A herdeira Karina Avelar tem tudo o que deseja, exceto amigos, um corpo perfeito...e um homem. Bêbada e sozinha na véspera do Natal, ela liga para o seu advogado com um pedido um tanto quanto inusitado: que ele entre em contato com um ator de filmes...
Bom dia, gente! Vocês me pediram e eu atendi: mais um capítulo antes de quarta-feira. Sei que eu disse que seria ontem à noite, mas o sono me pegou antes que eu conseguisse terminar.
Espero que vocês gostem da participação especial daquele que não deve ser nomeado (e não é Voldemort), também conhecido como pirocudo dos infernos. Vou até deixar uma foto pra acalmar os ânimos:
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Fala sério, eu tenho muito bom gosto pra escolher os meus personagens. Boa leitura!
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James está meia hora atrasado, e eu detesto atrasos.
Eduardo nunca se atrasa. Ele é mesmo a porra de um homem perfeito, apesar de negá-lo, e, por mais que eu tente, juro que não consigo entender o porquê de ele estar apaixonado por alguém tão imperfeito quanto eu.
Tamborilo nervosamente os dedos de uma mão sobre a mesa da varanda, segurando a minha inseparável taça de vinho na outra. Ouço um barulho e me viro na direção da entrada, vendo-o em pé diante de mim.
James Hardman.
Ele é ainda mais bonito pessoalmente, e alto. Muito alto. Mesmo estando com saltos de doze centímetros nos pés, sinto-me minúscula perto dele.
- Boa noite, Sr. Hardman. Sou Karina Avelar - eu me apresento, estendendo a mão. - Obrigada por ter vindo. Posso te chamar de James?
- Claro que sim, Karina. - Ele sorri. - Considerando as circunstâncias, é melhor que nos tratemos pelos primeiros nomes, você não acha?
Balanço a cabeça e noto que os dentes dele são tão brancos quanto a camisa que ele veste. Enquanto penso que o dentista, definitivamente, exagerou no clareamento, me pergunto se eu conseguiria vê-los com as luzes apagadas.
- Que tal jantarmos? - convido, contendo uma gargalhada. - Pedi para prepararem carne, peixe, salada e uma massa.
- Carne e salada seria bom. Obrigado.
- Vinho?
- Prefiro água. Não costumo beber nada alcoólico.
Água, carne e salada em uma sexta-feira à noite? Coitado. Eu nem imagino como é ter que se cuidar tanto, mas preciso admitir: ele está ótimo. O blazer bem talhado e a calça jeans ajustada não escondem os ombros largos, braços fortes e quadris estreitos dele, e sim os realçam.
Gostoso. Gostoso pra caralho. E, falando em caralho...
Olho disfarçadamente para a frente da calça dele enquanto andamos até a mesa, e não consigo ver muita coisa. Sentamos e ele me encara com interesse.
Não sinto nada. Absolutamente nada. Eu deveria estar com o coração acelerado, a boceta molhada e borboletas voando no estômago, mas o meu corpo parece que é tão de Eduardo quanto o meu coração.
