22- Ray

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Eu preciso de paz. Eu não quero ver Bred, e nem a Caitlin...e eu nem faço ideia de como me desculpar com Amélia. Mas também não quero ficar em casa, por isso irei matar aula o dia todo. Matei aula Quinta e hoje, sexta, que infelizmente é meu aniversário. Saí de casa bem cedo, justamente para que meus pais não falassem uma palavra. Ninguém me ligou ou mandou mensagem, talvez seja melhor assim mesmo.
Fui ao lugar que sempre vou quando quero esfriar a cabeça, ao Goodison Park, um estádio de futebol aqui de Liverpool. Lembro-me de enquanto mais nova, frequentar junto com meu pai, quando ele ainda agia como um.
Depois que cresci, muitas coisas mudaram, mas sempre mudam né.
Eram 18h, o sol estava se pondo, e ao apito do juiz, eu senti que aquele dia seria apenas aquilo. Eu to reclamando de que? Era isso que eu queria.
O time secundário de Liverpool estava treinando, e poucas pessoas têm interesse em assisti-los, mas eu tenho. Tinham poucas pessoas na arquibancada, mas as poucas que tinham, eram as que eu sempre via por lá semanalmente. Chegou uma mensagem no meu celular, peguei para ver quem seria, era Lola, para minha surpresa.

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Lola: oi piranha
Ray: oi
Lola: onde cê tá?
Ray: e importa?
Lola: para de drama adolescente por favor
Ray: fala logo o que você quer
Lola: meus pais estão fora durante o fim de semana...tá afim de vir pra cá?
Ray: Não rola
Lola: Ray? Por favor! Eu to sozinha...
Ray: e? Tá com medo de fantasma agora?
Lola: larga de ser idiota. Por favor, vem
Ray: depois das 21h eu apareço
Lola: tão tarde! Essa hora eu quero estar dormindo.
Ray: você? Aposto como vai querer me arrastar pra alguma balada, já aviso que não rola
Lola: relaxa
Ray: então chego aí daqui uma hora
Lola: oks

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Fazia tempo que não dormia na casa de Lola, quem sabe seria uma boa. Pelo menos ela não é babaca. Assisti ao final do treino e às 19:15 já estava em meu carro, em direção à cada dela.

Love in CharterhouseOnde histórias criam vida. Descubra agora