Essence

O Início de Tudo

No início havia apenas Caos e do Caos surgiram duas entidades opostas que circundavam entre si, uma dança eterna. Essas duas entidades se autoproclamavam Úmbro e Phós, sendo respectivamente as personificações das Trevas e da Luz. Elas divergiam em tudo, mas em certo momento, seu ciclo foi quebrado fazendo-as se chocarem uma contra outra e com o poder dessa colisão oito novas entidades menores nasceram.

Essas entidades menores se espalharam pelo nosso "Plano" e começaram a criar tudo o que conhecemos. A primeira espalhou seu poder e criou o solo, as rochas, os desertos e as montanhas, a ela foi dada o nome de Géo, a personificação da Terra. A segunda com seu poder criou os oceanos, os mares, rios, lagos, e ela foi dada o nome de Hydor, a personificação da Água. Já a terceira criou toda a atmosfera, o céu e os ventos, a ela foi dado o nome de Ahreos, a personificação do Ar.

A quarta criou o calor e as chamas, fundiu as rochas e evaporou as águas criando as nuvens, ela recebeu o nome de Pyr, a personificação do Fogo. A quinta reprimiu o poder da quarta criando assim o frio, as geleiras e as geadas, esfriando o clima e, junto de Pyr, criou as estações, a esta entidade foi dada o nome de Kryos, a personificação do Gelo. A sexta criou as tempestades, os relâmpagos e toda energia existente e ela foi dada o nome de Elèktron, a personificação dos Raios.

A sétima entidade quando espalhou seu poder criou todos os minérios e os minerais recebendo assim o nome de Métalon a personificação dos Metais. A oitava e última ao espalhar seu poder criou as florestas, os campos gramados, as algas que ficavam no fundo dos oceanos e todos os tipos plantas, essa entidade recebeu o nome de Futón, a personificação das Plantas.

O Plano Terreno havia sido criado, a beleza dele era tão grande que Úmbro e Phós ficaram maravilhados com seu esplendor. Como presente aos seus "filhos" às duas entidades, que eram totalmente opostas, usaram seus poderes juntas e criaram os animais, as criaturas e os humanos, e aos humanos derem o dom do conhecimento, da emoção e da força de vontade, dádivas que os permitiam criar, adaptar e viver. Ainda criaram os conceitos opostos de ordem e desordem, bem e mal, vida e morte e por último a Verdade e Justiça.

Tudo era incrível, as maravilhas daquele lugar encantavam todas as entidades, porém, algo não estava certo. A energia que o mundo dava aos seres os supria e mantinham suas existências, mas em troca o mundo nada recebia e por consequência disso tudo estava morrendo e desaparecendo. Todas as entidades menores sofriam com isso, pois, suas próprias existências estavam em suas criações. Então, antes de tudo morrer, elas compartilharam seus poderes com os humanos e criaturas, o poder de criar, controlar ou se transformar em um dos elementos da criação, o poder da "Essência". Esse ato não foi bem-visto por Luz e Trevas, que acreditavam que ninguém era digno o suficiente para portar tamanho poder.

Quando os humanos receberam tal poder não demorou muito para que os mesmos se envolvessem em guerras e massacres em busca de supremacia e mais poder, gerando medo, dor, desespero, ódio, ganância, inveja, tristeza e vingança nos corações de todos aqueles que tinham o dom do conhecimento. Tamanha era a concentração desses males no mundo que os mesmos começaram a assumir formas físicas que devoram a essência de todos os seres vivos. Mais uma vez as entidades sofriam, mas dessa vez decidiram resolver os problemas por conta própria. Então elas assumiram formas físicas humanas e desceram ao Plano Terreno para enfrentar aqueles inimigos. Ao ver o tamanho do poder daqueles seres, os humanos se curvaram, veneraram e os adoraram chamando-os de deuses, sendo: Gaiarth, o deus da terra, Oceanus, o deus da água, Typhon, o deus do ar, Surturiel, o deus do fogo, Kocytus, o deus do gelo, Barakioh, o deus dos raios, Amazo, o deus das plantas e Adamanthril, o deus dos metais.

Agora, como deuses, eles enfrentaram os males que assolavam suas criações. A batalha foi feroz e intensa, os deuses perdiam suas forças aos poucos, porém, os males também estavam mais fracos, entretanto, não pereciam. Eles lutarem sem parar durante mil dias sem que houvesse um vencedor, então como última solução os deuses decidiram selar aqueles males em um lugar que não pudessem absorver a essência. Eles os selaram com oito chaves no "Plano Inferior", um lugar criado apenas para prendê-los, porém, os estragos e influências causado por eles no mundo jamais poderiam ser reparados ou esquecidos.

Ao final daquela guerra os deuses já estavam desgastados e precisavam regenerar suas forças, porém, algo poderia acontecer durante a ausência deles, portanto, como último feito no Plano Terreno, cada deus escolheu um humano no qual confiasse e compartilharam suas próprias essências divinas, tornando-os únicos capazes de dominar as três habilidades cedidas pela essência, além de proporcionar outras habilidades únicas. Esses humanos ficaram conhecidos como "Lordes", eles representariam a vontade dos deuses no mundo e esse poder divino reapareceria em outra pessoa a cada cem anos. Após esse último feito os deuses juraram não interferir mais nos assuntos do Plano Terreno e depois ascenderam aos céus para um lugar conhecido como "Plano Superior", um lugar onde eles poderiam se recuperar tranquilamente.

Finalmente todo aquele pesadelo havia acabado, porém, tudo foi visto por aquelas duas entidades opostas que assistiram tudo sem interferir. Elas mais uma vez viram que aquela última decisão dos deuses não uma boa escolha, então também desceram ao Plano Terreno com formas físicas pra escolher um representante. Ao contrário dos outros, eles não precisavam de alguém para impedir ameaças ou manter o equilíbrio do mundo, mas sim de alguém comandar e guiar os outros Lordes, para que os mesmos não deixassem os demais caírem no caminho dos males. Entretanto, acreditavam que nenhum humano era digno de suas essências, por isso não se apresentaram ao mundo como os demais, permaneceriam escondidos até que nascessem humanos que julgassem dignos de receber seus poderes...