33- Amélia

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Eu fiquei me remoendo o dia todo, Ray até me chamou na entrada, mas logo que a vi com aquela outra garota, não sei por quê mas...senti uma serta raiva dela, sei lá. Não entendi por que ela não falou comigo depois do jogo, eu não sei por quê exatamente, mas no almoço quando a vi sozinha em uma mesa no canto do pátio, com fones e cabeça baixa, decidi falar com ela. Sentei na cadeira a sua frente, e não falei nada.

- oi pra você também - disse ela.
- o que você tem? - perguntei afim de esclarecer algumas coisas.
- o que eu tenho? - disse com certa cara de desgosto. Continuei com a expressão seca.
- é, o que você tem. Você não falou comigo ontem, fingiu que nem estava a sua frente.
- não precisava, você já estava bem acompanhada. - quando ela terminou de falar revirou os olhos.
- que? - que? - o que você quis dizer?
- sei lá. Tire suas conclusões. - disse seca.
- acha que eu e Bred... - dei um leve riso de sarcasmo
- eu não ACHO nada. Era o que tava explícito.
- garota, eu tô desde que cheguei aqui nessa merda de colégio atrás de você, o que caralho eu iria querer com seu amigo? - falei meio revoltada, percebendo depois o peso das minhas palavras. Ray se calou meio pálida ao ouvir minha declaração que não era uma declaração. Ela não falou nada por meio minuto, me levantei em partida. - desculpa. - disse olhando em seu rosto e saindo.
- Amélia? - chamou-me Ray. A olhei espontâneamente.
- não era só eu que tava bem acompanhada né. - disse seca. Ela se calou, e eu saí. Não entendi muito bem o significado de tudo aquilo, mas eu precisava falar aquilo.

Love in CharterhouseOnde histórias criam vida. Descubra agora