A cena estagnada permaneceu por um longo período de tempo até que Bancker decidiu se mover. Sua voz entoava melodicamente contra os dessemelhantes ali presentes, seu ar de superioridade fez com que o rapaz que segurava um pouco de vinho se erguesse, deixando de lado seu caneco com toda a calma possível.
Todos ali apenas observavam o que ele iria fazer para com o rapaz invasor.
Você vai vir primeiro, então? Eu já me aqueci o suficiente, o próximo passo que quero dar é para ceifar KLON BUBASKO! – Entoou em alto tom o nome do homem para que desse enfim as caras, algo que não ocorreu.
Você tagarela, parece forte. Tem uma feição e fisionomia de quem é bem forte nos combates, pressuponho que não tem muitas derrotas, certo? Decerto que sim. Veja bem, "Doll Bancker", eu posso ser seu oponente já que tenho total fé que não irá deixar este recinto. Você é um pirata? Espero que saiba o que ocorre numa briga de piratas. – Tagarelou o homem de madeixas azuladas e porte físico pouco avantajado. Seu tamanho inferior de ao de Bancker não o fazia teme-lo, ao contrário, não demonstrará nada além de uma feição com um certo desprezo bem superficial, não desejava desmerecer um oponente que chegou tão longe.
Você parece bem confiante, não é mesmo? Afinal, eu acho que o conheço, mas acredito que você é tão fraco que por isso não me recordo de você. Sabe, por acaso, quem eu sou? Me afrontar assim é a pior coisa que alguém pode fazer na vida! – Já dizia Bancker, com os ânimos tomando picos um pouco demasiados pelo tom em que o homem de madeixas azuladas dialogava para com ele.
Certo, me mostre tudo que tem antes de eu dar-lhe um fim apropriado. Usarei uma mão, se me fizer usar duas eu lhe considerarei um homem perigoso. Que tal, Sei Lá Quem? – Proferiu o homem, com um sorriso de canto, demonstrando seu desprezo para com a existência de Bancker, que revidou, ao ter o ego ferido por encontrar naquele certo rapaz um ar de superioridade, apesar de oculta suas capacidades.
Os homens dentro da taberna apenas visavam ambos, alguns não acreditavam que aquilo poderia ocorrer ali e outros apenas davam gargalhadas, pressupondo, em conjunto, a morte de Doll Bancker naquele recinto.
E então, - disse o homem -, quando vai vir? Está congelado de medo? – Indagou com ironia.
Se tanto quer, então vamos...!!! – Disse Bancker, galgando contra o homem de madeixas azuladas com um potente de direita, facilmente evadido pelo homem de madeixas azuladas, que parecia se divertir com o golpe falho de seu adverso. O Doll prosseguia com outros inúmeros ataques do mesmo tipo, fazendo um revezamento com cada um dos punhos cerrados que visavam um único alvo, já o homenzinho de madeixas azuladas apenas evadia enquanto recuava, parecia pressionado, porém, seu sorriso estampado em face dava outra mensagem aos demais. Vez ou outra usava sua mão para rebater os baques de Bancker ou para puni-lo em algumas regiões de seu corpo.
O grande Bancker, em poucos golpes recebidos, notava que aquele pequeno ser detinha uma grande força mas, mesmo assim, ele tentava mais e mais, com socos e pontapés, quebrando tudo que vinha pela frente enquanto o jovem de madeixas azuladas evadia de todas as formas, vez ou outra recebendo uma pancada, mas defendidas com seu único braço.
Bancker já estava ficando sem muita paciência enquanto digladiava, a pequena luta fora algo que durou poucos minutos, cerca de apenas cinco. Enquanto ela delongava-se o grande Doll enchia-se ainda mais de fúria, algo que aumentou após o ser de baixa estatura penetrou sua guarda e o alvejou um potente golpe pouco abaixo do tórax, fazendo o gigante congelar seus movimentos por uns instantes enquanto segurava a dor, soltando um leve grunhido que só podia ser ouvido por aqueles com excelente audição e, principalmente, pelo homem de madeixas azuladas.
Doeu, pequeno Sei Lá Quem? – Indagou com desdém o homem.
Grrr... Acha que isso é algo? Se quer lutar sério, então vamos lutar! – Esbravejou Doll Bancker, recuando enquanto sacava seu artefato metálico majestoso que, com um único sacolejar fez com que a taberna fosse bipartida, deixando os presentes ali assustados e forçados a um recuo imediato. As coisas passavam a ficar sérias demais para Bancker. – Venha, seu desgraçado, pois eu estou orquestrando seu funeral aqui e agora!
Arma perigosa e fúria em demasia. Ele parece estar guardando algo... – pensou o homem de madeixas azuladas enquanto vislumbra Bancker mareado em fúria. Com um sorriso e erguendo a mão ao qual disse que usaria apenas para o embate, seguia para proferir algumas palavras finais antes do segundo round iniciar. – Você pertencia a que bando pirata, afinal? Nunca ouvi seu nome por nenhum canto, mas sua arma parece especial.
Qual bando pirata? Nunca ouviu falar de mim? Kovarzazaza! Eu não sou famigerado apenas por decidir adquirir certas coisas antes de me mostrar para o mundo! Não pense que sou fraco apenas por não possuir uma recompensa, ainda! Você não é nada e ninguém aqui irá me impedi de prosseguir para onde eu quero e quando eu quiser, compreendeu, seu pequeno inseto?! – proferiu enquanto segurava a haste do colossal machado, pronto para brandi-lo contra seu alvo e causar uma devastação sem igual.
Entendi. É bom que recorde-se de mim, pois preciso ter fama no pós-vida, quero ser recebido com muita comida e bebida. Mande um recado para todos os outros infelizes que matei. Até nunca mais, Doll Bancker, sinta-se orgulhoso por morrer pelas mãos de Nobrega D. Kuso!
Com as palavras do homem proferida, Bancker tinha tempo apenas de ouvir o ressoar do trovão e num centelho um baque espalhafatoso recaiu contra a taberna que continha menos pessoas do que antes, diretamente contra o gigante que detinha um machado colossal. Seu ataque não fora visto concretizado, porém, acabará de receber um raio aleatório e inesperado, devastando a região daquele perímetro, dando um fim naquela região do estabelecimento em que estavam.
O temporal lá fora predominava sem hesitação, com uma poderosa onda de ventos que percorriam pelas ruas da ilha. Paradise Island estava passando por um clima nada comum ali e a grande bruma de poeira era dissipada, mostrando o buraco deixando pelo raio e o sumiço do corpo de Doll Bancker, apenas um homem com mãos nos bolsos e com madeixas azuladas esvoaçantes se via com um sorriso que mostrava pouco seus dentes.
Isso é... peculiar, Doll Bancker. – Proferiu o homem, observando a chuva recair sobre o grande buraco adiante dele. Antes de deixar o local e voltar para seus companheiros, visualizou os céus, notando a tempestade cessar de forma gradativa a quase instantânea. – Parece que as tempestades não estão tão poderosas, ainda.
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Piratas Dolls, a Aventura
DiversosEsta estória serve para narrar o cenário fictício de One Piece, numa versão desenvolvida por para com outros personagens, apesar de ter total embasamento no universo dessa obra magnífica, porém, no entanto, há diversas coisas por mim criada, como il...