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Não estava com o mais alegre dos ânimos quando Kimber voltou para que pudesse sair do armário. Meus nervos foram fuzilados, estava suando como um porco, e estava tão irritada que queria perfurar seu rosto bonito e delicado. (Não importava que eu estivesse pronta há alguns momentos para sair em seu resgate.)

— Que diabos estava pensando? — pergunto, enquanto quase caía do armário, ao tropeçar em uma raquete de tênis quando saía. Quem sabia que as fadas jogavam tênis? Era terrivelmente... Comum.

Kimber me agarrou pelos ombros antes que eu caísse de cara no chão, mas me afastei dela. Infelizmente, tropecei em meu sapato. Meu tornozelo cede, e eu aterrisso sobre o meu traseiro. E pensar que eu estava de mau humor antes de sair do armário!

Sento-me no chão, lutando com as mechas de meu cabelo para fora do meu rosto suado e pegajoso. Olho pela primeira vez minhas sandálias de tiras de cor vermelha com o salto ridiculamente alto que tinha me derrubado, e logo para Kimber, que parecia que estava prestes a arrebentar um vaso sanguíneo tentando não rir. Eu não achava de forma alguma engraçado.

Levantei-me com toda a dignidade que fui capaz — que era ao redor de zero — e desejei que eu fosse alguns centímetros mais alta, assim não teria que olhar para Kimber.

— Por que não olha no armário? — digo, fazendo uma terrível imitação do sotaque de Kimber. — Estava tentando me prender?

Ela revira seus olhos, parecia fazer isso muito, e lhe dou um sorriso condescendente. — Se eu tivesse agido como se tivesse algo a esconder, Grace teria remexido em todo o lugar até encontrar você. Desta maneira, não esperava encontrar nada, por que não parecia muito dura.

Odiava admitir que a lógica de Kimber tinha sentido. Assim que não fiz. — Eu praticamente tive uma insuficiência cardíaca, quando abriu a porta. Pelo menos poderia ter me advertido do que estava planejando fazer.

— Sinto muito. — ela diz, mas não parecia terrivelmente arrependida.

Fazendo caso omisso de mim, ela começou a empurrar coisas de volta para o armário. Eu poderia ter ajudado, suponho, mas não me sentia muito útil.

— Está bem? — eu pergunto a contragosto.

Kimber esfrega sua bochecha avermelhada. — Estou bem, — diz com um sorriso triste. — Devia saber que não deveria ter tentado calar alguém como ela.

— Acho que vamos ter que encontrar outro lugar para que você fique — ela continua, colocando as coisas em qualquer espaço disponível. — Grace poderia vir, em outra inspeção surpresa, e não quero assumir que teremos sorte duas vezes.

— Tenho um lugar para ficar. — digo. — Com meu pai.

Kimber franze o cenho para mim. — Quer dizer que terá um lugar para ficar, quando ele sair da prisão? Comprovei seu estado enquanto você estava escondida no banheiro. Está previsto para se reunir com o Conselho amanhã. Pelo menos por hoje, segue atrás das grades.

Sufoco uma maldição. Meu coração se funde quando percebo o quão profundamente minha vida aspirava ao fundo, neste momento. Eu estava por minha conta, sem nem um centavo em meu nome ou até mesmo uma troca de roupa, em um país tão estranho que deve haver uma nova palavra para isso, e sem nenhum lugar para onde ir. Eu queria ir para casa. Quem teria pensando que no prazo de dois dias eu colocaria meus pés em Avalon?

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