Capítulo 8

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Yasmin

Sabe é muito bom ser mãe. Nos tornamos mais sensíveis, amorosas, pacientes, mas também tem alguns momentos em que eu fico pirada, sou uma mãe precoce que não entende nada da vida ainda, não estou culpando minha filha longe de mim, amo minha bebê e não acho que ela tenha sido um erro, nunca jamais, tudo acontece por acaso, ela é boa meu presente. Na minha mente de criança eu deveria ter aproveitado mais da vida, saído mais conhecida pessoas novas, eu disse isso a Zi, então ela me deu um esporro, que eu nunca mais irei pensar essa idiotice outra vez.

"-É sério ta falando isso pra mim? Veja o meu exemplo Min, casei aos 18 anos com um homem de praticamente 30, lindo, gostoso e tem tudo o que eu mais sonhei na vida em um homem. Mas isso não quer dizer que minha vida parou, não. Ele vai estar comigo em cada momento da minha vida, vamos sair juntos, nos divertir juntos, viajar juntos, enfrentarmos os problemas juntos, vou ter sempre alguém me esperando em casa, assim como ele. Nunca mais estarei sozinha, sempre terei um ombro pra chorar, braços para me acalmar, conselhos para receber, muito amor, terei um colo em momentos difíceis, ele vai ser a minha âncora, assim como eu serei a dele. Assim é você com sua filha, ela vai precisar do seu colo, dos seus braços, dos seus conselhos e do seu amor, nunca jamais em hipótese alguma volte a pensar nisso, ela não veio parar sua vida, ela veio somar, trazer alegria, bondade, inocência e muito amor, crianças nascem programadas para amar. Você entendeu como o amor é importante? Você pode sair se divertir, conhecer pessoas novas, Susie não irá impedir você. Apenas você mesmo-"

Depois desse tapa verbal, eu caí em mim, aqueles pensamentos bobos desapareceram mais rápidos do que vieram, minha filha veio para deixar minha vida mais alegre, a peça que faltava em minha vida. Faz algumas semanas, que estou de molho em casa.

A esqueci de contar um detalhe, Carlos Eduardo comprou uma casa no mesmo condomínio em que moro, mas ele praticamento mora comigo porque não sai daqui.

-Papai te ama muito princesa-. Ele repete pela... Nem sei quantas vezes ele repete isso. Só sei que estou com uma baita dor de cabeça e não tem o remédio que tomo aqui nessa casa.

-Carlos-. Me olhando de onde está com nossa filha no colo. Está deitado no sofá lateral do meu quarto, com Susie ao seu lado, que por sua vez está com uma roupinha verde, escolhida pelo próprio pai, segundo ele, ela combina mais com essa cor. -Preciso que você vá a algum lugar e compre um Advil pra mim, por favor. Estou com muita dor de cabeça-. Súplico.

-Claro, aproveito e compro algumas coisas que estou precisando em casa-. Isso foi fácil demais.

Carlos levantasse do sofá, depois é claro de ter dado um beijinho na testa da bebê, que está tão esperta que já balança os bracinhos toda animada para o pai. Não vou negar o quanto ele é lindo, Carlos Eduardo é aquilo tipo de homem que tira o fôlego de qualquer mulher menos o meu, bom não mais, ele está vestido em uma calça moletom cinza e uma camisa branca de mangas compridas, com um par de tênis preto, segundo ele estava indo malhar quando passou aqui para ver nossa filha, mas ele não se rendeu aos encantos da nossa filha e acabou ficando por aqui.

-Não quero deixar ela mais-. Ele faz um beicinho pidão.

-Quanto mais rápido você for, mais rápido volta-. Cruzo os braços de onde estou, sentada a mesa tentando criar uma nova coleção de roupas, somente para passar o tempo.

-Chata.

-Você.

-Sua mãe é chata meu amor, não puxe a ela-. Ele diz para nossa bebê, que balbucia algo, como se realmente entendesse o que ele diz.

-Ainda logo-. Ordeno de brincadeira.

-Ui, e é mandona-. Levanta as mãos quando lhe dou um olhar mortal, então ele sai correndo porta fora.

Olho para fora da janela o dia está tão bonito lá fora, e eu confinada aqui dentro. Ainda bem que falta apenas algumas semanas até que esse resguarde passe, cesária não é uma boa forma de ter nenéns, os pontos doem muito nos primeiro dias, além de incomodar bastante. Desisto de desenhar e caminho até minha filha que está mordendo a própria mãozinha.

-Oi neném da mamãe-. Pego ela em meu colo e nino ela, andando lentamente pelo quarto.

É então que penso em tudo o que aconteceu. Marcelo, ainda não sai da minha cabeça o quanto ele foi cretino e um desgraçado, como pôde, eu confie nele, estava entregando a ele meu amor, minha vida, pensava em um futuro juntos, então ele me trai da forma mais grotesca que pode existir ainda mais com aquela Natasha.

Não sei quanto tempo passo andando de um lado para o outro, apenas sei que foi um longo tempo, pois minha filha está em um sono profundo em meus braços, coloco ela em seu berço com cuidado para que não acorde.

-Cheguei-. Carlos entra todo animado, que abaixa o tom de voz quando olha nossa bebê dormindo. -E tenho algumas perguntas-. Ele me entrega o comprimido e um copo de água fresca.

-Nossa-. Fico surpresa. -Pode começar a falar-. Bebo a água engolindo o comprimido.

-O que você acha da Nathália, irmã do Marcelo?-. Quase me engasgo quando escuto o que ele disse.

-O quê?

-Você me ouviu-. Ele se senta no sofá, me encarando em espectativa.

-Bom-. Suspiro. -Ela é bonita, legal, tem 20 anos, morava com a mãe há alguns meses atrás, está indecisa sobre qual curso fará na faculdade. Meio maluquinha, tipo muito mesmo, se você pensa que a Zi é louca é porque ainda não conheceu a Nath, mas ela é maluca no nível sexual, tipo não tem papas na língua quando esse assunto está em pauta, Zi até disse para ela ser sexóloga, mas sabe o que ela disse?-. Não o deixo responder. -"Ata, eu iria levar o primeiro fora no meu dia de aula, eles me expulsaram da sala quando eu dissesse que não tenho nenhuma experiência sexual"-. Percebo que faleierda quando ele diz.

-Virgem-. Então olho em seu rosto.

Que está exibindo um sorrisinho sedutor e um olhar predador. Jesus isso não é nada bom.

-Ei-. Chamo sua atenção. -Ela está fora dos limites. Posso está brigada com o irmão dela. Mas não com ela-. Ele me encara.

-Claro-. Concorda. -Prometo não fazer nada do que ela não queira-. Então ele sai, sem me deixar dizer nada.

Isso não vai prestar.

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Puta merda...

Vem ni mim Carlos meu amor...

😍😍😍😍😍😍😂😂😂😂

PURO ( Série Improváveis-Livro II)Onde histórias criam vida. Descubra agora