Estremeci uma vez mais pelo frio da caverna. Não havia maneira de que eu usasse a manta novamente, assim somente meti as mãos debaixo de meus braços e mordi meus lábios. Preocupava-me que mais estudantes tivessem acabado feridos, mas pelo que parece eu tinha dormido algumas horas e a maioria deles tinham ido para casa antes do ataque. Kimber e o garoto humano, chamado Brent, estavam ilesos, assim pegaram um dos sofás e o arrastaram perto de onde o resto de nós estava junto, por nossa segurança, em um numeroso grupo. Jason deitou nele com gratidão, embora o movimento provocou-lhe uma careta de dor.
- Pensei que você estivesse curado. - disse, dando a Ethan um olhar confuso.
Sua expressão era sombria, e percebi os círculos escuros sob seus olhos. Pareciam ter aparecido há muito pouco tempo, já que não acreditava que estavam ali antes do ataque.
- Eu curei as costelas. O tecido fraco ao redor delas ainda está, provavelmente, machucado como o inferno.
Deu uma palmada no ombro de seu amigo. - Sinto muito, amigo. Eu não sou muito bom, neste momento.
Jason me lança um olhar sardônico. - Ele é muito modesto.
- Isso é uma novidade. - murmurou Kim, mas ninguém esboçou um sorriso.
- Ethan é um prodígio mágico. - continuou Jason. - A maioria dos curandeiros tem que treinar durante anos para poder reparar ossos, e eles têm que treinar tão duro que mal conseguem manejar qualquer outra magia.
Kimber funga com desdém. - E se Ethan não tivesse perdido sua energia mostrando-a primeiro, poderia ter sido capaz de curar suas feridas na pele, também.
- Basta, Kimber! - Ethan espeta, levantando-se. - Como eu ia saber...
- Uh, garotos? - perguntei, tentativamente, em parte para atalhar o argumento, e em parte por que estava muito preocupada. - Acham que há mais deles? Quero dizer, e se voltarem? - estremeci novamente, e desta vez não era pelo frio. Olhei os montões de porcaria que uma vez haviam sido monstros, e me perguntei se algo disto poderia ser real.
- Duvido. - disse Ethan, mas ele não parecia muito seguro. - Se tivessem mais deles, teriam vindo todos atacar juntos. - Deliberadamente dando as costas para Kimber, Ethan se virou para o último dos garotos humanos, o primeiro que havia se ferido.
A ferida parecia muito ruim quando a vi pela primeira vez, mas quando Ethan cuidadosamente levantou o suéter, parecia que havia deixado de sangrar. Três furiosas linhas vermelhas corriam através do peito do garoto, mas os cortes não eram tão profundos quanto eu havia pensando, originalmente. Ethan fez outro feitiço de cura, mas ao que parece foi realmente superficial. As feridas fecharam, mas só um pouco. Faltava muito pouco para que voltassem a abrir. Quando Ethan terminou o feitiço, balançava sobre seus pés, e por um momento, pensei que ia desmaiar. No entanto, se sentou no chão da caverna com a cabeça apoiada na borda do sofá e fechou os olhos.
Olhei para Kimber, que continuava fulminado seu irmão com um olhar azedo. - Pode terminar a cura? - perguntei, e percebi imediatamente que não tinha sido uma boa pergunta.
Sua expressão se tornou ainda mais azeda. - Não. - ela cruzou os braços sobre o peito e olhou para outro lado. Bem. Suponho que era uma espécie de tema delicado. Olhei os outros Fae, ao que poderia ou não ser o namorado de Kimber. Dei de ombros.
- Não posso fazer o suficiente para ser uma verdadeira diferença. - disse. - Mesmo se fizesse um pouco do trabalho, ainda teríamos que levá-lo para o hospital.
- Então vamos ter que falar com a polícia sobre isso? - perguntei. Talvez a polícia me ajudasse, poderia tirar-me deste problema. Ninguém olhou para mim, e tive a sensação de que minha pergunta tinha deixado tudo ainda mais incômodo. Então, outra vez, eu havia visto um alarmante número de armas fazendo uma aparição quando os Spriggans atacaram. Talvez alguns estudantes tivessem muito que esconder para correr o risco de falar com a polícia.
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Glimmerglass
Teen FictionDana Hathaway não sabe ainda, mas está em grandes problemas. Quando sua mãe, uma alcoólatra, aparece em seu recital do coro bêbada, Dana decide que já teve o suficiente de sua função como guardiã de sua mãe, assim que arruma suas malas viaja para ve...