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Lágrimas desciam por minhas bochechas enquanto eu corria tentando contar os túneis ao passar, assim desceria no correto, ao mesmo tempo em que tentava colocar a maior distância possível entre eu e esse quarto horrível antes que Ethan se recuperasse.

Nem sequer me chateou que as lágrimas caíssem, continuei correndo até que meus pulmões rogassem por oxigênio e os músculos em minhas pernas queimassem. Realizei duas voltas que deveria dar para me colocar no caminho para a civilização, mas não vi nenhum sinal do Night Clube e da escadaria para a superfície, nem ouvi o eco longínquo de vozes. Continuei correndo, com a esperança de que tivesse julgado mal a distância, mas continuava sem ter nada. Tentei voltar para ver se tinha feito um giro equivocado, mas tinha perdido a pista do caminho pelo qual cheguei e só terminou sendo mais confuso.

O pânico pestanejou nas bordas da minha mente quando percebi que agora estava oficialmente perdida. Continuei correndo, tentando voltar meus passos, tentando manter-me em movimento, assim não teria que enfrentar o pânico que continuou construindo-se em meu cérebro.

No final, tive que parar, o esgotamento triunfando sobre o horror. Caí no chão do túnel e respirei grandes tragos de ar, por fim fiquei sem fôlego por um momento e pensei que iria vomitar.

Esse Night Club estava aqui em alguma parte, e não podia estar tão longe, digo para mim mesma. Além disso, Ethan tinha mencionado que havia outras zonas povoadas por aqui. Embora eu não conseguisse encontrar o clube, eventualmente eu deveria ser capaz de encontrar algum sinal de civilização. Só por que estava perdida, não significava que iria morrer, não importa quão... Alarmante fosse.

Com um gemido, forcei a mim mesma a levantar. Estava tão cansada e retorcida que não sabia como enfrentar a tarefa aparentemente impossível de conseguir tirar-me daqui. Mas não era como se tivesse opção. Dei uma olhada na lanterna e estremeci ao perceber que a querosene não duraria muito tempo.

Caminhei durante o que pareceu uma milha, tentando seguir adiante em linha reta supondo que se seguisse reto, com o tempo chegaria ao outro lado da montanha e haveria uma saída. Mas quando começava a sentir que estava fazendo um progresso, o túnel acabava, ou dava um giro repentino. Por tudo que eu sabia, estava andando em círculos.

Meus pés e pernas doíam, e a querosene estava em níveis perigosamente baixos, estava tão assustada que mal podia funcionar. Parei em meio a um corredor que se parecia com todos os demais e me sentei de costas contra a parede, dando-me um minuto ou dois de um precioso descanso antes de lançar-me para a escuridão novamente.

Levantei meus joelhos até meu peito e deixei minha cabeça descansar contra eles. Imaginei que chorar seria algo razoável, tinha direito de fazer isso agora, mas meus olhos permaneceram secos. Algum tipo de sobrecarga emocional me afetou e me senti torpe e apática.

— Pode me perdoar o suficiente para me deixar tirá-la daqui? — pergunta Ethan, e ao princípio pensei que tinha, sem perceber, dormido.

Levantei a cabeça e lá estava ele, a uns dez pés de distância, sentado de costas para a parede igual a mim. Tinha uma lanterna na mão e mal parecia o envaidecido e alegre Fae que eu tinha chegado a conhecer. Tinha os ombros caídos, a cabeça inclinada e a expressão de seu rosto era sombria.

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