PURO ( Série Improváveis-Livro II)

Capítulo 19

Divulguem e não esqueçam de votar, comentem a vontade, quero ver a reação de vocês neste capítulo maravilhoso e cheio de surpresas.
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Suzzane

Acordo em uma manhã qualquer, vendo que o tempo mudou radicalmente, aqui é muito calorento, como dizem, ver o tempo escuro assim é maravilhoso, solto o travesseiro de unicórnio, que não larguei desde o encontrei no guarda roupa de Beth, ela disse ser de uma de suas crianças que já foi embora.

Faz algumas semanas que estou vivendo nesse lugar, que descobrir ser um orfanato, um lugar muito feliz, acolhedor. Estou retornando a ser o que era, ganhei alguns quilos em tempo record, nada exagerado, sempre tem uma criança me convidando para brincar, confesso que ainda tenho medo, daqueles homens virem atrás de mim. Passei tanto tempo presa, que não consigo me sentir segura em momento algum, na minha mente, isso pode ser apenas uma paraíso, posso estar morta oi sonhando, só espero que desse sonho eu não acorde nunca.

Passo a maior parte do tempo na cozinha com Beth e os Gêmeos Roberto e Valentina, são lindos demais, estão sempre unidos, um protegendo o outro, nunca estão sozinhos em momento algum. Um é o espelho do outro, a única diferença é o gênero, ambos tem olhos verdes, a boca são idênticas bem carnudinha formando um biquinho fofo, o nariz em bem arrebitado, sombrancelhas perfeitas, cabelos ondulandos são da cor preta, os fios são tão grossos e brilhantes, a pele de ambos são em um tom de ébano claro, do tipo que se pega um bronzeado, ficam mais lindos ainda. São uma perfeição sou apaixonada por eles, sempre dormem comigo, para espantar os sonhos ruins.

Momentos depois a pequena dupla, que já tomaram café da manhã, vem me acordar, eles sempre acordam cedo. Todos os dias eles escolhem tudo que irei usar.

Hoje é um dia especial eu sinto isso, Valentina escolheu um vestido braço e rodado para mim, Roberto escovou meus cabelos, que estão compridos demais, com o cuidado certo, está voltando a ser o que era antes, Roberto ama meus cabelos, sempre que tem uma oportunidade, pede para escová-los.

-Vai ficar linda titia-. Valentina comenta estendendo o vestido em cima da cama.

-Vamo Tina, ela tem que se vestir-. Roberto pega a mão da irmã e juntos saem saltitando do quarto, tenho certeza de que eles vão me esperar sentadinhos à porta.

Demoro 5 minutos no banho, visto apenas uma calcinha de algodão na cor branca, não preciso de sutiã, meus seios são pequenos e só amamentei uma vez, lembrar disso me faz chorar.

Não tive a oportunidade de conviver com a minha filha, não sei o que aconteceu com ela, depois que a deixei naquele orfanato, que não me lembro bem onde é. A decisão mais difícil da minha vida, pior do que deixar meu marido, mas se eu não tivesse tomado essa decisão não estaria viva aqui.

Irei pedir ajuda a Beth, quero encontrar minha filha e meu marido. Anseio por este momento, por isso me mantive forte e sã por todo esse tempo. Não me deixei fraquejar um minuto sequer.

Já vestida saio do quarto encontrando, a dupla dinâmica brincando, aqueles brincadeiras com as mãos que ninguém entendi.

-Vamos?-. Ofereço minhas mãos, rapidamente minhas mãos são tomadas por duas pequenininhas.

Me sinto tão feliz na companhia deles.

De repente meu coração acelera, as batidas se tornam frenéticas no peito, sinto uma angústia tão grande me tomar, que até fico sem fôlego. Saio da pequena casa aos fundos, sentindo uma necessidade de andar descalça. Olho para o céu e o mesmo está preto, está vindo uma chuva forte.

-Vai xouber titia-. Sorrio quando a pequena erra a palavra chover.

-Então rápido, chame as crianças e vamos pegar os lençóis que estão no arame-. Ambos saem correndo de nãos dadas para dentro da casa, rapidamente várias crianças estão tirando as roupas do arame enquanto brincam.