? – me chamaram ao longe, mas eu distraída não percebi.

  Jinyoung se sentou do meu lado logo depois, embaixo de uma árvore grande, atrapalhando meu devaneio ao ver um casal rindo poucos metros à frente.

– Me seguiu? – perguntei a ele, estava pronta para mandar ele ir embora.

– Não, eu estava correndo e por acaso te vi.

Eu não gostava de ficar reparando no Jinyoung desde o que aconteceu entre nós, mas desde que viramos amigos, não conseguia deixar de pensar em como ele era um rapaz incrível, mesmo sendo muito chato, ele parecia um anjo e sempre aparecia no momento certo.

– Era de se esperar. – eu disfarcei estar olhando demais para ele.

– Aconteceu alguma coisa? Você não parece bem. –  colocou a mão no meu ombro solidariamente, era legal ele se importar tanto.

– Só estou com a cabeça pilhada.

No momento eu não tinha muito em mente, mas ele estava sendo um bom amigo como sempre.

– Ah, claro.

– E você também não parece bem.

  Não sabia porquê estava criando assunto com ele, não podia contar nada, talvez eu apenas precisasse de atenção.

– Estou bem. – ele sorriu por alguns segundos – Apenas me preocupo com seu silêncio ultimamente.

– O que é que tem? Não tenho muito pra contar como sempre. – olhei para ele semicerrando os olhos, confusa.

– Você sabe que pode me contar qualquer coisa, sempre fiquei ao seu lado.

  Eu era lerda, mas não burra. Sabia sim esse motivo, o que me deixou mais triste. Me levantei, derrubando o sorvete sem querer, e saí de perto dele, porém dessa vez ele me seguiu.

– Ei, Hae... Por favor, se não estiver bem, me conte. – Jinyoung andava rápido ao meu lado.

– Não é nada, só estou me sentindo idiota. – respondi andando mais rápido para fugir dele.

– Não sei qual o problema mas sei que não é idiota.

– Então porquê parece errado que esteja quieta? – eu quase gritei parando de frente para ele.

– Não quis dizer isso, Hae... – de repente, Jinyoung ficou mais pálido que o normal.

– Droga, me desculpe por gritar com você, Jin. – suspirei voltando para o meu caminho.

– Tudo bem. Sou seu melhor amigo, mesmo que queira gritar, eu não me importo. – ele disse vindo atrás de mim.

– Não posso gritar por nada, desculpe. De verdade. Só preciso de um tempo para pensar e vou te contar tudo que precisa saber. – olhei segurando a raiva para não descontar nele.

Teardrops & Pizza - Mark TuanOnde histórias criam vida. Descubra agora