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Durante toda a reunião notei que Jaeger parecia desconfortável, mesmo não querendo me sinto preocupado com ela, quando terminamos vejo os dois loiros se despedirem e o último a olha assustado, quando ele ia saindo noto que sua mão parece estar um pouco vermelha. Ela me olha e a deixo ir almoçar mas em vez de ir para sua sala anda rápido até o banheiro. Decido segui-la, sei que não devia mas ela não parece bem, assim que chego na porta do banheiro abro devagar e a vejo sem a blusa social, somente com uma regata justa no corpo, seu braço direito sangra muito e ela me olha surpresa.

Mikasa- Oque faz aqui?

Diz tentando cobrir o machucado, entro no banheiro sem me importar, me aproximo e ela recua um passo mas antes que possa continuar seguro a mão que estava em cima do machucado e retiro ela, um corte relativamente grande estava começando a infeccionar, a encaro e parece ficar envergonhada.

Levi- Não vou perguntar oque aconteceu mas me deixe ajudar.

Ela somente concorda e pega algo em sua bolsa, vejo ser uma agulha, linha e álcool, limpo o machucado com cuidado mas em momento algum ela reclama de dor, nem mesmo quando começo a costura-lo, reparo melhor e seu corpo é definido, os braços são firmes e possue outras cicatrizes, me pergunto pelo que passou pra isso acontecer.

Levi- Vai arder um pouco.

Digo jogando o álcool em cima, ela fecha os olhos, seu rosto é delicado, sinto uma grande vontade de toca-la mas não faço isso.

Mikasa- Muito obrigado senhor.

Quando ia começar a vestir sua blusa percebo que está suja de sangue.

Levi- Não vista isso, vai piorar o machucado.

Retiro meu paletó e depois a camisa, ela me encara com as bochechas levemente rosadas mas não desvia o olhar, sorrio com seu ato e lhe entrego a camisa.

Mikasa- Não é necessário.

Tenta recusar mas começo a vesti-la, minhas mãos tocam sua cintura por um momento, meu corpo reage ao ver o decote de sua regada branca, me afasto um pouco antes que possa fazer algo e visto o paletó.

Mikasa- Novamente muito obrigada.

Diz abotoando a blusa que fica grande em seu corpo, da um pequeno sorriso e me olha.

Mikasa- Já é a segunda vez, me perdoe o incômodo.

Levi- Não foi um incômodo, mas confesso que me pergunto oque acontece para que minha secretária apareça no trabalho nesse estado.

Mikasa- Assuntos delicados. As pessoas costumam fazer coisas que se arrependem pela vida toda.

Seu olhar é triste e logo pega a bolsa, ela se aproxima um pouco e parece querer decidir se fala ou não, por fim respira fundo.

Mikasa- Gostaria de almoçar? Por minha conta, como um modo de agradecer por isso.

Seu olhar é indiferente mas toca uma mecha dos cabelos castanhos, quer dizer que está nervosa. Sorrio de lado.

Levi- Seria um prazer.

Saimos juntos e vejo ela mandar uma mensagem para Arlert avisando que não vai poder almoçar com ele, seguimos até meu carro pois o dela ainda não está consertado.

Levi- Qual o lugar?

Mikasa- É um restaurante de comidas mexicanas, fica a algumas quadras daqui.

Concordo e começo a dirigir com ela indicando o caminho, logo chegamos, o lugar é rodeado por árvores e flores e o restaurante tem grandes janelas de vidro para que as pessoas que estão dentro possam ver a paisagem. Assim que entramos um cheiro bom de comida passa por nós, somos guiados até uma mesa mais afastada, por onde passamos os homens parecem reparar em minha acompanhante, chego mais perto dela e fecho a cara, esses idiotas. O lugar onde ficamos tem vista para um lago na parte de trás do restaurante, nele tem alguns patos e nas bordas flores coloridas.

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