Está me procurando?

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Pov. Joicy

Anos atuais

01 de janeiro de 2018

Idade 21 anos

Primeiro dia do ano, mais um ano novo sozinha, sem ninguém para comemorar, sem amigos, sem pais, é triste, mas eu não posso fazer nada. Bebi o último gole da minha bebida e sentei na varanda de casa olhando as pessoas, o movimento da rua e os fogos de artifício, percebi que uma lágrima teimosa rolou pelo meu rosto, mas eu logo tratei de seca-la, nunca fui de chorar.

Foi assim que passei o primeiro dia do ano, sozinha.

05 de janeiro de 2018

Já estávamos no quinto dia do ano e por incrível que pareça hoje estou muito feliz, estou radiante.

Um novo dia estava começando, o tempo estava agradável, na verdade, estava ensolarado como sempre. Eu gosto!

O dia de hoje, era um dia especial para mim, pois eu iria começar o meu primeiro dia de trabalho em um hospital, acabei de me formar recentemente em medicina e já consegui um emprego na cidade de Cancún no México.

Me levantei da cama entusiasmada e segui rapidamente para o banheiro e para minha felicidade a água estava em uma temperatura agradável, sem pensar muito acabei meu banho e vesti uma roupa adequada para o meu trabalho, me olhei no espelho e fiquei satisfeita com o resultado, caminhei até a cozinha e fiz um omelete recheado e tomei com um copo leite, me sentei na cadeira e comi tranquilamente.

Eu morava sozinha então minha casa era sempre arrumada e como eu gostava de cozinhar sempre tinha algo gostoso na geladeira. Assim que acabei de comer ajeitei um "lanchinho" para levar para o meu trabalho, quando tudo estava pronto peguei minhas coisas e segui para a garagem, peguei minha bolsa e coloquei dentro do carro e logo em seguida entrei no mesmo.

Estava dentro de meu Audi A4 dirigindo tranquilamente até o meu trabalho, as ruas de Cancún estavam tranquilas e não tinha nenhum tipo de trânsito, aproveitei para ligar o rádio e comecei a cantarolar algumas canções.

[...]

Finalmente estava em frente ao hospital com minha bolsa em mãos, minhas pernas estavam bambas e eu não tinha forças para andar, estava nervosa e quando eu fico nervosa eu travo, respirei fundo várias e várias vezes até criar coragem para entrar no hospital.

O hospital aonde irei trabalhar e um lugar muito agradável e reconhecido por todos, um hospital considerado o melhor de Cancún então eu tenho uma responsabilidade muito grande em minhas mãos.

Passei meus dedos na minha medalhinha do sol que estava em meu pescoço para me dá forças, para minha felicidade funcionou, comecei a caminhar, mas eu contava cada passo que eu dava, assim que entrei no hospital minha amiga Alicia estava sentada em uma das cadeiras de espera, notei que a mesma não me viu então me aproximei dela.

— Amiga. — Falei tocando em seu ombro.

— Nossa Joicy você está atrasada, pensei que não vinha mais. — Alicia fala me abraçando forte, foi tão forte que fiquei sem ar.

—M....e.... la...r..ge. —Falei com dificuldade.

— Nossa, me desculpe amiga. — Fala Alicia rindo timidamente.

Alicia é uma amiga muito boa e de confiança, a gente se conheceu na faculdade, tive a sorte da gente estudar na mesma sala e também trabalhar no mesmo hospital.

— Com licença senhoritas, vocês são as novas médicas? —

Alicia e eu olhamos para quem estava falando conosco e acabamos dando de cara com um homem alto e muito atraente, Alicia rapidamente me olhou e suas bochechas estavam coradas, a mesma sempre foi de se apaixonar rápido e pelo seu olhar ela quer pegar ele.

— Sim. — Falei rápido antes que Alicia falasse alguma merda. Sempre que ela fica envergonhada ela fala algo sem sentido.

— Ótimo, meu nome e Gustavo e vocês duas estão atrasadas, me sigam por favor, vocês precisam trocar de roupa e começa suas tarefas rapidamente, têm muita gente precisando ser atendido, vou leva-las até suas salas. — Gustavo falava tudo muito rápido, ele caminhava pelo hospital em uma pressa surpreendente até parecia que ia tirar a mãe da forca. Alicia e eu acompanhávamos Gustavo quase correndo.

[...]


Ao passar da hora eu já estava vestida com o meu jaleco, já tinha guardado minha bolsa no armário do hospital e já me encontrava em meu consultório, para a minha sorte nesse primeiro dia eu vou ficar com uma médica veterana para me auxiliar.

[...]

Até o momento trabalhei muito, não estava nem na metade do meu plantão e não estava sentido meus pés, tudo doía, mesmo com a dor eu estava com uma sensação muito boa no coração, pois, eu amava ajudar as pessoas e era gratificante cura-las.

— Joicy vá descansar um pouco você ajudou muito, merece um descanso. — Fala Ângela minha colega de consultório.

— Certeza? — Perguntei rápido, eu não queria sair e deixar ela na mão.

— Sim querida, nesse momento não tem muitos pacientes, pode ir. — Ângela fala sorrindo, a mesma parecia ser uma pessoa boa e meiga. Sem dizer nada sai do consultório indo em direção a lanchonete do hospital, eu estava com preguiça de ir até meu armário pegar meu lanche então decidi comprar algo na lanchonete.

Ao chegar na lanchonete comprei um sanduíche e comi rapidamente, estava morrendo de fome, enquanto comia fiquei ali observando o movimento do local até que percebi que tinha um homem muito estranho, o mesmo estava sentado na mesa ao lado da minha, ele não estava comendo nada só estava olhando o movimento assim como eu, percebi que ele me olhou pelo canto do olho e eu desviei o olhar rapidamente, no mesmo instante o homem se levantou de onde estava sentado e girou os calcanhares para sair da lanchonete, antes de sair do local o mesmo deu uma última olhada para mim.

Em seu olhar tinha algo que eu não conseguia compreender, algo diferente me chamou atenção.

Sem pensar muito eu o segui, eu não sabia exatamente o porquê estava fazendo isso mais algo estava me dizendo para ficar de olho nele. Seguindo o homem pelo hospital percebo que o mesmo entrou na sala aonde guarda as bolsas de sangue.

— O que ele está fazendo dentro desta sala? - Perguntei para mim mesma, eu não queria entra na sala, mas eu tinha que ver o que ele estava fazendo lá, acho que o homem não deve ser uma pessoa má, julgo que não seja um ladrão até porque um ladrão não entraria na sala que guarda bolsa de sangue, então sem mais delongas entrei na sala e a tranquei, segui pelo local e para minha surpresa era um local grande e cheio de prateleiras, dei alguns passos e não conseguia ver o homem.

— Aonde ele está? Eu o vi entrando aqui! Não tem como ele ter sumido — Afirmei confusa.

— Está me procurando? — Pergunta uma voz atrás de mim.

O Segredo Da Família BensonWhere stories live. Discover now