Capítulo 7
- Corre, Mãe! – gritou o castor, entrando correndo na casinha do dique, juntamente com os outros.
- Oh, está bem! – ela exclamou, indo em direção aos armários.
- O que ela está fazendo? – perguntou Pedro.
- Vão me agradecer mais tarde. – ela disse, enquanto pegava alguns mantimentos. – É uma longa viajem e o Castor fica de mau-humor quando tem fome.
- Eu já estou! – exclamou ele.
- Vamos precisar de geleia? – perguntou Susana, enquanto ela e Selene ajudavam a Sra. Castor e ajeitar as coisas.
- Só se a Feiticeira servir torradas. – zombou Pedro.
Ouviram uivos e latidos cercando a casinha e os lobos começaram a destruir a casa.
- Rápido, por aqui! – disse o castor, puxando Selene em direção a uma porta lateral.
Ele abriu a porta e jogou uma corda ali na escuridão. Pedro chegou com tochas e puderam ver um buraco ali. Ao ouvirem os uivos mais próximos, pularam ali dentro, com a ajuda da corda que o castor lançara ali.
- O texugo e eu cavamos. – dizia o castor, enquanto corriam pelo túnel para salvarem suas vidas. – Sai perto da toca dele.
- Você disse que saía na casa da sua mãe. – disse a Sra. Castor.
Lúcia tropeçou sobre uma raiz protuberante e caiu, mas Susana logo a ajudou. Ouviram um uivo distante. Parecia ser um eco.
- Estão no túnel. – sussurrou Lúcia.
- Rápido, por aqui! – gritou o castor.
- Rápido! – ecoou a Sra. Castor.
- Corram! – gritou Pedro, enquanto todos corriam ofegantes.
Pararam em um local sem saída.
- Devia ter trazido um mapa! – guinchou a Sra. Castor.
- Era o mapa ou a geleia! – gritou o castor, virando-se para a parede e escalando por um buraco ali no alto, sendo seguido pela Sra. Castor.
- Anda, vamos, Susana! - disse Selene, ajudando-a a passar pelo buraco e passando logo após.
- Venha, Lúcia! – disse Susana, ajudando-a a sair para que Pedro e os castores colocassem um barril grande e pesado para tapar o buraco.
Viraram-se e viram vários animais de pequeno porte transformados em pedra. O Sr. Castor aproximou-se de um em especial, que estava com as patas dianteiras levantadas para se proteger. A Sra. Castor foi atrás para ampará-lo.
O animal petrificado era o texugo, amigo do castor.
- Eu sinto muito, querido. – disse a Sra. Castor.
- Meu melhor amigo...
Todos observavam o massacre em forma de pedra. Não gostaram muito da cena e Selene sentiu o coração se apertar ainda mais quando imaginou que aquele podia ser o destino de Edmundo. Não o conhecia há muito, mas sabia que ele se tornara especial para ela.
- É o que acontece com quem brinca com a Feiticeira. – disse uma raposa, que aparecia no alto de uma das tocas.
Pedro rapidamente puxou Lúcia para trás de si e os outros tomaram posições defensivas. Menos Selene. Ela conhecia a raposa, havia desfeito o feitiço de petrificação nela - aquele que fora a gota final para Jadis perseguí-la.
- Dê mais um passo, traidor, e eu faço você em pedaços! – disse o castor, ameaçando avançar, mas a Sra. Castor rapidamente o impediu.
- Relaxa! – riu a raposa, descendo de cima da toca e se aproximando com passos graciosos e predatórios, próprio de sua espécie. – Eu sou um dos mocinhos.

YOU ARE READING
Beauty Queen
Teen Fiction"Selene andava calmamente pelo palácio, arrastando seu vestido branco preferido e sentindo o frio típico que o gelo lhe dava. Ela uma sensação reconfortante, que a acalmava. Afinal, ela era o gelo e a neve. Mas, infelizmente, ela não era a única. Ja...