Gabriel lançou uma corda que estava amarrada a um balde e retirou Luan do poço valendo-se de sua grande força.
Mario perguntou como ele tinha ido parar ali e o valente não soube responder. Tiago perguntou para Luan onde estavam as suas armas e ele respondeu que estavam dentro do poço.
— Mas por que você as deixou lá?! – reclamou Mario.
— Não dava para segurar a corda e trazer as armas.
— Nós estamos sem nenhuma arma! Temos que pegá-las! — gritou Mario irritado.
Gabriel olhou para Akio e teve uma ideia. Akio estranhou a maneira de olhar de Gabriel.
— Por que está olhando assim Gabriel, eu não vou descer lá não.
— Vai sim. — respondeu Gabriel sorrindo.
O pequeno soldado foi amarrado pelos pés e içado de cabeça para baixo por Gabriel que o puxou de volta com a espada e o escudo de Luan.
— O que acontece com os óculos dele? Já enfrentamos inundações, tremores de terra e mesmo ficando de cabeça para baixo os óculos não caem do seu rosto, parece até que estão grudados? — comentou Charles com Mario.
— Curioso mesmo, mas nunca o vi sem os óculos, o grau dele é muito forte e ele não enxerga nada sem eles.
O invejoso colocou a mão no queixo e pensou consigo mesmo que era bom saber daquela informação.
Gabriel deu a espada para Tiago e o escudo para Luan que reclamou com Mario que a espada era dele. O sargento concordou com a decisão de Gabriel e Luan ficou de cara feia para satisfação de Charles, que via a inveja que havia plantado em Luan dar frutos.
Outro grito de socorro foi ouvido de dentro de outro poço e Gabriel verificou que se tratava de Gustavo. Tiago observou que o céu estava ficando negro e pediu para Gabriel se apressar.
Gustavo foi retirado do poço, mas a exemplo de Luan, deixou as suas armas para trás. Gabriel olhou para Akio que tentou correr, mas foi seguro por Tiago.
— Vai ter que descer de novo. — disse Tiago sorrindo.
A espada e o escudo de Gustavo foram pegos por Akio que os entregou para Gabriel, que decidiu.
— A espada fica comigo e o escudo com você.
Gustavo, muito irritado, reclamou.
— Não, os dois são meus, você quer mandar em tudo e em tudo mundo, pode devolver minha espada!
O invejoso entrou na discussão e disse para Mario que a espada por direito era de Gustavo e que ninguém tinha mandado Gabriel perder a dele. Mario não concordou e disse que seria melhor dividirem o armamento.
A discussão continuou áspera até que se ouviu novamente o alto soar de uma trombeta.
A luz do sol sumiu e uma grande pedra caiu do céu como se fosse uma estrela cadente pegando fogo. Gabriel gritou para todos pularam em uma vala próxima de onde estavam e Tiago ergueu um campo de força para proteger o grupo.
A pedra gigante caiu bem próxima de onde o grupo estava e o barulho do impacto foi ensurdecedor. A terça parte de toda a plantação, das árvores e dos poços foram destruídos.
O grupo permaneceu imóvel por um bom tempo até que Gabriel saiu para verificar. Para sorte deles a pedra de fogo caiu por onde eles já tinham passado e o caminho para a próxima parte da cidade ainda estava livre.
Ainda assustados com a total destruição a sua volta, eles voltaram a caminhar, mas um homem que se vestia como se tivesse vivido a centenas de anos atrás os acusou.
— Veja o que vocês fizeram, acabaram com nossas plantações e envenenaram as nossas águas.
— Como assim? Não fizemos nada, foi à pedra que caiu do céu. — falou Mario.
— Caiu porque vocês estão aqui! Vejam o que fizeram com a nossa água!
O homem pegou um pouco de água com as mãos e a jogou no rosto de Mateus que perdeu os sentidos ao absorver a água.
Enquanto todos olhavam para Mateus, o homem sumiu e a terra começou a tremer. Gabriel colocou Mateus nos ombros e correu para a saída com o restante do grupo.
Ao se aproximarem da saída, a terra cedeu e todos caíram. Ao olharem para cima eles viram vários seres vestidos de preto flutuando na direção deles.
— O que é aquilo?! — indagou Akio assustado.
— São os seres infernais! — respondeu Mario.
— E o que vamos fazer? — perguntou Gustavo.
— Vamos atacá-los, não podemos deixar nos cercarem! — gritou Gabriel, que tomou a frente e atacou os seres infernais com violência.
Tiago também eliminou a vários deles e Gustavo e Luan, utilizando-se dos seus escudos ajudaram os seus amigos a derrotarem os seres infernais.
Já próximos da saída da terceira parte da cidade, o homem misterioso apareceu novamente no primeiro degrau que levava a próxima parte da cidade.
O homem mudou de forma e virou um monstro. Ele ficou com três metros de altura e suas roupas rasgaram. Seus olhos ficaram vermelhos e suas mãos com enormes garras.
O monstro estava decidido a destruir os valentes que contavam com apenas duas espadas e dois escudos para enfrentá-lo.
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Esquadrão dos Valentes Vol.3: Na cidade perdida
SpiritualNeste terceiro volume da série, a igreja de Peniel resolver montar mais dois novos esquadrões, um de meninos e outra de meninas ainda na adolescência. O grupo de meninos ganhou o direito de passar alguns dias acampando, mas eles são enganados pelo p...