Como Se Fosse O Último

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TAGS_LEMON-SLASH-LINGUAGEM IMPRÓPRIA-HOMOSSEXUALIDADE-SEXO

Current Time, November 3,
23:27

Gib: ele é um assassino muito bem treinado, se manteve escondido há anos.-falou sério.-no interrogatório tentamos falar com ele, mas apenas tivemos uma resposta "viva cada dia com se fosse o último" após isto não recebemos mais nada dele.-me olhou.

Eu: certo, mas por qual motivo fui chamado, senhor?

Gib: ele tinha isto no bolso.-mostrou um papel onde havia um desenho igual a uma tatuagem que eu tinha nas costelas.-acha que pode ser apenas uma coincidência?

Eu: eu tenho muitas tatuagens senhor.-peguei o papel.

Gib: sim, eu sei, olhei seu arquivo.-se apoiou na parede.-você tem uma tatuagem que segue a coluna, onde está escrito a frase que nosso prisioneiro disse e tem outra nas costelas que condiz com a do papel.-mexeu seu café com o próprio dedo.-isso me faz pensar, é mesmo uma coincidência? Nós realmente demos sorte e pegamos um assassino que pode possivelmente fazer parte de uma facção criminosa? O nome dele não está ligado à nada, diferente dos demais pegos com ele.-suspirou.-eu não acredito em coincidências, além disso pelo jeito ele não fala nossa língua, mas você pode falar a dele.-se aproximou.

Eu: e o que quer ir eu faça?

Gib: entre lá e faça-o falar.

Eu: sim senhor.-peguei meu caderno de capa escura, puxando o ar antes de abrir a porta e entrar na sala de interrogatório, caminhando até estar de costas para o espelho.-senhor Yvon, sou o detetive Yuri.-me sentei de frente para o mesmo, que se mantinha a cabeça baixa e os olhos fechados.-hablas español? Português?-tentei e o mesmo continuou parado.-eu falo francês, mandarim, alemão, tailandês...-respirei fundo.-também falo russo, mas isto não está no meu currículo.-falei na língua e o mesmo sorriu.

Yvon: bom saber que você não esqueceu, amor.-levantou seu rosto e eu travei.

A Year Earlier, November 3
at 15: 46

Estávamos deitados na cama, minha cabeça descansava em seu peito e o mesmo passava seus dedos por entre meus cabelos como um carinho. Apenas aproveitavamos aquela tarde confortável juntos ao som do mar pouco a frente da casinha simples onde estávamos.

Yvon: o que acha de fugir comigo?-perguntou de repente e eu ri.

Eu: já estou fugindo com você.

Yvon: não digo para lugares assim, vamos sumir do mapa para um lugar onde podemos viver bem.-falou calmo.-tipo Caribe.

Eu: Caribe?-ri.

Yvon: arrumamos um canto mais afastado onde podemos morar, próximo às águas, uma área apenas nossa, onde você poderia nadar pelado.-olhou olhando o teto.

Eu: eu nadaria pelado e você faria o que?-me afastei e olhei em seus olhos.

Yvon: iria observar, é claro.-sorriu de lado e eu ri.

Eu: não sei... prefiro um lugar mais humilde.-sorri.-podíamos ir para o México, em uma área mais amigável.

Yvon: como nos filmes?-me puxou para ficarmos mais próximos.

Eu: isso, como nos filmes.-o beijei e o mesmo retribuiu me puxando para cima de si.-depois podemos ir para outro lugares.-me afastei minimamente.

Yvon: mas não acha que seria demais?

Eu: amor.-olhei em seus olhos.-viva cada dia com se fosse o último.-ataquei seus lábios novamente.

Subi sua blusa já sentindo meu corpo reagir e o mesmo nos girou na cama, me deitando sobre o colchão e separando o beijo apenas para retirarmos as camisas, para logo voltarmos com mais intensidade ainda. O senti puxar minha cueca e grudar seu quadril no meu, passando os beijos para o meu pescoço.

Eu: Yvon.-gemi e o mesmo abaixou sua bermuda mostrando o membro duro.-pode vir.-murmurei e o mesmo guiou a glande molhada até minha entrada ainda meio arregaçada pelo que havíamos feito pouco tempo atrás.

O senti pressionar seu pau conta mim e mordi o lábio inferior o sentindo entrar devagar voltando a me esticar. Yvon segurou minhas mãos acima de minha cabeça e iniciou com estocadas fundas e lentas fazendo meu corpo se arquear pelas sensações.

Eu: mais rápido.-pedi e o mesmo fez voltado a me beijar intensamente, sua língua passando pela minha e chupando meus lábios.

Logo senti meu orgasmo chegando e abri mais as pernas arqueando meu corpo enquanto gozava, Yvon sentindo meu aperto veio logo depois metendo forte contra mim. Nós dois respiramos ofegantes e Yvon saiu de meu interior se jogando ao meu lado.

Yvon: banho.-murmurou.-de novo.

Eu: eu primeiro.-ri me levantando devagar e o mesmo se sentou rápido.

Yvon: podíamos tomar banho juntos.

Segurou minha cintura e eu me abaixei o beijando calmo, o senti me abraçar fraco e mordi seu lábios inferior.

Eu: não.-me virei indo até o banheiro e o ouvi reclamar.

Liguei o chuveiro e senti a água descer por minha pele, relaxei por um tempo, mas no meio do banho pude ouvir a TV ser ligada e olhei a porta. Desliguei o chuveiro e peguei a toalha passando-a por minha cintura.

Eu: Yvon.-chamei saindo do banheiro e percebi dois homens o segurando.

-ora ora...-me virei e vi aquele maldito sentado na poltrona.

No mesmo momento senti dois homens me segurarem também e os outros tirarem o pano que tinha na boca de Yvon.

Yvon: que merda você quer?-perguntou irritado.-nós saimos, já falei.

-tenho um trabalho para você.-falou sério com seu sotaque forte.

Yvon: eu não vou fazer nada.-desafiou e todos ficaram em silêncio.

-então você morre.-um dos homens fez Yvon se ajoelhar e o outro pôs uma arma em sua cabeça.-faça.

Yvon: não.

-atire.-mandou e eu arregalei os olhos.-agora.-o homem se preparou e quando ia puxar o gatilho eu não pude aguentar.

Eu: eu faço.-gritei e todos pararam.-eu faço.

Yvon: nã...-taparam sua boca.

-vocês...-riu.-o amor faz loucuras, crianças.-cruzou as pernas.-eu não mato ele.-apontou para Yvon.-e você faz tudo o que eu mandar.-me olhou e Yvon tentou falar, mas não pode, apenas grunindo.

Eu: sim.-sussurrei e senti algo entrar em meu pescoço.

-façam o planejado...

Current Time, November 3,
23:27

Percebi minha mão segurando as algemas que o prendiam ao centro da mesa e algo úmido escorreu pela minha bochecha.

Yvon: senti saudades.-sorriu.-ainda quer ir ao México?-perguntou e eu assenti devagar.

Eu: quero.-arfei.

Yvon: então vamos sair daqui.-tirou uma chave escondida entre seus dedos.

Eu Explodi (Contos_G)Onde histórias criam vida. Descubra agora