Capítulo 19 - Não ligue para o que eles dizem

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Depois disso o Nathan sai com a cara fechada. A Nath continua chorando. A levo para cozinha.

- Mãe, tem alguma coisa pra passar no rosto da Nath? - assente. Rapidamente ela pega uma caixa com remédios e passa um anestésico no pano. Entrega o pano para mim.

- Eu ouvi a discussão de vocês. Nathália, está tudo bem?

- Não. Mas logo vai passar. - Nath se senta e eu passo o remédio na sua bochecha. - Ai.

- O Nathan é um louco. Nunca imaginei que ele teria coragem de bater em você. - quando termino de passar o remédio nela, a levo pro meu quarto. - Será que a Emilly está bem?

- Deve estar. - fico deitado na cama enquanto conversamos. Ela se senta ao meu lado. - Por que não liga para a mãe dela? Vai que já deram alta. - acho que é bem possível já terem dado mesmo. A Emilly não corre risco de vida, mas mesmo assim eu ficaria com medo de levar ela para a casa nesse estado.

- Vou ligar. - Eu tenho o número dos pais dela. Prefiro ligar para a Cris, que logo atende. - Oi, Cris. A Emilly tá melhor?

- Está sim, querido. Vamos levar ela para casa daqui a pouco. - dou um sorriso. - Mas acho que o pai dela não vai deixar você ir visitá-la...

- Imaginei mesmo. - meu sorriso morre. - Mas enfim, obrigado.

- De nada. - encerro a chamada.

- Não fica triste, logo a Emilly vai esclarecer as coisas. - respondo com um simples aceno com a cabeça.

Algumas horas se passam, em todo momento converso com a Nath sobre todo tipo de coisa. Ela é muito sociável e doce, acho que foi por isso que eu fiquei com vontade de beijar a sua boca. É uma tentação com essa personalidade que mostra, mas quando a personalidade safada dela aparece, aí eu fico doido. Ô menina safada. - Eu tenho que ir embora, vai ficar noite.

- Okay. Mas qualquer coisa que o seu irmão tentar fazer, me manda mensagem que eu te salvo.

- Obrigada, Rick. - vai embora.

Eu quero ver a Emilly. Quero muito. Ela comentou algo sobre terminar, mas eu acho que foi só da boca para fora. Mas terminar o quê? Nem namorados de verdade nós somos.

No dia seguinte, acordo com uma grande dor de cabeça. Levanto e tomo um copo de suco de caixinha e um pão com queijo. Visto meu uniforme e vou para a escola. Faltar ontem foi bom, mas hoje não posso, ou vou levar bronca. Mas sinto que eu não deveria estar indo à escola...

Chego na escola e vou procurar primeiro a Melissa e a Nath. Entro na sala delas e como sempre, chamo a atenção das meninas. Ser bonito dá nisso.

Vou para perto delas, no fundo da sala. Pelo o que eu sei, a Nath senta no primeiro lugar porque gosta de aproveitar a aula. Já a Melissa, essa aí fica no fundo conversando toda hora.

- Nath, ele não fez mais nada com você depois, né? - balança a cabeça negativamente. - Que bom. Melissa, primeiramente, para de olhar pra minha cintura. - Ela ri. Pervertida. - Agora, a Emilly está bem?

- Eu queria dizer que sim, mas... não. Ela veio pra escola, mas está triste e nem conversa com ninguém.

- Eu imagino... - saio da sala e caminho de volta para a segundo A. Quando chego na porta, escuto risadas altas. Quando entro não acredito no que vejo.

Bem na lousa está escrito "putinha do Gabriel" e cheio de desenhos pornográficos em volta. A Emilly encara a lousa sem se mexer, enquanto todos dão risada.

- Se fazendo de santinha, mas tá dando pro Gabriel! - uma garota grita. - Puta!

- Eu...

- Ele te comeu em que posição?

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