Capítulo 24

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Pedro

Não consigo explicar o tamanho da minha felicidade nesse momento, tenho a mulher da minha vida de volta para os meus braços, só que dessa vez não vou me afastar um segundo sequer.

-Acha que foi cedo demais?-. Minha mulher pergunta deitada em meu peito.

-O quê?-. Questiono baixinho.

-Nós termos feito amor-. Sua voz sai um sussurro na última palavra.

-Não, eu não acho-. Viro nossos corpos, colocando seu pequeno corpo de lado, de frente para mim, meu braço está sendo o seu travesseiro, contemplo seus olhos azuis, as íris mais lindas que já vi na minha vida, pego uma de suas pernas trazendo para cima das minhas. -Por que a pergunta?-. Faço um carinho lento na em sua cocha.

-É que fiquei tanto tempo presa naquele porão que, as únicas coisas que me mantinha viva e sã eram minhas lembranças, as flores, nossa filha, você não tive muito tempo com a minha menina, minhas lembranças com ela são poucas-. Sua voz é triste.

-Queria ter o poder de voltar no tempo, para tirar essa dor aí de dentro-. Levo minha mão da sua perna até o seu peito, onde seu coração bate em ritmos cadenciados. Sinto que nem em Um milhão de anos vou conseguir reparar tudo o que aconteceu com a minha mulher.

-Lembro da primeira vez que dei de mamar, foi tão lindo a sensação foi mágica, ela parecia um anjo de tão perfeita-. Abre um sorriso perfeito. -Não tenho muitas lembranças, dei banho, dormi agarrada a ela, se eu fechar os olhos agora posso sentir o cheirinho de bebê da sua pele-. Fecha os olhos suspirando fundo. -Ela foi uma das minhas tábua de salvação-. Abre os olhos.

-E a outra tábua?

-Você-. Sussurra, seu rosto e colo ficam em um tom adorável de rosa.

-Eu?-. Abro um sorriso preguiçoso. -O que você pensava Minha Flor?-. Pelo tom rosado de sua pele, imagino em que ela pensava.

-Na nossa primeira vez-. Abre um sorrisinho tímido.

-Hmm não me lembro muito bem?-. Finjo pensar. -Não quer refrescar minha memória?-. Faço um carinho lento em seu peito.

-Quer detalhes?-. Me encara assustada.

-Todos os detalhes-. Ela esconde o rosto no meu pescoço, suspira fundo. Então leva os lábios até o meu ouvido, sussurrando baixinho, todos os detalhes daquele dia perfeito. O dia que a tornei Minha. Me lembro de cada detalhe.

"Era verão o clima estava tão gostoso, que em uma tarde decide levá-la para um piquenique em uma de minhas propriedades, situado em Navalcán, no Vale de Tietar, o La Costanilla, é uma casa de campo bem modéstia. Suzzane está usando um vestido de betão soltinho na cor branca, ela fica linda nessa cor, seus cabelos vermelho estão prendido nas laterais e solto atrás, o rosto livre de maquiagens, tão perfeitamente natural.

-Isso aqui é uma mansão-. Me encara chocada. Tão simples.

-Se você diz amor-. Entramos na "Mansão" como ela disse, não é querendo ser mesquinho, mas já vi casa maiores que essa. Suzzane está agarrada ao meu braço como se estivesse com medo. -O que vive tem vida? Não gostou?-. Pergunto preocupado.

-Olha o tamanho dessa casa. Posso facilmente me perder aqui-. Diz desesperada.

-Não vai-. Pego ela no colo ao que solta um gritinho de surpresa. Ando pela casa com ela agarrada ao meu pescoço, mostro alguns quarto, a biblioteca, sala de tv, academia, sala de jantar. Como eu disse não é muito grande, nosso tour termina na cozinha, onde já tem uma cesta de piquenique preparada, agarro si delicada mão antes de sairmos ela tira suas sandálias e praticamente me obriga a tirar os sapatos, depois disso, fazemos uma pequena caminhada por um campo de flores, Suzzane diz serem Lavandas, o cheiro é agradável, minutos depois chegamos ao local que está devidamente organizado, com um lençol grosso forrado ao chão, junto com alguns travesseiros arvores floridas protegiam o local dos sábios de sol. Limpo meus pés assim como os dela, sentamos ao chão tiramos toda a comida da cesta organizamos tudo em uma pequena mesa na lateral, frutas, sanduíches, queijo, azeitonas, nozes e uma garrafa de vinho. Bem ser rico tem suas vantagens, consigo tudo com entalar de dedos, mas não com ela, Suzzane ama as coisas simples da vida noto pelo seu rosto que está iluminado por estar em meio a natureza, diferente de como estava na casa. Isso faz com que eu me apaixone ainda mais por ela.

PURO ( Série Improváveis-Livro II)Onde histórias criam vida. Descubra agora