A Cura Zumbi [Em Revisão]

capítulo 13

   Um tiro soou de alguma arma, abri os olhos e o corpo gelado e sujo do zumbi cai sobre mim machucando minha perna.

    - Aí - grito.

    Em seguida ouvi vários tiros, Marcos, Oito e Seis estavam disparando contra eles.

    - você está bem? - Seis pergunta.

    Balanço a cabeça - não.

    Ele arremessa o corpo do zumbi pra longe de mim e me pega nos braços. Segurei em seu pescoço e afoguei o rosto em seu peito. Me carrega pra dentro, em seguida entram Marcos e Oito. Sou colocada no sofá sem serimônia. Minha perna sangra um pouco pelo esforço feito.

     - obrigada - falei.

     Seis ignora, anda de um lado para o outro demonstrando preocupação, enquanto várias investidas nas portas faziam barulhos.

    Seis se agacha perto de mim e pergunta estupefato - você não iria reagir?

  - não tinha chance, as balas tinha acabado.

  - e iria desistir? Iria aceitar a morte?

   - não acho que tenho mais motivos para viver, eu perdi tudo.
 
   Fica cabisbaixo.

   Fitei o chão - era pra valer aquilo que você falou para os homens da G.C? - não hesito em perguntar.

    Levanta - Marcos, temos uma conversa - sai.

    Marcos o segue pra outro cômodo, não sei o assunto, mas tenho medo do que pode acontecer.

   - vou cuidar disso - Oito diz olhando para meu sangramento, sai do salão, com certeza a procura dos itens necessários.

   Meus olhos percorrem o local, caindo em cima da Adriana, que está encostada perto de um quadro com os braços cruzados, me olhando com desdén, ela queria que eu morresse sim! Um ódio invade meu peito, balanço a cabeça afastando esse sentimento assim como outros maus que nunca me permiti sentir. Dou mais uma olhada no salão principal e o local é maravilhoso, as paredes são brancas, com vários quadros de pintores famosos, quadros que valeriam uma fortuna, mas que hoje não é nada mais que um pedaço de madeira em uma parede. Um tapete enorme feito de pele de algum animal peludo cobre o  chão.

   - SERÁ QUE VOCÊ NÃO PODE DEIXAR DE PENSAR SÓ EM VOCÊ?! - ouvi o grito do Seis que mesmo distante ecoava no salão me trazendo de volta a realidade - ELA QUASE MORREU POR SUA CULPA! 

    - MINHA CULPA? PRA VOCÊ SABER, QUANDO SAI NÃO TINHA NENHUM ZUMBI LÁ, E ELA É SUA NAMORADA NÃO MINHA.

    - MAS O QUE VEM EM QUESTÃO NÃO É DE QUEM ESTÁ COM ELA, MAS SIM DE PROTEGE-LÁ, VOCÊ DISSE QUE SE JUNTOU A GENTE PARA PROTEGE-LÁ, MAS NÃO FOI BEM ISSO QUE FEZ!

   - EU NÃO SOU BABÁ DA SUA NAMORADA!

   Essa doeu Marcos.

   - Ela não é mais minha namorada - falou baixo dessa vez. Fez-se silêncio completo.

    - tenso - Adriana ri e sai rebolando do salão.

                  *      *      *

    Passou-se uma semana, Seis não me dirigia a palavra, nem me olhava nos olhos, Marcos me pedira Desculpas que pareciam sinceras, sobre ter me deixado mais uma vez, eu aceitei claro,  até porque não gosto de ficar de mal com ninguém, muito menos com ele, pode até não ser o amor que ele queria, mas eu sentia, ele era como um irmão ou amigo de longa data (eu sei sou uma boba).

    Depois de tomar banho, optei por usar um vestido preto sem alças que média um pouco acima dos joelhos ele tinha uma abertura Discreta no colo, e estava com botas que encontrei. Descobri que aquela casa era um closet completo. Parecia mais uma casa da realeza, fiquei curiosa em saber que celebridade um dia morou ali. Tudo parecia bem caro, a mesa na sala de jantar parecia não ter fim, a mansão tinha vários quartos grandes e confortáveis, mas nesse momento ninguém dava muita importância a isso, já que uma tensão grande sempre enchia aquela linda mansão. Mas hoje era um dia calmo, o inverno já estava aí, gotas pesadas batiam no telhado fazendo um barulho acolhedor. após almoçar estávamos todos no salão, Seis e Oito jogando dama, Adriana ficava secando o Seis com os olhos, sentada perto deles como se entendesse do jogo só para impressiona-lo, Marcos está destraido olhando pela janela, os pais da Adriana já dormiam em um dos muitos quartos da casa e eu estava sentada no grande sofá observando eles.