Capítulo 12

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   Estava tão ansiosa que quase afundei o tênis no chão de tanto batucar. Papai havia me prometido que hoje me levaria pra conhecer seu laboratório a pedido meu e de seus amigos, na verdade um amigo que queria muito me conhecer. Eu usava uma calda jeans e uma blusa branca (exigência do laboratório).

   - Maninha você vai afundar o chão - Marina, minha irmã mais nova avisa - não é tudo isso que você está imaginado, é muito chato lá, fica todo mundo dizendo "cuidado você pode quebrar isso ou aquilo" afff pelo menos quando fui, foi assim. Até porque não tive interesse de tocar em nada.

   Marina tem os cabelos de um tom preto exagerado parecendo tintura, como todas as garotas da família que é herdado por parte da mamãe. Sempre tive inveja por ela parecer mais com o papai do que eu, na verdade nem pareço muito, já ela lembra um pouco ele em cada parte do rosto. O cabelo dela diferente do meu média um pouco abaixo dos ombros, apesar de ser mais nova que eu dois anos não aparenta o mesmo, quem nos ver juntas pensa que somos mãe e filha, menos no comportamento, Marina é seria (não chata), é responsável demais (não que eu não seja) e gosta de dar lição de moral até mesmo a mim. Queria ter a maturidade dela.

    - não vejo a hora do papai chegar - falo sorrindo - da pra ver minha ansiedade?

   Ela força um sorriso, pra não parecer antipática, mas quando abre a boca pra responder, a porta da frente se abre revelando meu pai - então vamos?

   - sim, sim, Tchau Marina - dou um aceno e saio (ela não gosta de Beijos).

   Chegando no laboratório me decepcionei um pouco sim, porque imaginava algo maior, mas fazer o que? O problema era da minha imaginação que sempre exagera demais, mas também não era tão ruim assim, só não era o que esperava. Entramos, vi várias pessoas correndo de um lado para o outro com frascos de várias cores nas mãos.

   - vem, quero apresentar alguém a você - papai disse me conduzindo até um homem baixinho, de cabelos grisalhos e na fachetaria dos 40.

   - Roberto, essa é a minha filha mais velha a que falei, a Alassandra - virou-se para mim - filha esse é um amigo que tenho desde os 15 anos, meu melhor amigo - levanta o dedo sorrindo - e... companheiro de farra, quer dizer, antes de conhecer sua mãe.
  
  Reviro os olhos, meu Deus pra que dizer Alassandra em? Mas como sempre ignoro porque ele é meu pai.

  Roberto abre um sorriso e ofereceu a mão para um aperto - tudo bem Alessandra? Seu pai falou muito bem de você, não apenas pra mim, mas pra todos que trabalham aqui.

    Peguei a mão dele e sorri - e só Sandra, por favor - O olhar de Roberto estava perdido na sala, então o percorri, vi um homem que estava parado nos observando, seus olhos pararam em mim, ao perceber que eu o via de repente sai entrando no meio das pessoas. Voltei ao assunto.

    - então é com você que o papai está quando diz pra dona Maria que está bebendo com um amigo.

   Os dois riram, não achei graça, mas acompanhei eles. era bonito ver a união dos dois, pareciam irmãos. Baixei a cabeça com o rosto do homem que a pouco tempo me fitava na mente, balancei a cabeça com a lembrança, ainda sorrindo olhei pra eles, Roberto me fitava com sangue nos olhos, ele usou uma faça que atingiu minha perna e lá começa a dar várias investidas contra ela, usando o objeto pontudo. Comecei a gritar e dar chutes.

   - Segura as pernas dela! Tenho que retirar a bala, ela já perdeu bastante sangue! - escuto Seis gritar entre meu sonho. Tentei, mas não consegui acordar, ouvi o choro da Adriana, sabia que não era por mim, mas por quem? Uma dor insuportável me invade quando sinto algo penetrar minha perna rasgando alguns tecidos.

A Cura Zumbi [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora