Cidade natal.

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Elisabeth Cooper.

Uma semana depois.

Estou deitada na minha cama, com um resto de soro passando por um tubinho, indo direto para à agulha que está colocada em uma veia de meu braço.

Tive várias crises de Ansiedade, ficam mais piores um dia atrás do outro.
Sinceramente?
Ela vai acabar me matando antes do câncer.

Desde o acidente, a última vez que vi Jughead, foi no hospital.
Ele não mandou mais mensagens de texto ou veio me visitar, apenas sumiu.
Perguntei várias vezes a minha mãe se ela sabia alguma coisa dele e não queria me contar, mas ela negava.
Eu até tentei ir atrás dele, tentei ligar, mandar mensagens, mas o câncer me cansou por de mais, e eu simplesmente deixei pra lá.
Estou desistindo da minha felicidade para prosseguir na morte.

A tarde ensolarada era quente, o sol adentrava a maioria do meu quarto apenas pela pequena janela de vidro.

Eu imobilizada, olhava para o teto, pensando coisas que me deixavam maluca.

A campainha tocou, aguda.
Lembrei-me que mais cedo minha mãe veio em meu quarto e disse que iria no mercado, então isso significa que terei que descer para atender a porta.

Olhei para a bolsa de soro que estava em um tipo de armador de ferro ao meu lado, ela estava seca, então é hora de eu tirar.
Tirei a fita que segurava a coisa pontuda em meu braço, puxei a agulha da curva de meu braço com um semblante de dor, e por fim peguei o algodão que estava no criado mudo e estanquei o sangue que estava começando a sair.
Não é bem difícil fazer isso depois de alguns meses doente, e quase todos os dias tomar soro.

Sem muito esforço me levantei, me arrastando para a porta do quarto, em seguida o corredor, e depois para as escadas.

A campainha tocou novamente e eu fui obrigada a gritar um "Já vai".

Já irritada, abri a porta.
Uma figura de uma latina estava parada a minha porta, olhando para mim, como se eu fosse algo que a mesma não via a décadas.

--Verônica?--Apertei a maçaneta da porta em que eu segurava.

--Oi Betty!--Sorriu timidamente, apertando a alça de sua bolsa de coro.

Fiquei sem reação, definitivamente eu tenho razão de ficar assim.

--O que veio fazer aqui?--Apertei bem os olhos para fixar no seu rosto em que batia sol.

--Precisava conversar com você.--Engoliu em seco.

--Quer entrar?--Sem mais e nem menos, resolvi perguntar, dando a ela espaço para passar.

Sorriu e passou por mim.
Senti seu mesmo perfume importado de rosas vermelhas e fechei a porta com nostalgia percorrendo meu corpo.

Quando me virei, ela estava sentada no sofá, formalmente.

Me aproximei, com cautela e sentei no outro sofá, com medo do que viria depois.

--Então Betty...--Disse presunçosa com grande esperança.--Com toda certeza você ficou sabendo que eu consegui o que eu queria, não é?--Assenti com a cabeça.--Mas não é bem este o motivo de eu ter vindo aqui.

ANTES QUE O MUNDO SE ACABE ◆Bughead◆Onde histórias criam vida. Descubra agora