Capítulo 13 Final - Despedida.

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— O João não voltou ainda? A mãe vai me matar! Se eu vou morrer logo que seja limpinho

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— O João não voltou ainda? A mãe vai me matar! Se eu vou morrer logo que seja limpinho... – entra no box do banheiro e toma banho.

— O que eu vou fazer agora? O meu pai já deve estar muito longe. Eu não posso perder tempo indo para a escola!

Ele sai enrolado na toalha e vai se vestir em seu quarto. Depois de fazer isso, Samuel caminha na ponta dos pés, vai à cozinha, sobe em uma cadeira e destranca a porta para sair. Alguns minutos depois, sua mãe acorda e vai para a cozinha preparar o café para sua família, sem saber de nada que aconteceu na noite passada.

O menino começa a pedalar e pensa em ir ao ferro velho do seu tio, Rubens. O sol brilha bonito e os pássaros cantam alegres. Quem vende lanches já está trabalhando na rua e algumas casas comerciais já começam a funcionar. O menino pega carona ao segurar na lateral de um ônibus e economiza seu fôlego.

Ao chegar ao local, caminha até o escritório e encontra seu tio tomando café.

— Tio bom dia, o meu pai foi embora noite passada. O senhor sabe de qualquer coisa sobre para onde ele está indo?

— Não meu sobrinho. Eu não sei. Como vai sua mãe, ela está bem?

— Está bem sim, obrigado. Pode me ajudar a procurar por ele?

— Vamos fazer isso, mas antes, gostaria de um pouco de café?

— Aceito. Estou com fome...

— Pegue também um pão garoto. Tem certeza que ele não foi simplesmente trabalhar?

— Absoluta, tio. Ontem ele se despediu do João para sempre e foi embora pela noite.

— Garoto você está vermelho. Está tudo bem?

— Sim meu tio. Foi só uma gripe que peguei, mas já tomei remédio.

— Muito estranho isso... Deixa lá. Que horas você precisa estar na escola?

— Eu não vou para a escola. Isso é muito mais importante! – Rubens ri.

— E o que vai fazer quando crescer e não conseguir emprego por não ter concluído os estudos? Nem gari vai poder ser.

— Vou trabalhar em uma oficina ou com o senhor!

— Boa resposta! – gargalha.

— Eu já acabei, vamos!

— Vá na frente que eu já estarei saindo!

Seu tio pede que um dos funcionários cuide das coisas em sua ausência, pega um chapéu, as chaves do carro e sai. Ele deixa o motor aquecer um pouco e sai em baixa rotação do ferro velho.

— Vamos checar uma coisa primeiro: Qual o horário em que ele pega lá na oficina?

— Isso é bom. É para lá que vamos!

Laços mais fortes que o tempoOnde histórias criam vida. Descubra agora