Piratas Dolls, a Aventura

Silver Damien, o Imperador das Espadas

O som do vento era ouvido por ambos, a poeira se erguia brevemente numa leve bruma e as árvores distantes aconchegavam o pavimento gramíneo. Os habitantes da floresta pareciam entender o que iria acontecer ali e nenhum deles ousava mostrar-se às abertas.

De um olho à outro, os combatentes se fuzilavam intensamente e esperavam o primeiro movimento um do outro. A pose do homem loiro era de quem aguardava para avançar com tudo, deixando seu corpo de lado e fitando seu inimigo enquanto o cabo de ambas katanas eram bem asseguradas.

Do sorriso ao desvencilho, Doll Bancker seguia com ímpeto conforme o vento lhe favorecia. Como uma explosão voraz fora concretizado seu primeiro golpe linear de cima para baixo, mostrando que não estava brincando naquela ocasião.

O homem loiro, tendo neutralizado o ataque com ambas armas fazia a raspagem de uma delas enquanto colocava-se a tentar furar Bancker com um golpe rápido no tórax, tendo a lateral da lâmina rebatida e um solavanco em seu abdômen, afastando ambos.

Bancker prosseguia com ferocidade e concretizava mais e mais ataques super pesados, o corpo do homem loiro apenas era movido pela força que chegava até ele conforme neutralizava cada golpe com suas lâminas. Sua feição estava alterada, nunca havia sido pressionado desta forma antes e isso o irava de certa forma, pois não conseguia reagir.

Isso é tudo, loirinho?! Eu esperava mais!!!!! – Esbravejava Doll Bancker, colidindo brutalmente o gume do machado contra o pavimento e soerguendo uma grande bruma de poeira como reação, enquanto via seu adversário recuar num salto.

Eu estava apenas... lhe testando. Você é digno, pelo que tem demonstrado, de ao menos experimentar metade de minha força. Espero que suporte. – Proclamou, tomando sua base novamente.

Você ainda vai mostrar seus 50%? Kovarzazazaza! Você pareceu tão assustado. Eu espero que me faça usar ao menos 20%. Se fizer, já será o suficiente! – Disse Bancker, mais confiante que nunca e com um grande sorriso, enquanto recolhia seu machado e partia para o embate novamente.

O suficiente? Para quê, imbecil? – Retrucava enquanto desvencilhava seu arcabouço, brandindo seu artefato metálico que empunhava na mão direita; ele era preenchido por uma tonalidade negra de imediato, consumindo todo o membro – o choque de armas gerava um estrondo colossal que percorria toda a floresta. Bancker gostava disso.

Continue assim! É desse jeito que devemos lutar!! – Sua adrenalina o consumia a cada golpe que trocavam sucessivamente, era imparável a quantidade avassaladora por mais que aquele indivíduo loiro estivesse com uma agilidade superior a de Bancker, haviam muitos quesitos que o impediam de encaixar golpes perfeitos para um ferimento fatal.

O tilintar das lâminas seguia e atingiam diferentes pontos conforme tentavam ferir um ao outro, enquanto seguia intercalando os golpes com cada uma das meitous o outro revezava entre sopapos, pontapés e machadadas. Bancker vez ou outra concretizava um ataque certeiro, que quase sempre era aparado.

O indivíduo loiro também sabia ser feroz e a cada defesa revidava um ataque cortante. Sua disparada era sempre perigosa, seus movimentos corporais muito velozes e buscava ângulos distintos para encaixar estocadas ou ataques verticais e horizontais naquele corpanzil colossal diante de si.

Kovarzazazazaz! Isso é divertido! – Ditava Bancker, após horas de batalha. Tentava controlar a respiração ofegante, era difícil acreditar que havia alguém tão bom diante dele. – Ei, loirinho, qual seu nome?

Enquanto o vislumbra o homem limpava alguns restos de sangue que escorriam de sua boca, era inegável que estava com mais danos do que seu adversário. Sua feição séria não cessava um instante e também tentava controlar a respiração, não querendo muita conversa, apesar de se dar ao luxo de responder aquele homem que o fazia penar tanto.