Capítulo 9

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Pedro

-Você vai demorar muito papai?-. Minha filha pergunta sentada em uma poltrona, amamentando minha linda netinha, que a cada dia se torna uma cópia fiel da avó. Amo demais essa princesa.

-Não querida, apenas algumas semanas-. Não posso lhe contar a verdade ainda. -É algo muito importante que exige minha presença princesa, prometo falar com vocês todos os dias, não irei demorar mais do que um mês-. Encaro seus olhos que estão encharcados, e seu pequeno beicinho, que me parte o coração. -Não chora princesa, prometo que vai ser rápido, nem vai dar tempo de sentir minha falta-. Tenho soar animado.

-Mas como, se já sinto sua falta agora?-. Isso está sendo mais difícil do que pensei.

-Como é dengosa essa minha filha-. Sorrio, desviando o olhar quando ela deixa de amamentar Susie, que por sua vez da um suspiro satisfeito.

-Segura ela por um minuto-. Me entregando um dos meus maiores presentes, Yasmin entra no banheiro fechando a porta em seguida.

É então que algo acontece, minha pequena netinha que está em meus braços, toca em meu rosto olhando no fundo dos meus olhos, então ela sorri um sorriso banguela e cheio de significado, é como se ela me dissesse que vai ficar tudo bem. Fecho os olhos sentindo o cheiro de algo familiar, um perfume em especial de... Jasmim. Arregalo os olhos encarando Susie, que continua a me encarar. Depois que perdi Suzanne, não tive mais fé em nada e em ninguém, mas olhando agora para esse pequeno ser, sinto que algo grandioso está prestes a acontecer, por isso devo ir a Redenção no Brasil, procurar pistas no lugar onde tudo começou. O Orfanato.

Passado esse momento Yasmin sai do banheiro tirando uma Susie sonolenta do meu colo, isso que é vida sem preocupação, apenas come e dorme, e em troca ele pede apenas duas coisas, amor e cuidado. Minha filha caminha em minha direção me abraçando.

-Yasmin está começando a me assustar-. Digo a apertando mais em meus braços.

-Alguma coisa me diz, que essa viagem vai mudar a nossa vida para sempre-. Suspira. -Só não sei se é pro bem ou pro mal-. Beijo sua testa.

-Eu prometo que será apenas um mês, não vai demorar, e até lá, você não ficará sozinha-. Faço um carinho em seus cabelos cor de fogo. -Carlos, Graziella, Lucke, Benjamin e Matheus faram companhia pra você-. Aperto mais minha princesa em meus braços. -Nada vai acontecer, eu prometo. Confia em mim.

-Eu confio papai-. Meu coração erra uma batida, quando sinto tamanha confiança em sua voz.

É pela nossa família, e pelo amor que sinto pela sua mãe que farei essa viagem, não vou pra casa sem ela.

Não volto pra casa sem meu amor.

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Yasmin

Faz uma semana que meu pai viajou, nesses dias meus amigos se revezaram em me fazer companhia, Carlos Eduardo é o mais frequente, esse é louco pela filha, já vi que se não por limites, Susie será a criança mais mimada da história, todos os dias é um presente novo, seu pequeno armário não cabe mais nada de tantos presentes. Estou ninando minha bebê, quando o celular vibra ao meu lado, pego devagar para não acordar minha bebê. Olho para o visor e adivinha quem é.... Carlos Eduardo claro.

-Alô-. Atendo risonha.

-Preciso falar rápido estou entrando no jatinho, surgiu um probleminha em uma das empresas em Seattle, Lucke está muito ocupado resolvendo outros problemas aqui-. Fala tudo em um fôlego só. -Infelizmente terei que ir, pede perdão pra minha princesa-. Não acredito que está com uma voz chorosa.

-Pode deixar, babão-. Gargalho baixo, para não acordar Susie.

-Tomei a liberdade de chamar Matheus para te fazer companhia, amanhã a noite estarei de volta-. Arregalo os olhos. -Não tem problemas né?-. Demoro segundos para responder.

-Não.

-Ótimo, boa noite e até amanhã. Eu ligo quando tiver tempo-. Se despede.

-Tudo bem e boa viagem-. Ainda estou surpresa.

-Obrigado. Tchau estamos quase prontos.

-Tchau-. Então desligo o celular. -Bom parece que somos só nós duas meu amor-. Susie balbucia alguma coisa, mas ela está dormindo, e é daqueles somos bem pesados.

Aproveito que estou sozinha, comigo Susie em seu berço, vou até a janela e a fecho não quero que ela fique com frio, a observo mais um pouco admirando e esperando o momento mágico acontecer, como se sentisse minha presença, Susie levanta os bracinhos ainda em seu sono para que eu a pegue, sorrio pegando seu ursinho de pelúcia para que ela possa abraçar. Tão linda. Passado o momento mágico, resolvo ter um pouco de liberdade hoje faz três dias que não estou mais de resguardo, de tanto me deixarem repousar sem fazer absolutamente nada, meus pontos se curaram em tempo recorde, e eu me sinto ótima e muito descansada, estou como a Zi, Cansada de descansar. Ligo a babá eletrônica, ao lado do berço.

Vou ao meu closet pego um mini short e um top, roupa perfeita para ficar sozinha, não acho que o Matheus venha para cá hoje, ele é bem distante e tão calado, daquele tipo de pessoa bem misteriosa. Não nego que ele é atraente, mas ele é praticamente um irmão então nem vou pensar a respeito. Tomo um banho rápido, visto minhas roupas descendo até a cozinha, com o aparelho em minha mão, tenho que ficar de olho na minha neném, chego ao ambiente e logo me bate uma vontade de fazer um bolo de chocolate. Pego todos os ingredientes e começo o meu trabalho.

Não sei quanto tempo estou aqui, mais já tenho o bolo assando mo forno e a cauda quase pronta, está muito cheiroso chega me dar água na boca. Passados alguns minutos tiro o bolo do forno, despejando a calda por cima, nesse momento escuto passos vindo direto para a cozinha, então eis que entra Matheus está com roupas casuais, bermuda jeans escura, uma camisa branca, e chinelo nos pés, ele me encara de cima a baixo com uma expressão diferente, mas é claro ele está me vendo praticamente nua, fico tão nervosa, que a panela com calda de chocolate morna cai em cima do balcão, sujando minha barriga em seios, mas o problema não é a sujeira e sim porque está quente, mas não o chocolate o meu corpo todo está quente. Rapidamente começo a me abanar.

-Ah tá quente-. Murmuro.

Não vejo momento em que Matheus chega perto de mim, abaixando a cabeça para assoprar minha barriga, bom foi isso que pensei que ele faria, mas não ele começa a lamber. Olho para baixo em choque encarando seus olhos que só agora percebo que são claros, vou protestar por ele está sendo uma abusado, mas minhas palavras viram gemidos quando ele lambe o pé da minha barriga, já era, puxou seus cabelos até que ele fique de pé, então nem um ato de insanidade o ataco com um beijo, não sei bem o que acontece, mas do meio para o fim estou sentada no balcão da cozinha sem top, com um Matheus faminto lambendo todo o chocolate que ele mesmo derramou em meus mamilos e seios.

Que maravilha. Sinto que vou amar essa visita.

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Desculpa a demora em postar mais capítulos...

Como sabem escrevo pelo celular e o mesmo resolveu dar um piti... Demorei séculos para escrever esse capítulo, e ja vou terminar o outro....
😊😊😊😊

PURO ( Série Improváveis-Livro II)Onde histórias criam vida. Descubra agora