Capítulo 22

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Pedro

-Não sabe como estou feliz em tê-la em meus braços de novo-. Abraço Suzzane mais uma vez.

Estamos dentro de uma pequena casa aos fundos do orfanato. Não consigo manter minhas mãos longe dela, ainda estamos com nossas roupas molhadas, sentados ao chão incapazes de nos mover, a chuva continua intensa lá fora.

-Eu pensei que tinha perdido você-. Continuo. -Perdido pra morte-. Meu corpo estremece. -Mas você foi tão guerreira e corajosa, suportou tudo isso sozinha. Eu fui um fraco, desisti cedo demais, deveria ter te procurado mais, eu sentia que você estava viva, não deveria ter ouvido minha irmã, eu sabia que você era incapaz de roubar jóias e fugir. Só que meu coração estava sangrando, na minha mente você tinha se cansado de mim, tinha me abandonado-. Sinto lágrimas banharem minhas bochechas. -Me perdoe, por favor, Me perdoe-. Imploro.

Ficamos longos segundos, minutos talvez horas em completo silêncio.

-Não vou mentir, me sinto magoada por você ter pensado isso de mim-. Fecho os olhos me sentindo culpado. -Mas eu te perdôo, nada disso foi culpa sua, olha pra mim-. Segura meu rosto. -A única coisa que me manteve sã naquele lugar, foi a certeza de que você e a nossa filha estivessem vivos, a pior dor que senti na minha vida, foi ter deixado vocês-. Ela chora.

-Como tudo isso aconteceu? Como veio parar aqui?-. Questiono.

-Sei que vai ser meio confuso, mas quando eu saí desesperada da sua casa, sendo ameaça por sua irmã entrei em pânico, mas ela foi esperta demais, não consegui ir muito longe, quando seus comparsas me pegaram, não sei muito o que aconteceu depois, um dia eu estava em uma vã, depois em um avião, tenho sensações de ter passado mal, não me recordo muito disso nem quanto tempo fiquei inerte, eu queria apenas acordar de um pesadelo, tenho flash de que dei entrada em algum hospital, as condições eram péssimas, então tive nossa filha, foi de parto normal, eu escolhi assim, sabia que minha recuperação seria rápida. Fiz de tudo pra passar o maior tempo possível no hospital, inventando dores onde não existiam, acho que os médicos sabiam o que tava acontecendo, mas não poderiam me ajudar, mesmo o hospital sendo púbico eles me manteram lá, cuidando de tudo. Eu queria pedir ajuda mas ninguém podiap, e eu poderia ser culpada pelo sofrimento de alguém-. Chora limpando as lágrimas, agora encarando seus, estão triste colo de as lembranças as consumisse, abraço seu corpo, beijando sua testa. Tentando passar algum conforto. Parte de tudo isso é culpa minha. -Era um dia de chuva, os médicos iriam me dar alta no dia seguinte, Yasmin nesse dia já estava ficando no quarto comigo, tão linda ela parecia um anjo, mas mesmo naquele momento de alegria eu estava em pânico, sabia que o que aconteceria não seria nada bom, então eu fugi, no meio da chuva, enrolei ela em varia mantas, achei uma caixa de papelão para protegê-la do frio, antes de tudo escrevi um pequeno bilhete me desculpando por tudo-. Seu choro de torna desesperado. Então ela começa a falar freneticamente. -Eu...eu...eu sou um monstro eu abandonei ela na frente de um casarão, tive que deixá-la como se não a amasse, ela deve me odiar eu me odeio, eu me odeio tanto, tive que deixá-la-. Meu Deus! Ela claramente precisa de ajuda, faço uma nota mental de que minha prioridade é procurar um excelente psicólogo pra cuidar dela.

-Não... não... não meu amor, ela te ama-. Seguro seu rosto fazendo com que ela me encare. -Ela nunca se dirigiu a você com ódio, muito pelo contrário. O nome da nossa neta é uma homenagem a você, Susie. Sei que não é o mesmo nome, mas pra Yasmin é ela tem uma mente tão brilhante que conseguiu encontrar igualdade em ambos os nomes-. Sorrio lembrando da minha menina.

-Eu tenho uma netinha-. Sorri.

-Sim meu amor, nós temos-. Acaricio seu braço, então ela estremece. -Você está com frio?

-Um pouco-. Sussurra.

Me levanto com ela em meus braços, sinceramente meu corpo está anestesiado não sinto frio, só o calor do seu corpo. Levo ela até uma porta que julgo ser o quarto.

-Onde fica o banheiro? Precisamos de um banho quente-. Ela aponta para uma porta a direita.

Já dentro do pequeno banheiro a coloco no chão, então começo a tirar minhas roupas, tiro minha camisa, abrindo os botões um por um, quando estou quase abrindo o cinto. Observo que Susanne está meio acanhada.

-Algum problema?-. Questiono me aproximando.

-É só que a gente não se vê há tanto tempo, eu tô diferente, meu corpo tá diferente não sou mais como antes-. Olha seus dedos. Parece uma menina.

-Ah meu amor-. Sorrio. -Pra mim, você continua perfeita-. Com minha mão direita, uso meu indicador para fazer com que ela me encare. -Você está me olhando, da mesma maneira que olhou na nossa primeira vez-. Acaricio suas bochechas. -Continua a mesma menina mulher, linda e pura-. Chego mais perto abraçando seu corpo, aspiro o cheiro do seu pescoço. -Ainda tem o mesmo cheiro, sua pele contém a mesma maciez, seu toque continua me deixando louco, sua voz é ainda soa como se estivesse cantando uma música bem suave e afrodisíaca-. Sussurro. -Nada mudou, você continua perfeita-. Com minha mão esquerda tiro lentamente as alças de seu vestido branco.

Seu pequeno corpo estremece com meus movimentos, eu sei que é cedo demais, mas não consigo conter os impulsos do meu corpo. A única coisa que me segura, é o fato de que ainda temos muito o que conversar e fazer amor agora não é uma opção.

-Pedro-. Choraminga.

-Eu sei, só vamos tomar banho, você está gelada, não quero que fique doente-. Digo.

-Não-. Ela segura o meu braço quando me afasto. -Eu quero fazer Amor com você-. Droga, quando encaro seu rosto perfeito algo em mim explode em chamas.

-Tem certeza?-. Questiono.

-Sim-. Diz firme.

Não consigo me conter, sem dizer uma única palavra, rapidamente tiro minhas roupas, ficando nu assim como ela, não quero que isso seja rápido então a pego em meus braços e a levo para a cama, deitando seu corpo de forma carinhosa.

Não sei quanto tempo demoramos, nem vi o tempo passar,uito menos que horas a chuva acabou. A única coisa que sei é que fiz amor a noite toda com a minha mulher, minha esposa o amo da minha da minha vida, ela continua a mesma, continua perfeita e sobe medida para mim. Olhando ela dormir em meus braços, tenho a certeza de uma coisa eu a amo demais.

E que todos envolvidos em seu sofrimento irão pagar, muito caro.

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Esqueci de avisar que terá um capítulo por dia de segunda a sexta... Perdão 🤦🏾‍♀️🤦🏾‍♀️🤦🏾‍♀️🤦🏾‍♀️

PURO ( Série Improváveis-Livro II)Onde histórias criam vida. Descubra agora