CAPÍTULO - ONZE

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A casa do Pedro não estava tão diferente das outras casas que acomodaram as festas. Pessoas em todos os cantos e o som muito alto. Diferente da casa da Lissa, a casa do Pedro era grande e tinha um quintal grande também, então comportava muito mais gente. E pelo o que eu estava vendo, não tinha só o pessoal do terceiro ano ali, tinha uma galera até de outra escola.

Bruno já estava com dois copos nas mãos; um de suco e outro de energético com vodca. Núbia estava do meu lado dançando. Eu não conseguia relaxar, tentava ao máximo não olhar para os lados para não dar de cara com o Breno. Eu ia falar com ele, só não estava preparado naquele momento.

Decido pegar bebida, aviso aos Dois que vou na cozinha, eles concordam com a cabeça. Eu vou abrindo caminho entre o mar de gente dançando até o final de um corredor. A cozinha não está tão cheia como os outros cômodos, o que me facilita em conseguir escolher o que vou beber. Eu olho ao redor e percebo que aquela não é uma cozinha normal, já que eu não estou vendo o fogão e nem a geladeira, só tem freezers e armários aqui. Eu vou abrindo um por um até achar o que eu quero. Eu pego uma garrafa de suco e a de vodca pra tentar fazer uma mistura. Eu sou péssimo nisso.

— Daniel! — Alguém fala o meu nome, eu me viro e vejo que é o João, um dos amigos do Breno. Meu corpo gela.

— Oi, João. — O cumprimento ao terminar de fazer a minha mistura.

Será que ele está ali pra me dá algum recado do Breno? Será que ele contou pra mais alguém?

— O que você está bebendo? — Ele se aproxima.

— Suco com Vodca.

— Ah sim, eu vim buscar uma cerveja. Sabe aonde elas estão? — Ele abre um dos freezers.

— Ali no do canto. — Eu aponto.

— Valeu cara. Pega leve nisso aí hein. — Ele diz rindo e saindo por onde entrou.

Eu provo a minha mistura, até que não ficou ruim, mas se colocasse um pouco de açúcar ficaria perfeito.

Volto pra perto da Núbia, Bruno foi a alguma lugar. Núbia está conversando com uma menina da nossa turma.

— Eu peguei pirulitos, quer? — Ela me oferece quando a menina vai embora. Eu estendo a mão pra ela, e ela me entrega o pirulito.

Já era quase duas da manhã e eu ainda não tinha visto o Breno. Será que ele não veio? Mas foi ele mesmo que disse que queria conversar comigo aqui. Será que ele se arrependeu? Se for esse o motivo dele não ter vindo, eu vou entender como um sinal que é pra eu deixar essa história morrer de vez.

Sandro me mandou mensagem avisando que não poderia vir, isso fez que eu ficasse triste e com a consciência mais pesada, como se eu estivesse preste a trair ele, mesmo nós dois não tendo nada sério. Minha mente estava trabalhando a mil por horas, o que é muito exaustivo. Queria apenas m divertir na ultima festa antes da festa de formatura, que é daqui a um mês.

Alguns minutos depois Núbia me dá um pequeno empurrão com o ombro, eu olho pra ela e ela aponta pra frente com a cabeça, nada discreta. Era o Breno, acho que ele tinha acabado de chegar na festa. Não estava com cara quem já tinha bebido ou que já estava ali a horas. Eu olho pra ele, pra deixar claro que eu li a carta dele e que eu queria, sim, conversar com ele.

Eu decido não pedir pra Núbia ir dar o recado. Eu iria diretamente até ele. Ele acena com a cabeça e eu respondo igual. Ele vai em direção da cozinha junto dos seus amigos.

— Quer que eu vá lá falar com ele? — Núbia pergunta próximo ao meu ouvindo.

— Não precisa, eu mesmo faço isso. — Ela sorrir ao me ouvir.

Quando descobri que Te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora