Hospital.

1.6K 158 141
                                        


Aparentemente eu desmaiei, mas eu consigo sentir tudo, e talvez escutar um pouco.
Consigo sentir que estou em uma cama e à alguém acariciando meus cabelos.
Uma voz fraca e fina fica a rodar em torno de mim, e eu me sinto sem forças.

Quando tentei abrir os olhos, a escuridão ainda estava lá, e isso me estressou um pouco.

--Talvez eu não tenha falado a verdade naquela noite.--

A voz fina que estava ao meu redor, deu por ser entendida.
Ela era grave e rouca.

--Talvez você realmente seja o meu tipo.--

Eu consegui sentir sentimentos em cada palavra, mas não sabia definir a pessoa por voz.

Tentei abrir meus olhos uma última vez, a escuridão continuava.
Pisquei eles tentando ver se iria ter uma reação.

Um clarão apareceu do nada e eu fechei os olhos por conta dos reflexos, e então, os abri vagarosamente.

Era a luz do teto.

Aliás, aonde eu estou?

Olhei para meu lado esquerdo e vi um aparelho, que por sua vez havia uma linha que subia e descia.

O cheiro de Álcool e o ar gélido me trouxe a tona e acabei percebendo que eu estava em um hospital.

Assustada, tentei me puxar para trás e sentar no leito que eu estava, mas duas mãos me acalentaram.

--Betty?...Ei calma.--Olhei para o lado direito e vi Jughead que tinha suas mãos em mim.

Ainda atordoada olhei ao redor sem entender o por quê que de eu está aqui.

--O que aconteceu?--Soltei o peso e me deitei novamente, só que agora encarando o mesmo.

Ele tirou as mãos de mim, e suspirou pesadamente.

--O cara com quem você estava no quarto, havia te dado viagra, e isso fez com que seu coração acelerasse muito, o médico veio mais cedo e tirou sangue de você para fazer exames e ter certeza que está limpa.--

Fiz uma careta e fechei os olhos tentando acabar com o cansaço.

--Terei que chamar sua mãe, ela está bastante preocupada com você, e me mandou avisar quando você acordasse.--Ele se levantou.

--Minha mãe está aqui?--Arregalei os olhos espantada.

--Sim, ela está.--Ele assentiu e foi até a porta.--Talvez você ganhe alta na hora do almoço, então irei visitar você em sua casa.--Um sorisso um tanto triste surgiu antes de ele sair pela porta e ir embora.

Olhei para a janela um pouco aberta no meu lado esquerdo, e vi que já estava de dia.

Quer dizer que eu passei a noite no hospital?

Alguns minutos refletindo, a porta foi batida por leves toques e uma Cooper mais velha adentrou.

--Betty querida!--Ela veio até a cama rapidamente e se sentou.

--Por que você veio?--Puxei o lençol mais para cima.

--Porque você é minha filha e estava precisando de mim.--Ela tocou minha perna e descansou sua mão lá.

--Que eu saiba, você sempre colocou suas viagens de trabalho acima dos filhos.--Cruzei os braços.

--Sim, mas estou tentando mudar e espero que aceite minha sinceras desculpas betty.--Ela disse ríspida.

No momento em que eu iria protestar, o médico entrou.

--Vejo que a jovem acordou.--Ele me deu seu melhor sorriso e parou em nosso lado.

--E então doutor, o que diz os exames?--Minha mãe indagou impaciente.

Ele olhou a caderneta e nos olhou sem vontade de dizer.

--Vamos, diga logo, não há nada que eu não supere não é mesmo?--Sentei na cama a espera.

E então o mesmo disse:

--Fizemos os exames por precaução e descobrimos que você está com um caso sério de Leucemia, o bom é que ela está no meio do caminho e podemos começar os tratamentos.--Ele disse sem encarar meu olhos.

Leucemia? LEUCEMIA?

Minha mãe colocou a mão na boca e se levantou, saindo as pressas do quarto.

--Quer dizer que eu estou com Câncer?--Meu corpo reagiu estranhamente ao que eu acabei de perguntar.

--Eu sinto muito....Elisabeth.--Ele fecha a caderneta.

--Isso tem cura?--O olhei assustada.

Ele negou tristemente.

--Mas possivelmente podemos faze-la sumir por alguns tempos se fazermos o tratamento o mais rápido possível.--Sua voz era calma.

Sinceramente, isso eu não posso superar.

Uma angústia tomou meu peito e eu abaixei a cabeça.

--Poderia por favor me deixar sozinha?--Perguntei sem levantar a cabeça.

--Tudo bem--Essas duas palavras foram as últimas que escutei de sua boca antes dele sair e me deixar aos prantos.

Me digam, o que irei fazer de minha miserável vida agora?

O que eu poderia ter feito a partir que eu comecei a me entender por gente?
MUITA COISA.

Mas o que eu realmente fiz foi só, brincar com minha vida.

Eu sou mesmo uma estúpida e idiota garota que nunca quis arcar com as consequências que sempre vinham na minha vida.

Cara, vocês tem noção?
EU VOU MORRER.

Meus olhos estavam marejados de lágrimas, me fizeram fechar e deixar as mesmas escorrerem tão devagar quanto caracóis em pista de corrida.

Droga!

A porta se abriu lentamente, e vi minha mãe entrar com sinal de que estava chorando.

Ela parou na beirada da cama e me encarou, tentando ver minha reação.

--Eu não vou conseguir mãe.--Apertei os olhos deixando as lágrimas pesadas fluírem.

--Vai sim meu amor.--Ela correu para me acudir em seu abraço quente.

Neguei várias e várias vezes com os olhos fechados, não acreditando com o que eu estava passando.

--Estou aqui para apoiar você em tudo querida, em tudo mesmo.--Ela me apertou mais.

Acabei por não dizer mais nada.
Apenas deitei em seu colo e chorei junto a ela.
Adormeci ao longo das horas e pude me ver feliz em meus sonhos.

E então, queria pedir a vocês que fossem até o perfil de minha melhor amiga e votem na história dela, ela é iniciante, não a julguem cedo.

RafaEla985422
Sigam ela e vejam a história dela que se chama.

"Depois do começo"

Obrigada pela atenção.

Não me matem.

Até o próximo.

ANTES QUE O MUNDO SE ACABE ◆Bughead◆Onde histórias criam vida. Descubra agora