Namorando?

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Jughead Jones.

--Hoje, as oito horas da manhã, uma garota se suicidou pulando do quarto andar de um hospital--

Estava sentando estudando no outro sofá, enquanto meu pai via o Jornal.

Rapidamente levantei meu rosto para olhar a TV.

--Mais conhecida como Elisabeth Cooper--A jornalista então terminou a frase.

Meu corpo se contraiu de um jeito estranho, e me senti gelar paralisado.

Larguei o livro e praticamente subi em cima da TV.

--Jessica, é com você.--A mulher passou para a outra que estava no quarto em que betty estava a última vez que a vi.

--Bom, o pouco em que sabemos é, que ela tinha câncer, e talvez não tenha aguentado a pressão de tudo isso.--

A voz da mulher no quarto ecoou o suficiente na minha cabeça, quase me deixando louco.

O meu ar começou a faltar e eu caí sobre o chão de madeira.

Um som semelhante e agudo veio à tona, e eu despertei, tudo não passava de uma droga de sonho.

Me sentei na cama e esfreguei meu rosto enquanto o despertador tocava insuportavelmente.

Olhei ao redor do quarto, e refleti por um tempo.

Será que esse sonho quer me dizer algo? ou que já aconteceu?

As duas perguntas me fizeram saltar da cama e correr para vestir uma roupa, eu iria me atrasar.

¤¤

Depois da escola, eu precisava ver ela, precisa ver se ela estava bem, ou se ainda estava firme, como havia à conhecido no começo.

Peguei um táxi. O que ela não sabia, era que eu estava morando a uma cidade de distância dela

Quando cheguei no hospital, perguntei à recepcionista se ela ainda estava no hospital, e a mesma falou que já havia um dia que o médico tinha despachado ela pra casa.

Corri literalmente em direção a sua casa, com a euforia de ver ela assim que batesse na porta, com uma cor corada e um sorriso sarcástico e perverso.

Passei pela grama, andando determinado em direção a sua porta de madeira cor marrom.
Respirei fundo assim que parei, levantei a mão, e antes de bater soltei o ar.

Escutei passos atrás da porta, e cada vez que ficava mais alto, mais meu coração palpitava, sem saber de que forma ela iria me receber.

A porta abriu. Um olhar confuso. Uma sobrancelha erguida. Uma boca entreaberta. E nesse exato momento, meu coração parou.
Estevan estava na porta, me olhando, só com uma toalha na cintura, parece que acabara de sair do banho.

--O que veio fazer aqui mongolóide?--Um sorriso vitorioso surgiu ao ver minha decepção.

--Eu... eu...--Foi tudo o que saiu da minha garganta fechada.

--Tá gaguejando por quê?--Se encostou no batente da porta e cruzou os braços.
Encolhi sem que ele percebesse e dei um passo pra trás.
Eu definitivamente não esperava encontrar ele aqui, e muito menos com uma toalha, isso com toda certeza demonstra que tá acontecendo algo entre eles.

Atrás dele, descia uma silhueta loira e bastante familiar.
Meu olhar rapidamente fixou nela.
Ela ainda não tinha me visto. E para me deixar pior com a situação, estava de toalha, como o idiota a minha frente.
Estavam tomando banho juntos. Ótimo.

Quando terminou de descer as escadas, olhou para porta, e eu me escondi atrás do grande porte desse babaca.

Ela andou cuidadosamente até o Estevan e assim que suas mãos abraçaram a cintura dele, ela perguntou.

--Quem é, Estevan?--

Perguntou e se deu conta logo em seguida, seus olhos arregalaram e em questão de segundos percebi que a sua aparência não estava nada parecida com a minha expectativa.
Estava magra, com olheiras, pele amarelo escuro, e seu semblante era de quem sentia dor a todo instante.

Estevan se virou para ela.

--Resolva isso rápido, ou se não eu resolverei.--A deu um selinho rápido e foi para as escadas.

Ela o olhou sumir até o andar de cima e depois se virou para mim com os braços cruzados.

--Eu até convidaria você para entrar, mas você não é bem vindo.--Olhar frio.--O que quer aqui? 

--Eu precisava ver...--O resto da frase não saiu.

Ela respirou fundo.

--Ver o quê?--O tom da mesma ficou baixo.

--Ver você.--

Vi um tanto de surpresa em seus olhos, mas que logo foram cobridos por raiva.
--Me ver? Ver o quanto eu estou acabada depois que você me deixou? Depois que se foi como se eu fosse insignificante pra você?-- A voz estava rouca, uma voz de quem chora com todas as dores.--Eu não preciso que venha me ver, Jughead!--Ríspida.

--Ele tá morando aqui?--Apontei para trás dela, pelo caminho que ele foi.

--Não, só tá me dando uma força.--Ela olhou pra trás e depois se voltou pra mim.

--Então quer dizer que dar uma força agora é transar?--O ódio subiu minha cabeça e ela percebeu.

--Qual o seu problema, hein, garoto?--Apontou pra mim.--Eu transo com quem quiser e namoro com quem quiser.

--Então quer dizer que vocês estão namorando?--Algo que eu já imaginava.

--Sim, e daí?--Quase gritou.

A minha vontade de entrar e socar a cara desse troglodita é grande.

--Quer saber, Jughead? VAI EMBORA!--Me deu um empurrão.--Você só veio piorar a porra do meu dia seu idiota.

Ela deu uns passos pra trás, e antes de fechar a porta, mandou o dedo do meio.

Eu sorri, mesmo que essa não seja a melhor situação pra sorri. Sorri pelo simples fato de ver um pouco ainda da Elisabeth marrentona nessa garota que se tornou frágil e sentimental.

Mas eu realmente estou furioso por estarem namorando, e essa droga não vai ficar assim, porque eu vou pegar a minha garota de volta antes que seja tarde.


Sumi mas voltei, espero que gostem, não esqueçam da estrelinha e comentem muito.

Amo cês.

ANTES QUE O MUNDO SE ACABE ◆Bughead◆Onde histórias criam vida. Descubra agora