Love in Charterhouse

32- Ray

No dia seguinte, percebi que Amélia estava diferente comigo, passou e não olhou. Não vi Bred o dia todo. Ótimo. Hoje era minha aula de coral com Amélia, que foi mudada o dia por conta do jogo, não fui. Talvez tenha sido coisa da minha cabeça que estávamos interessadas uma pela outra. Devo curtir meus últimos dias aqui em Liverpool, então talvez aceitar sair com Jhenne, a garota que postei foto ontem. Nos treinos de basquete ela sempre dava a entender que tinha interesse, achava ela legal, mas nunca me envolvi.

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Ray: onde está?
Jhenne: pátio...👀
Ray: vamos no MC
Jhenne: te encontro no meu carro ou no seu?
Ray: no meu.

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Talvez seja uma boa ideia. Nos encontramos no estacionamento. Foi uma tarde divertida, mas não conseguia parar de pensar em Amélia... e com Jhenne não era a mesma coisa... não tinha aquele mistério de Amélia, que me irrita mas também me instiga. Puta que pariu, essa garota não sai da minha cabeça. Não beijei Jhenne, e nem dei a intenção que queria, então nem rolou nada além de uns flertes da parte dela, mas não retribuí, me senti até meio avessa. Voltei pra casa e senti uma puta vontade de ver Amélia, falar com ela...sei lá. Me contive e logo adormeci. No dia seguinte Jhenne foi me buscar em casa pra minha surpresa, fomos pra escola juntas. Todo mundo olhou quando desci do carro com Jhenne, inclusive Amélia que passou pela minha frente, me olhando com certa expressão de nojo.

- Amélia?! - gritei quando ela virou as costas. Não sei por quê fiz isso, mas fiz. Ela só olhou com certa indiferença, e não falou nada. - nada. - disse me arrependendo de ter a chamado. Ela só levantou uma das sobrancelhas e continuou andando. Jhenne passou o braço pelo meu pescoço e fomos andando para nossas salas. Na hora do intervalo, eu estava sozinha sentada na mesa ouvindo podcast sobre terra plana, o tipo de coisa que eu perco meu tempo. De repente sentou alguém na minha frente, que eu esperava ser Jhenne, visto que ela grudou em mim durante o dia. Eu estava com a cabeça baixa entre meus braços apoiada na mesa, sem visão para ver quem era. Levantei minha cabeça e era Amélia. PUTA QUE PARIU! Meu coração parou. Sinto que fiz até certa expressão assustada. Ela me olhava como quem queria e não queria falar comigo.

- oi pra você também. - disse eu.