Quando percebemos que não tem saída muitas vezes é porque não tem. Nesses momentos sempre contei com meu pai, porque ele sempre estava lá me ajudando e levantando quando eu caia "talvez não seja tão ruim assim morrer" pensei. A imagem do papai veio a cabeça ele estava triste por eu estar desistindo assim. Então resolvi reagir...
A cada instante mais zumbis se aproximavam, mas o que eu faria com muitos zumbis se mal dava conta de um só?
- Marcos, Marcos, por favor me ajuda! Não me deixa aqui - implorei aterrorizada enquanto resistia.
Comecei a me debater, conseguindo me livrar saio correndo, mas não achava que teria tantos zumbis assim, nem conseguia contar. Minha vantagem era que eles estavam há uns 7m ou mais. Optei por voltar pra dentro e lutar apenas com um...foi quando vi o que me desmotivou: dois cachorros zumbis, o que chamo de dogzum, mas agora pouco importava como eu os chamava.
Eu não tinha a menor chance contra eles. "Sejam rápidos... desculpas papai" pensei desistindo me encolhi e fechei os olhos.
- Corre! - alguém ordena. Abri os olhos e vi as costas largas de um homem, não era Marcos, mas ele entrara na minha frente salvando minha vida. Ele atirava nos zumbis com agilidade. Fiquei atrás do mesmo desobedecendo-o. Eu não me garantia nem um pouco correndo por aí feito louca. Ele aparentava uns 24 à 25 anos, cabelo castanho escuro também percebi algumas cicatrizes no seu braço.
- Droga! - franze a testa pra mim ao perceber que não o ouvi, seus olhos eram de um tom azul esverdeado - fique atrás de mim! Quando eu mandar você corre pra dentro.
Olha pra mim procurando assentimento. Dessa vez concordei. A cada instante a quantidade de zumbis só aumentava.- Okay, vai entra!
Obedeci e chegando apenas encosto a porta a deixando entreaberta e fiquei o observando, ele era rápido, matava todos antes mesmo deles encostarem. Era esse tipo de pessoa que com certeza merece estar viva, não eu que sou fraca. Logo me veio a lembrança de Marcos, quando me deixou ali pra salvar sua pele ah, se eu o visse agora...
O rapaz vem até mim - você está bem?
Boquiaberta - você matou todos?
- Você está bem?- Sim, sim estou. Obrigada se não fosse por você eu estaria morta agora.
- Fiz apenas meu trabalho. Aqui tem alguma coisa pra comer? - sua ignorância cobre totalmente sua beleza.
- Sim, mas como assim seu trabalho?
- Sim meu trabalho. Eu fico viajando esse mundo à procura de gente "viva"... sobreviventes e os levo para um lugar seguro com comida, água... enfim tudo. Sei que parece impossível mas ainda existe vida lá fora.
Ele era tão lindo que me deixava sem jeito e a forma que me olhava me causava arrepios, mas sei que seu olhar carregava apenas compaixão pelas pessoa. Continuou.
- E pretendo levar você agora que te achei.- Como é esse lugar? - perguntei curiosa, talvez minha família estivesse lá - tem muitas pessoas?
- Tem. A maior parte dos sobreviventes estão lá, é grande o suficiente, mas antes temos que passar em um supermercado há uns 5km daqui. Lá eu deixei mais pessoas então juntarei todos e seguiremos até o abrigo.
- Não podemos ir agora; não acho que seja seguro à noite.
- Você está certa. Amanhã ao amanhecer partiremos. - ele falava de um jeito tão distante, como se eu não estivesse ali, mas isso não importava só pensava na possibilidade da minha família estar à salvo nesse tal abrigo a esperança de encontrá-los estava mais ativa do que nunca.Batidas na porta.
- Fique aqui! - ordenou, ele anda até a porta com cautela e em questão de segundos abre e fecha a mesma jogando uma pessoa no chão. Era Marcos, que agora me olha assustado.
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A Cura Zumbi [Em Revisão]
Science FictionApós um Apocalipse zumbi, Sandra, uma garota de 17 anos tenta sobreviver e reencontrar sua família, mas não contava que não será apenas dos zumbis que terá que se defender, mas de pessoas vivas que segundo elas a cura para o vírus está em seu sangue...