capítulo 15

169 46 53
                                    

      Já era 07:58 AM, todos estavam no salão, fiquei até mais aliviada depois de uma conversar séria com o Marcos sobre eu e o Seis, ele não aceitara muito bem, mas disse que não mudaria nada sobre sermos amigos. Eu estava no sofá com o Seis que me cobria com seus braços fortes. Após passar algum tempo nos encarando Adriana resolve falar.

    - vocês voltaram?

    - sim! - respondi de imediato.
 
   - Seis você é uma pessoa que perdoa rápido traição né? - sinto desprezo na sua voz.  

    Percebo que ele fica sem jeito pra falar; não quero cair em seja qual for o jogo da Adriana, mas respondo:

    - ele não tem o que perdoar, porque nunca foi traído!

     Como ela poderia ser tão fria? Tinha perdido o irmão recentemente, não queria começar uma discussão, mas tinha pena dela com certeza estava colocando ciumes acima do luto pra não sofrer tanto.

    Oito pigarreou - é melhor pararmos de falar da vida amorosa do Seis e pensar em como tirar a Cecília da G.C.

    - verdade, quero muito minha filha comigo, mas não vou entregar a Sandra pra eles, quero as duas - esfrega o polegar em minhas mãos, de alguma forma me confortando - temos que entrar na G.C. escondidos e 
tira-lá de lá, sei uma entrada secreta, podemos entrar por ela.

    - é eu também sei uma entrada secreta, talvez até mais, pra nós dois é fácil entrar na G.C. mas a questão é, com quem? Só eu e você? Talvez nos cinco? - Oito fala de um jeito nada confortante - eles tem muitos homens, nunca conseguiremos pegar a Cecília, precisaremos de um batalhão, e isso é o que não temos, eles têm, nos não, somos apenas cinco.

    Seis me aperta mais contra seu peito - e o que você quer? Que eu entregue a Sandra? Pois é o que está parecendo, e não vou fazer isso! Quero minha filha, sei que enquanto ela está lá não corre perigo, mas se entregar a Sandra ele vão....

    Todos começam a discutir ao mesmo tempo, pareço não ouvir mais nada, lembro de uma coisa que mesmo sendo arriscada pode ajudar bastante. Tiro os braços dele que estão em minha volta e levando atraindo atenção de todos pra mim, inclusive Seis que me olha de testa franzida.

    - tenho uma idéia. Vamos formar um batalhão!

   - um batalhão de cinco? - Adriana ri.

   - não. Um batalhão de centenas!

   - e com quem? As única pessoas que estão vivas moram ou trabalham na G.C. pra acharmos uma pessoa teremos que procurar meses, imagina centenas - Oito diz.

    - não estou pedindo pra vocês procurarem pessoas, mas sim zumbis - percebi que eles não entenderam então fui direto ao ponto - vocês dão um jeito de "sequestrarem" zumbis e eu uso meu sangue pra transforma-los de volta em humanos, então ensinamos a eles o que precisa e ai teremos nosso batalhão.

    Todos ficaram boquiabertos.

   Oito levanta impressionado - Parabéns Sandrita! Como não pensei nisso antes? - levanta-me nos braços me rodando como se eu não pesasse nada.

   - não! - a voz do Seis ecoa pelo salão, fazendo Oito me soltar no chão quase que de um jeito desengonçado - a Sandra não vai fazer isso, já estamos a livrando para que não tirem o sangue dela. Essa atitude não é muito diferente do que querem fazer, além do mais que precisamos de muitas pessoas isso vai deixa-lá fraca. Quero recuperar minha filha, mas não desse jeito. 

    - e você tem outro plano?

   - não, mas esse não! e mesmo que consigamos, ainda iremos precisar de tempo para treina-los, e tempo é o que não temos.

A Cura Zumbi [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora